A Cividade de Âncora / Afife está finalmente no caminho certo para a classificação, enquanto património arqueológico de valor reconhecido. O processo foi liderado pela Câmara Municipal de Caminha e a publicação, hoje, em Diário da República, pela Direção-Geral do Património Cultural, formaliza a abertura do procedimento de classificação da Cividade de Âncora, no Monte da Suvidade, freguesia de Âncora, concelho de Caminha, e freguesia de Afife, concelho de Viana do Castelo, distrito de Viana do Castelo.
É o Anúncio n.º 66/2018, na II Série, e corresponde a um momento muito importante para a história, mas sobretudo para o futuro, do povoado fortificado, que remonta à Idade do Ferro/Época Romana. Assinado pela diretora-Geral do Património Cultural, Paula Araújo da Silva, o anúncio sublinha que o referido sítio “está em vias de classificação, de acordo com o n.º 5 do artigo 25.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro”. Diz ainda que “o sítio em vias de classificação e os bens imóveis localizados na zona geral de proteção (50 metros contados a partir dos seus limites externos) ficam abrangidos pelas disposições legais em vigor, designadamente, os artigos 32.º, 34.º, 36.º, 37.º, 42.º, 43.º e 45.º da referida lei, e o n.º 2 do artigo 14.º e o artigo 51.º do referido decreto-lei”.
A Cividade de Âncora é neste momento uma ruína e boa parte do seu espólio está depositado no Museu Municipal de Caminha. Situa-se numa elevação montanhosa, na margem esquerda do rio Âncora, e insere-se no conjunto dos grandes povoados castrejos da Idade do Ferro. Este povoado fortificado, que dispõe de três linhas de muralha, sofreu algumas intervenções pontuais.