A propagação do Covid-19 e os novos números apresentados obrigaram o Governo português a recorrer a um novo tempo de confinamento. Ainda assim, os dados do primeiro confinamento indicam que esta solução acarreta riscos para a saúde psicológica, podendo promover a depressão. Saiba mais.
A pandemia que vivemos tem sido o foco das notícias internacionais ao longo do último ano e, neste período, várias pesquisas sobre o Covid-19 e seus efeitos têm sido realizadas, não apenas para compreender o vírus mas também os efeitos das medidas implementadas para a sua contenção.
Vários países, onde se inclui Portugal, avaliaram, por exemplo, o impacto do confinamento na saúde mental das pessoas, já que as restrições acentuam o distanciamento social e o isolamento: elementos que poderiam, segundo os cientistas, ser nocivos para quem tem propensão para problemas de ansiedades ou quadros depressivos.
De facto, além do medo e da ansiedade que naturalmente surgem perante as circunstâncias atuais (essencialmente relacionadas com a saúde, a economia e as perspetivas de futuro), existe também um acentuar das situações de depressão devido ao isolamento.
Nesta medida, são cada vez mais os profissionais de psicologia e psiquiatria a oferecer, os seus serviços online e também mais as pessoas a procurarem alternativas para o alívio do stress e da ansiedade, através de suplementos alimentares como o óleo de CBD, de infusões calmantes, de alterações alimentares ou da prática de exercício físico em casa.
Compreenda melhor como a ansiedade e a depressão são riscos do confinamento.
Depressão no confinamento: o que dizem os estudos?
As patologias mentais sempre foram o foco de vários estudos e, desde que se iniciou a pandemia, estes têm sido reforçados, para perceber o impacto que as circunstâncias e medidas decorrentes das mesmas têm tido na saúde mental das pessoas.
As pesquisas têm avaliado vários estratos etários mas, um dos mais pertinentes, concluiu que a pesquisa sobre a ansiedade, a depressão e a angústia nos motores de busca aumentou em 98%, havendo 77% de queixas sobre emoções negativas em pessoas que se encontram em idade escolar.
Identificar a depressão nos jovens
A identificação da depressão em crianças e jovens nem sempre é simples mas é, sem dúvida, fundamental.
Este tipo de problema em adolescentes e crianças tende a manifestar-se com uma procura intensa do isolamento, atitudes de irritabilidade extrema, manifesto desinteresse por atividades prazenteiras e expressão de motivações suicidas.
Perante este tipo de sinal de alerta é fundamental falar com o jovem e, sempre que possível, orientá-lo para consultas especializadas (presenciais ou online).
Isolamento e depressão em adultos
Não são apenas as crianças e os adolescentes a manifestar ansiedade e depressão face ao confinamento. Na verdade, as circunstâncias económicas e o medo do futuro é algo que afeta também profundamente os adultos e, principalmente, os adultos cujos empregos ficam em risco ou que têm filhos a seu encargo.
Entre os adultos, segundo os estudos, os números relativos aos casos de depressão também aumentaram desde o começo da pandemia.
Um grupo particularmente afetado foram as gestantes, sendo que uma maioria significativa afirma que se sente ansiosa e que o Covid-19 afetou a sua experiência gestacional.