Mais de meia centena de encarregados de educação voltaram hoje a concentrar-se em frente à escola EB 2,3/S de Caminha numa manifestação pacífica contra o bullying nas escolas.
Paula Dias, porta voz deste movimento espontâneo, explicou o objetivo de mais esta iniciativa dos encarregados de educação. Esta mãe sublinhou que a presença dos pais esta tarde em frente à escola não se deveu simplesmente ao caso isolado ocorrido no início da semana mas reconheceu que este terá sido o catalisador.
Bullying: Um fenómeno global que urge combater
Para estes pais, o problema não é apenas da escola de Caminha, mas sim um fenómeno global que urge combater e que as escolas devem reconhecer que existe.
Segundo Paula Dias, o que tem acontecido é que os pais nem sempre se sentem amparados pela escola quando problemas desta natureza acontecem. Emails sem resposta por parte da direção, indisponibilidade para receber os pais, problemas sem resolução são algumas das queixas apontadas pelos encarregados de educação.
“É importante apoiar as vítimas mas também os agressores”
Para estes pais, é importante apoiar as vítimas mas também os agressores, crianças e jovens que muitas vezes poderão estar a passar por problemas nas suas vidas.
“O objetivo não é causar alarmismo social”
Com este movimento não pretendem criar nenhum tipo de alarmismo social. Querem fundamentalmente chamar a atenção para este fenómeno global que é o bullying.
Apesar dos problemas que são conhecidos, a representante dos encarregados de educação considera que o Agrupamento de Escolas de Caminha é um bom exemplo, com bons professores e bons funcionários. Paula Dias apelou a que se enfrente o problema do bullying sem medo.
Câmara de Caminha reúne na próxima segunda feira para analisar este fenómeno
Face aos últimos acontecimentos haverá na próxima segunda feira uma reunião entre a Câmara e várias instituições para analisar o problema do bullying. Para o movimento, que pretende ser ouvido nesta reunião, já valeu a pena esta manifestação pois vai pôr os responsáveis a falar sobre o assunto.
A posição assumida pela associação de pais da escola “de repúdio a esta manifestação” é, na opinião de Paula Dias, lamentável. Para aquela encarregada de educação, a Associação de Pais deve ser um interlocutor entre os pais e a escola, o que não está a acontecer.
Durante esta manifestação, os pais que marcaram presença foram convidados a assinar um abaixo assinado para legitimar este movimento a estar presente na reunião da próxima segunda feira.