O presidente de Ponte da Barca está decidido a avançar com uma acção judicial contra o Estado Português caso não sejam revistas, de imediato, as transferências da administração central para aquela autarquia através do FEF (Fundo de Equilíbrio Financeiro).
O socialista Vassalo Abreu quer ver rapidamente resolvida uma situação que, segundo as contas do autarca, representa um prejuízo anual para aquele município do distrito de Viana do Castelo na ordem de um milhão de euros.
Se Lisboa não ouvir as ameaças de Ponte da Barca, a autarquia vai pôr o Estado português em tribunal e o autarca diz que esta não é apenas mais uma ameaça.
A situação arrasta-se desde 1994, ano da construção, no concelho, das barragens do Alto Lindoso e Touvedo.
Por força dessas construções, Ponte da Barca estava nessa ocasião em 13.º lugar no ranking do contributo nacional para o Produto Interno Bruto.
Este pequeno município do Parque Nacional da Peneda-Gerês conheceu então um momento de prosperidade. Instalaram-se,transitoriamente, grandes empresas no concelho, como uma italiana que empregava cerca de três mil pessoas. Com tantas pessoas a trabalhar, com os impostos que li eram gerados, Ponte da Barca era então um concelho rico.
Com cerca de 12 mil habitantes, Ponte da Barca recebe actualmente do FEF seis milhões de euros anuais, menos cerca de 600 mil euros do que, por exemplo, Paredes de Coura, que tem cerca de nove mil habitantes.
Há muito que a construção das barragens terminou, e a riqueza por ela gerada, num município que hoje vive essencialmente do sector terciário. Por isso, o presidente da câmara exige a revisão dos cálculos que ditam as transferências do Fundo de Equilíbrio Financeiro para o município.
Vassalo Abreu vinca que Ponte da Barca deveria estar a receber nesta altura qualquer coisa como 7,8 milhões anuais, que serão a “principal” receita da autarquia
Vassalo de Abreu diz que o Governo anterior lhe chegou a dar razão, mas nada alterou. Desde 2007 que o autarca está a tentar resolver a situação, mas sem respostas começa a perder a paciência.
Nasceu em Ponte de Lima mas aos 15 anos decidiu abandonar a casa dos pais para ir viver sozinho para Vila Nova de Cerveira. O objectivo foi frequentar o curso de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade, que a ETAP, Escola Profissional estava a lançar. Sem grande vontade para ingressar numa faculdade e frequentar um curso superior, Maurício Pereira optou por um curso profissional que cedo o pusesse em contacto com o mundo do trabalho.
“Todo o meu percurso começou por aí. Em 2005 estava em Ponte de Lima e tive de me mudar para Vila Nova de Cerveira onde fi z todo o meu percurso normal académico. Felizmente encontrei uma área que me cativou”.
Para além do percurso académico normal, o jovem estudante foi-se rodeando de uma série de entidades ligadas ao meio que o ajudaram mais tarde a consolidar o seu projecto de empresa.
“Foram projectos em que colaborei como estagiário mas que no fundo determinaram o meu percurso profissional. Foi o meu primeiro passo para começar a trabalhar em projectos ligados à multimédia e assessoria. A partir daí comecei a criar a minha lista de contactos, a conhecer pessoas do meio, a interpretar o mercado. Foi sem dúvida uma grande porta de lançamento”.
Daí para a frente, explica Maurício Pereira, “as coisas foram acontecendo naturalmente. Foram-se abrindo portas: trabalhei com o jornal Falcão do Minho, TV Viana, Minho Atual TV, Mais Atual e Porto Canal, com algumas autarquias e com o IPVC”.
Ainda como estudante, avança para um estágio em Inglaterra, perto de Londres ligado à vertente das relações públicas e da comunicação. De regresso a Vila Nova de Cerveira e já na reta final do curso, Maurício Pereira teve que apresentar um projeto final, “uma espécie de tese” que acabaria por dar origem à sua empresa, a “Mediaviv”.
“A ideia era não ficar apenas pela organização de um colóquio, um congresso, ou algo que durasse apenas um dia. Eu queria alguma coisa que me desse que fazer e que eu gostasse de fazer”.
É então que surge, quase por brincadeira e de uma forma muito académica, não a marca propriamente dita mas o conceito.
