A vereadora da Coligação o Concelho em Primeiro (OCP), Liliana Silva, alertou a Câmara para o estado em que se encontra o Mercado Municipal de Caminha, uma obra inaugurada há menos de dois anos e que segundo referiu já apresenta problemas. A eleita perguntou ao presidente da Câmara se estava a pensar acionar a garantia da obra para resolver alguns desses problemas, nomeadamente nos pilares de betão que já estão danificados.
Segundo Liliana Silva é urgente que a Câmara reúna com a empresa que realizou a empreitada para corrigir o que está mal.
Recorde-se que segundo a oposição, têm sido muitos os problemas nas obras realizadas pela Câmara Municipal de Caminha nos últimos anos. A Marginal de Caminha, uma obra que segundo a OCP “nasceu torta”, já foi alvo de uma intervenção desde a sua requalificação em 2022. Também a Praça Conselheiro Silva Torres, requalificada em 2021, já teve de ser intervencionada para reparar as lajes danificadas pelo mau uso por parte do município, que também substituiu os mecos anteriores, muito criticados pela oposição e população. Esta última intervenção foi feita pela Câmara às custas dos munícipes (40 mil euros) uma vez que a garantia não podia ser acionada.
Liliana Silva aproveitou que se estava a falar do mercado para questionar uma vez mais o executivo sobre os contentores que serviram de mercado provisório enquanto o novo estava a ser construído. Para a vereadora, a Câmara há muito que já devia ter retirado aqueles contentores pois a sua permanência não dignifica em nada uma das entradas da vila de Caminha.
Em relação a este assunto, o presidente da Câmara, Rui Lages, nada disse.
Recorde-se que, na reunião do executivo do passado dia 6 de Novembro, a Câmara Municipal aprovou a contração de um empréstimo de 2 milhões e 900 mil euros para a realização de várias obras no concelho de Caminha, entre as quais se inclui uma verba de 114 mil euros para aplicação de hidrófugo nas paredes interiores e exteriores do mercado, material isolante para humidade.
Esta é mais uma obra recente da Câmara Municipal de Caminha que, para além de não ter tido em consideração a eficiência energética, não incluindo a instalação de painéis solares, já apresenta graves problemas de infiltrações.