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Terça-feira, 15 Outubro, 2024
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Caminha: Corte total do trânsito na EN 13 para realização do Triatlo “é ilegal” porque contraria parecer da IP, garante Liliana Silva

Afinal o corte de trânsito na estrada nacional 13, aquando da 12ª edição do Triatlo Longo de Caminha, que se realizou no passado dia 18 de Maio e que deixou a vila raiana completamente isolada durante praticamente um dia, “foi ilegal”. A garantia foi dada pela vereadora da Coligação o Concelho em Primeiro (OCP) na última reunião do executivo caminhense.

Os valores “elevadíssimos” gastos nas várias despesas assumidas pelo município e que não estavam quantificados no protocolo assinado com a Associação Triatlo de Caminha, aprovado no dia 7 de fevereiro em reunião camarária e que ascendeu ao valor de quinze mil euros, também foram abordados pela vereadora.

A autarca considera ainda lamentável que no relatório apresentado pelo município, que apoia esta prova, não se consiga, ao fim de dez anos, calcular o impacto económico do triatlo no concelho de Caminha, sublinhando a importância de se realizar um estudo isento sobre o mesmo. Por fim, lamentou que o triatlo não esteja a fazer história na formação dos jovens do concelho.

Liliana Silva, vereadora da Coligação O Concelho em Primeiro, disse em reunião de câmara que depois de consultada a documentação relacionada com o Triatlo Longo de Caminha, solicitada à Câmara pelos vereadores da OCP, foi possível constatar no parecer da IP que “só havia autorização para cortar o trânsito numa das faixas de rodagem da Estrada Nacional 13, no troço compreendido entre a rotunda da A28 em Gondarém até à rotunda da A28 em Vila Praia de Âncora, ou seja, no acesso litoral a todo o concelho de Caminha. No entanto a Câmara procedeu ao corte total prejudicando desta forma os empresários do concelho de Caminha e os caminhenses que se viram impedidos de aceder à vila.

Parecer Assinalado

Foi por isso um “corte ilegal”, garante Liliana Silva.

 

Liliana Silva 6

Relacionado ainda com a realização do Triatlo Longo de Caminha, os vereadores da oposição analisaram as contas e custos associados à prova e concluíram que o dinheiro que é gasto é “elevadíssimo”. A oposição alerta para a necessidade da realização de um estudo financeiro credível em relação ao Triatlo e questiona como é que um clube que cobra mais de 50 mil euros em inscrições, não consegue pagar o evento, tendo a Câmara que pagar somas elevadíssimas para a sua realização. Segundo os documentos apresentados, só para policiamento, o município gastou 8.714,35 €.

 

Para Liliana Silva, uma vez que há o apoio do município, o triatlo deveria fazer escola no concelho de Caminha, e dar a possibilidade da prática desportiva a crianças e jovens, coisa que não está a acontecer. “Os nossos jovens estão a ir para Vila Nova de Cerveira para a formação deste desporto e Caminha é que investe uma fortuna na prova, ou melhor, o dinheiro dos nossos impostos”, disse.

Na opinião da OCP está na hora de dar o salto e construir eventos que criem escola, motivem os jovens e a câmara deve ser parceira neste sentido.

 

Relativamente a um relatório elaborado pela Câmara sobre o Triatlo, Liliana Silva deixou vários reparos, nomeadamente o facto de após mais de uma década a apoiar o evento, o  mesmo não revelar se este traz ou não valor acrescentado ao concelho.

 

Liliana Silva a deixar várias dúvidas relativamente ao interesse económico que a realização do Triatlo Longo de Caminha, tal como é organizado, tem para os empresários caminhenses que nesse dia vêm o acesso à vila vedado.

Mais uma vez, Rui Lages, Presidente da Câmara de Caminha, remeteu-se ao silêncio, nada dizendo sobre este assunto.

As dúvidas em relação ao valor total gasto pelo município com este evento levaram a que a oposição tenha pedido por diversas vezes a documentação à Câmara Municipal. Foi preciso insistir muito para que a autarquia revelasse quanto tinha gasto com a realização do Triatlo Longo de Caminha.

Caminha: Câmara divulga finalmente quanto gastou a mais no Triatlo de Caminha

Na Assembleia Municipal de 28 de Junho, questionado sobre este mesmo assunto, Rui Lages afirmou terem gasto doze mil euros, para além dos quinze mil euros na assinatura do protocolo. Feitas as contas com a documentação apresentada, as despesas que não estavam quantificadas ascendem a 13.345,52 €.

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