“A partir daí comecei a implementar uma série de ideias no mercado sendo que, o meu grande salto em termos profissionais, aconteceu com o estágio de final de curso que fiz no Instituto Politécnico de Viana do Castelo, instituição com quem ainda hoje mantenho relações profissionais”.
Terminado o curso em 2008, Maurício Pereira continua a estabelecer contactos e parcerias com diversas entidades para quem desenvolve projectos, nomeadamente o IPVC.
“Com o avançar do tempo e com o surgimento de algumas oportunidades por parte de vários clientes, cheguei à conclusão que sozinho não iria conseguir dar resposta e foi então que decidi juntar um grupo de trabalho e avançar para algo um pouco maior”.
É assim que surge a Mediaviv, uma empresa de produção de serviços multimédia.
“O que é que isto quer dizer? Quer dizer que tudo aquilo que seja necessidade de uma empresa, seja ela pública ou privada, para se auto-promover, nós temos capacidade de resposta nos diferentes suportes. Estamos a falar em sectores como a fotografia, o vídeo e até assessoria empresarial. Imagine uma empresa que se está a lançar no mercado e que precisa de criar a sua estrutura não só enquanto empresa, mas também enquanto presença no local onde se vai instalar. Essa empresa pode precisar de um vídeo profissional ou criar um evento de lançamento de uma marca ou de um produto, tirar fotografias dos seus produtos, etc., nós fazemos. Nós tentamos acima de tudo ser a chave e a resposta para qualquer entidade que necessite de um serviço de multimédia”.
A colaborar com o Jornal “A Bola”, a Mediaviv está a desenvolver uma série de conteúdos para o canal que aquele jornal possui na cabo.
“Neste momento estamos a fazer, com as nossas equipas, as filmagens de conteúdos e produção de programas que estão a ser emitidos pelo canal”.
Com apenas 23 anos, Maurício Pereira começou sozinho mas, actualmente, a sua “micro-empresa” como faz questão de lhe chamar, já emprega mais 3 pessoas.
“Para além de mim trabalham na empresa mais três pessoas que fazem serviços em diversos locais. Para além destas pessoas temos cerca de uma dezena de colaboradores que nos prestam serviços sempre que se justifica. Isso acontece principalmente no Verão quando a oferta cultural é maior. Nessas alturas há mais trabalho e temos que recorrer aos serviços dos nossos colaboradores”.
Projectos para o futuro o jovem empresário diz que tem muitos.
“Seria preocupante se com esta idade já não tivesse projectos, ainda tenho um longo percurso à minha frente. Gostávamos, e um dia vamos avançar com isso, de fazer algumas produções próprias. Temos alguns projetos na gaveta que queremos pegar. Queremos aumentar a nossa presença nos media nacionais, nomeadamente em televisão, e vamos apostar forte nesse sentido. Finalmente também queremos, porque acho que é importante, aumentar a nossa presença no nosso meio. Acho que é importante conquistar o meio em que vivemos porque no fundo foi aqui que nascemos e foi esta região que nos ajudou a crescer”.
Optimista por natureza, Maurício Pereira, quer continuar a crescer mas para que isso aconteça o empresário diz que “não podemos ficar em casa à espera que o telefone toque e que as coisas aconteçam por si só. Temos que trabalhar e fazer por isso”, atira.
Tal como na maioria das empresas do país, a crise também se faz sentir na Mediaviv, no entanto o empresário diz que se podem tirar lições dos momentos mais difíceis.
“A crise também nos afectou e continua a afectar porque ao diminuir o poder de compra diminui a procura. Por outro lado sinto que esta crise também nos ajudou a crescer e a olhar para as coisas de outra forma. No fundo acho que se perderam algumas oportunidades mas criaram-se outras. Acho que esta crise também nos ajudou a aumentar sinergias empresariais que de outra forma nunca aconteceriam. Quer isto dizer que deixamos de as ver como concorrentes, para as passarmos a ver como parceiras de negócio”.
Para Maurício Pereira outro aspecto interessante desta crise é que “ela veio obrigar as pessoas a serem mais criativas e a trabalharem mais e melhor. Obriga-nos a dar a volta, a procurar outras soluções, a nos adaptarmos a outras situações. Isto faz parte do crescimento porque nos ajuda a evoluir enquanto pessoas e enquanto profissionais”.
