O novo edifício dos Paços do concelho de Ponte de Lima, avaliado em 6,5 milhões de euros, está a gerar a discórdia e já há um abaixo-assinado a pedir um referendo. O projecto foi viabilizado com a aprovação do Plano de Actividades e Orçamento apresentado pela Câmara de Ponte de Lima para 2015. Foram os presidentes das juntas de freguesia que votaram favoravelmente o documento, apesar de as forças partidárias com representação na Assembleia Municipal estarem contra, até mesmo elementos do CDS-PP, o partido que suporta o executivo camarário de Ponte de Lima.
O PSD local, liderado por Mário Ferreira, manifesta-se em total discordância com o projecto, considerando que o dinheiro deveria ser investido em necessidades básicas como a ampliação da rede de saneamento que ainda não cobre todo o município.
O PSD de Ponte de Lima começou hoje a recolher assinaturas para a realização de uma Assembleia Municipal extraordinária, onde este projecto possa ser alvo de análise e debate exclusivos.
Também estão a ser recolhidas assinaturas para a realização de um referendo local, através do qual a população possa pronunciar-se sobre este projecto do executivo do democrata-cristão Victor Mendes.
O projecto de construção de um novo edifício para os Paços do Concelho de Ponte de Lima está a gerar também a divisão interna do CDS-PP com um ex-vereador a considerar que a ideia “vai causar danos irreversíveis no concelho”; com o presidente da Juventude Democrata Cristã a classificar o projecto como “um acto criminoso” e com o presidente da concelhia do CDS-PP, o histórico militante e deputado na Assembleia da República, Abel Baptista, também contra.
A Rádio Caminha tentou ouvir o presidente da Câmara de Ponte de Lima, para que Victor Mendes pudesse justificar esta aposta num novo edifício para os Paços do Concelho, mas o autarca não respondeu aos nossos sucessivos contactos telefónicos.