A Coligação O Concelho em Primeiro (OCP) voltou a pedir explicações ao executivo camarário acerca do “atentado arqueológico” levado a cabo no Castro de Santo Amaro situado na freguesia de Riba de Âncora.
Depois de numa reunião de Câmara realizada no passado mês de outubro a coligação de direita ter denunciado este caso sem que da parte do executivo tivesse havido qualquer explicação, a vereadora Liliana Silva voltou a abordar o assunto na reunião de câmara de 20 de novembro, pedindo uma vez mais explicações ao presidente do executivo e se a Câmara já tinha diligenciado no sentido de minimizar os estragos efetuados naquele castro.
Rui Lages disse não conhecer o relatório nem a tese de doutoramento exibidas por Liliana Silva na reunião de câmara em que o problema foi denunciado. Contudo, consultados os serviços camarários, o presidente da autarquia garante que na zona do pomar e da vinha comunitária não existe qualquer impedimento ou condicionante.
Em resposta ao presidente da Câmara, Liliana Silva lamentou que o edil não conheça a tese de doutoramento, referindo que se fosse ela, tinha procurado conhecer e estudar o conteúdo da mesma, por forma a perceber o pedido de esclarecimento feito pela oposição. A eleita chamou a atenção para a existência de outros castros no concelho e a necessidade dos mesmos serem identificados, registados e se possível recuperados. Liliana Silva lembrou ainda a Cividade de Âncora, para a qual foi elaborada uma candidatura com vista à sua classificação, sendo que a mesma “permanece numa gaveta há anos”.
Ainda sobre este tema do castro de Sto. Amaro, Rui Lages garantiu que o mesmo não se localiza nas áreas intervencionadas pela Câmara para a criação do Pomar e da Vinha Comunitária. Isso mesmo, diz o autarca, pode ser comprovado no PDM atual.
Liliana Silva contrapôs referindo que por isso mesmo votou convictamente contra o PDM atual e aconselhou o presidente da Câmara a consultar os PDM anteriores onde poderá encontrar informações pertinentes.
Rui Lages não vê necessidade de consultar PDM anteriores já que o que interessa, diz o autarca, é o que está em vigor, que foi elaborado com base em pareceres de diversas entidades.
“Atentado arqueológico” denunciado pela OCP novamente debatido em reunião de câmara.
O Jornal C – O Caminhense já contactou a CCDR-N para saber se já foi avaliado o atentado arqueológico denunciado pela oposição em reunião de câmara ao Castro de Santo Amaro em Riba de Âncora, se os técnicos daquela entidade já visitaram o local e que medidas, em caso de se verificar a sua parcial destruição, estão a ser tomadas.