Para além da empresa Mediaviv, o jovem empresário lembra um outro projecto que criou e que, segundo o próprio afirma, ajudou a crescer a mesma.
“Refiro-me concretamente à Vivacena, a menina dos nossos olhos, que durante anos se tem dedicado à divulgação, através da fotografia e vídeo, da agenda nocturna. Estamos a falar de um projecto que nos tem dado muitas alegrias e por isso é justo que façamos aqui uma referência a essa marca e aos clientes que nos têm acompanhado”.
Satisfeito com as suas escolhas, Maurício Pereira acredita que a chave do sucesso está na capacidade que cada um de nós tem para escolher as pessoas certas.
“Nesse aspeto acho que tive muita sorte. Conheci as pessoas certas que sempre me apoiaram”.
A vereadora da CDU na Câmara de Viana do Castelo promete receber semanalmente os munícipes na rua caso a autarquia não disponibilize até à próxima semana um espaço no edifício principal para a oposição.
Em declarações à Rádio Caminha, Ilda Figueiredo explicou que, como vereador no executivo, ainda que sem pelouros, tem direito por lei a ter um gabinete para receber os habitantes do concelho de Viana, mas o executivo liderado pelo socialista José Maria Costa tarda em atender este pedido.
Se até à próxima semana, Ilda Figueiredo não tiver um gabinete na Câmara de Viana, a vereadora comunista promete receber os munícipes, nem que seja em plena rua.
A criação de um gabinete para os vereadores da oposição tem sido uma reclamação manifestada em sucessivos mandatos, mas foi nunca concretizada.
No actual mandato todos os cinco eleitos do PS têm funções executivas na Câmara, enquanto os 3 vereadores do PSD e Ilda Figueiredo da CDU não receberam qualquer pelouro.
A Rádio Caminha tentou ouvir o presidente, José Maria Costa, sem sucesso. À agência Lusa, o autarca disse estar a “desenvolver todos os esforços” para criar as condições de trabalho e atendimento no edifício dos Paços do Concelho.
O autarca explicou que nesta altura decorrem obras em vários edifícios municipais, condicionando o trabalho dos próprios técnicos e funcionários municipais, que estão “mal instalados”, pelo que não se compromete com prazos.
PSD protesta
Queixas têm também os vereadores do PSD na Câmara de Viana. Em nota enviada à imprensa, os 3 vereadores sociais democratas consideram “uma vergonha para a democracia” a decisão do executivo socialista de alterar o regimento da autarquia, decidindo que uma das duas reuniões quinzenais será realizada à porta fechada.
Os vereadores laranja repudiam a decisão, que classificam como “uma verdadeira trapalhada”.
A Rádio Caminha tentou ouvir o líder da vereação PSD, mas o contacto com Eduardo Teixeira não foi possível.
Autarquia vai avançar com quinta fase do Parque Empresarial de Lanheses
A Câmara de Viana do Castelo aprovou a realização de um estudo de impacto ambiental para a criação de uma quinta fase do Parque Empresarial de Lanheses.
Segundo revela fonte da autarquia, o espaço tem sido alvo de grande procura por parte de empresas, estando o seu limite praticamente esgotado, pelo que foi deliberado avançar para uma quinta fase de loteamento.
Hoje deveria ser feriado, mas não é. Assim o ditou a troika, assim ordenou o Governo. Hoje, 1 de Novembro, deveria ser Dia de Todos os Santos, mas é um dia normal de trabalho. Ainda assim, as tradições ainda se mantêm em Caminha como é o caso das Alminhas de Merda e da Feira dos Santos.
“Um roubo”. É desta forma que a União de Sindicatos de Viana do Castelo classifica o fim do feriado de 1 de Novembro. Pela primeira vez, este feriado não é assinalado no calendário português.Foi uma das medidas concretizadas pelo Governo no âmbito do memorando de entendimento com a troika.
Isto apesar de 1 de Novembro continuar a ser feriado em outros países da Europa, como em Espanha e em França.
