O executivo caminhense aprovou na reunião do passado dia 20 de novembro, um protocolo entre a Câmara de Caminha e a Escola Profissional ETAP, para a concretização do projeto “Mercado Peregrino”, uma iniciativa que segundo a Câmara pretende divulgar os produtos locais e os espaços dos mercados municipais do concelho, e dotar, ao mesmo tempo, os alunos de competências técnicas sobre a aplicação de produtos. Para a oposição, trata-se de uma iniciativa idêntica ao Mercado Fish, “que nada contribui para a divulgação dos mercados municipais”.
Aquando da discussão desta proposta, a vereadora da Coligação OCP, Liliana Silva, pediu mais informações acerca deste projeto que envolve a Câmara e a ETAP.
Em resposta ao pedido de informação da eleita da oposição, a vereadora Sandra Fernandes (PS) começou por explicar que o projeto tem como objetivo divulgar os produtos locais junto dos peregrinos que passam por Caminha em direção a Santiago de Compostela, através da elaboração de um menu, sem adiantar a razão da escolha do mês de novembro para o começo desta iniciativa, em época baixa de peregrinação a Santiago.
O vereador Nuno Valadares (OCP) quis saber se esta iniciativa também se iria estender aos restaurantes do concelho, ou se ficava apenas pelos Mercados Municipais.
Sandra Fernandes respondeu afirmativamente referindo que os restaurantes iriam ser convidados a integrar estes menus nos seus estabelecimentos depois da primeira sessão ter sido agendada para o mercado municipal no passado dia 21 de Novembro, apenas um dia depois da aprovação do protocolo. Para fase posterior, sem grandes explicações, ficará o alargamento deste programa aos restaurantes locais.
Referindo-se à iniciativa “Mercado Peregrino”, Liliana Silva começou por elogiar o trabalho dos alunos da ETAP e da própria escola, no entanto considerou que esta iniciativa não era mais do que uma continuação do Mercado Fish, certame realizado há um ano para promoção e dinamização dos mercados municipais, que na sua opinião em nada contribuiu para a divulgação daqueles espaços. A vereadora perguntou também a quem se destinava este projeto.
Liliana Ribeiro (PS) explicou que se trata de um projeto que partiu da ETAP e que a escola é que pediu a colaboração da Câmara Municipal.
Não satisfeita com as explicações dadas pelas vereadoras acerca deste protocolo, Liliana Silva não percebe como se apresenta para aprovação em reunião de câmara um projeto inacabado e sem as devidas informações e sustentabilidade. Apesar disso, a vereadora referiu que a sua bancada iria votar favoravelmente.
Esta iniciativa destina-se aos alunos do 11º ano do curso Técnico de Cozinha e Pastelaria da ETAP.