O autarca de A Guarda está disponível para colaborar na dragagem do banco de areia que impossibilita a saída do ferry do cais de atraque em Caminha para que possa ser reparado no estaleiro da outra margem.
A garantia foi dada pela vereadora Liliana Silva na reunião de Câmara de ontem. A autarca deu conta da reunião que manteve recentemente com Roberto Carrero, para procurar soluções para restabelecer a ligação entre os dois países. O autarca guardês, segundo Liliana Silva, mostrou-se preocupado com a continuada paragem do ferry boat e demonstrou a sua disponibilidade para colaborar numa solução que permita retomar as carreiras do Ferryboat Santa Rita de Cássia enquanto não se resolve a ligação efetiva das duas margens. Rui Lages não se mostrou muito interessado nesta colaboração, voltando a referir que cabe aos estados português e espanhol, resolver a situação do assoreamento do rio.
Ao contrário do que tem afirmado Rui Lages, Liliana Silva voltou a garantir ontem que na maré alta o ferry consegue navegar até ao outro lado para ser reparado, mas para que isso aconteça é preciso dragar o banco de areia onde ele está neste momento assente, junto do cais de atraque na margem portuguesa.
Mas este não é o único problema que impede o ferry de navegar. Segundo Liliana Silva, mesmo que o rio não estivesse assoreado, o barco nunca conseguiria navegar porque está avariado.
Em resposta à intervenção da vereadora Liliana Silva, Rui Lages disse uma vez mais que não é verdade que na maré alta a embarcação possa navegar no seu canal e que isso só será possível quando o rio for desassoreado, algo que segundo afirmou uma vez mais, tem que ser assumido pelos Governos e não pelas Câmaras.
Relativamente à disponibilidade manifestada pelo autarca de A Guarda em comparticipar nas dragagens, Rui Lages nada disse, limitando-se a informar que a criação de uma eurocidade possibilitará um maior poder reivindicativo junto dos estados no sentido de aproximar as populações das duas margens.
Falta de uma ligação internacional afeta e muitos as empresas de Caminha – Liliana Silva
Liliana Silva voltou ao assunto para lamentar que Rui Lages não queira aproveitar a vontade do Alcaide de A Guarda para em conjunto tentarem resolver o problema que está a afetar e muito os comerciantes de Caminha, com quebras enormes na faturação.
Liliana Silva a chamar uma vez mais a atenção para os prejuízos que causa ao tecido empresarial do concelho o facto do ferry estar parado e de a Câmara nada fazer para tentar solucionar o problema.
Recorde-se que primeiro a culpa era da avaria do Cais de Atraque do lado espanhol, entretanto já reparado, e que o município foi alertado pela OCP e pelo Bloco de Esquerda para reivindicar o desassoreamento do canal de navegação do Ferryboat enquanto decorriam os trabalhos de reparação, de forma a retomar as carreiras da embarcação logo que a obra estivesse concluída.