1 de Novembro era um feriado religioso, Dia Santo, que desapareceu do calendário português com a concordância do Vaticano. As celebrações religiosas de Todos os Santos passaram para Domingo.
Uma decisão que gera dúvidas, até mesmo nos padres. É o caso de Filipe Sá, pároco de Caminha e Vilarelho que acredita que as celebrações religiosas de Todos os Santos vão perder fieis com a mudança para o fim-de-semana.
Mesmo sem feriado, as feiras de todos os santos continuam a realizar-se na região. Hoje há feira em Caminha, e há feira em Cerdal, Valença, que é uma das maiores da região e que a organização vai manter neste dia, sobretudo para os espanhóis, que ao contrário dos portugueses matêm o feriado.
A Associação de Defesa do Consumidor quer alterar o período de fidelização nas telecomunicações. O objectivo da DECO é reduzir a fidelização actualmente em vigor nos serviços de telecomunicações, que é de 2 anos.
Bruno Barreira, jurista da delegação de Viana do Castelo da DECO, revela que a medida surge depois da associação ter constatado que recebe milhares de queixas dos consumidores que são obrigados a ficar 24 meses agarrados a um determinado serviço.
Num altura em que o desemprego grassa e as pessoas não sabem qual será o seu futuro, a DECO exige a alteração da legislação do sector.
Para tentar alterar esta situação, a DECO acaba de lançar uma petição. Depois de reunidas pelo menos 4 mil assinaturas, a Associação de Defesa do Consumidor quer entregar a petição na Assembleia da República pedindo uma alteração da lei no sentido de diminuir o prazo máximo legal de fidelização, actualmente nos 24 meses:
Tal como a Rádio Caminha avançou em primeira mão, o presidente da Câmara de Viana do Castelo, o socialista José Maria Costa é o novo presidente do Conselho Intermunicipal da CIM Alto Minho.
Foi eleita por unanimidade a única lista apresentada a sufrágio, de composição pluripartidária.
José Maria Costa, presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, foi eleito presidente do Conselho Intermunicipal da CIM Alto Minho, tendo como vice-presidentes Jorge Mendes, presidente da Câmara de Valença, e Victor Mendes, presidente da Câmara de Ponte de Lima.
Sobre os próximos quatro anos de mandato, o presidente empossado referiu que o Conselho Intermunicipal pretende dar seguimento ao trabalho desenvolvido pela Comunidade, sublinhando que este é um “legado que tem de ser preservado”, procurando, simultaneamente, avançar com novas ideias e responder aos desafios futuros resultantes das estratégias de desenvolvimento delineadas para o território, em parceria com os principais atores regionais.
José Maria Costa garantiu que a CIM Alto Minho continuará a ser “um espaço de solidariedade e de diálogo”, onde todos os municípios vão ter voz activa na procura de soluções constantes e na consonância de estratégias em prol dos interesses da região.
Chama-se Código do Animal de Companhia e pretende limitar o número de cães por apartamento. Este diploma geral foi apresentado pelo Ministério da Agricultura e não permite que cada apartamento tenha mais do que dois cães ou quatro gatos.
Segundo avança o jornal PÚBLICO, a proposta de legislação permite excepções: que os detentores de raças nacionais puras registadas possam ter até 10 animais nos prédios rústicos urbanos ou mistos.
Esta actualização da lei já em vigor, que impõe um limite de três cães por apartamento, tem dividido as opiniões entres as várias associações animais e de veterinária.
Idalina Torres, uma das fundadoras da Selva dos Animais Domésticos, associação que acolhe animais abandonados no concelho de Caminha, não condena o Código do Animal de Companhia proposto pelo Ministério de Assunção Cristas. Diz que o importante é a salvaguarda do bem-estar animal. O que nem sempre acontece, porque raramente a legislação do sector é cumprida.
A Liga Portuguesa Contra o Cancro arranca hoje com o seu Peditório Nacional . Um peditório que vai ser realizado em todo o país com a ajuda de centenas de Voluntários que estarão em diversos locais das cidades, devidamente identificados com coletes vermelhos, latas e autocolantes da instituição.
A Liga Portuguesa Contra o Cancro é uma Associação que promove a prevenção primária e secundária do cancro; o apoio social e a humanização da assistência ao doente oncológico bem como a formação e investigação em oncologia.