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Terça-feira, 29 Abril, 2025
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Autarquias de Caminha e Viana avançam com a protecção da Cividade

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As Câmaras de Caminha e de Viana e as Juntas de Freguesia de Âncora e Afife assinaram esta manhã o protocolo de colaboração entre aquelas entidades para a protecção e conservação da Cividade, um sítio arqueológico que fica na fronteira entre os dois municípios.

Há muito que o estado de abandono daquela fortificação castreja dos séculos I e II antes de Cristo vem sendo denunciada pelos ambientalistas. As autarquias decidiram agora avançar com a protecção daquele património.

Graças a este protocolo entre as várias autarquias vai ser possível realizar acções de conservação e protecção daquele sítio arqueológico.
A Cividade, localizada nas freguesias de Âncora, concelho de Caminha, e Afife, concelho de Viana do Castelo, é uma das estações mais significativas da cultura castreja, representando um núcleo habitacional com características bem definidas.

Situada numa elevação montanhosa na margem esquerda do rio Âncora e circuitada por três muralhas, a Cividade foi construída na proto-história, para utilização militar e residencial.

Câmara de Caminha processa município de La Guardia

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A Câmara de Caminha pôs a autarquia galega vizinha de La Guardia em tribunal para exigir o pagamento de 2,6 milhões de euros referentes às dragagens realizadas entre 200 e 2007 no canal de navegação do ferryboat que as duas localidades partilham no rio Minho. O processo deu entrada há dias no Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga.

À Rádio Caminha, o vice-presidente da autarquia portuguesa, Flamiano Martins, explicou que este é apenas um mero formalismo para exigir o pagamento às autoridades espanholas, já que o município de La Guardia não pode, por lei, pagar essas dívidas, apesar de admitir que existem: “Há vários anos que andamos em negociações com o município de La Guardia para o pagamento de dívidas que são anteriores a 2006. Uma vez que aquele município galego diz que o regime legal em Espanha não lhes permite pagar as dívidas anteriores a 2006, mas reconhece que há essas dívidas, intentámos esta acção no Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga porque a legislação portuguesa estabelece que a prescrição só ocorre após 20 anos”.

O vice-presidente da Câmara de Caminha garante que este processo não compromete o relacionamento das vilas portuguesa e galega da Foz do Minho que partilham vários projectos, entre eles a navegabilidade e a candidatura do rio Minho a Património da Humanidade.

O ferryboat Santa Rita de Cássia liga Caminha a La Guardia, pelas águas do rio Minho, mas há muito que aquele meio de transporte dá dores de cabeça à autarquia da margem portuguesa. A Câmara de Caminha dragou o canal de navegação durante 10 anos, vendendo as areias extraídas dessa operação. Depois os espanhóis assumiram as operações, mas desde 2011 que não realizam qualquer dragagem, razão pela qual o assoreamento impede o ferry de navegar normalmente e a qualquer hora.

Acessos à Mata Nacional da Gelfa vedados pelo ICNF

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A Junta de Freguesia de Âncora foi totalmente apanhada de surpresa quando, um dia destes, a Mata Nacional da Gelfa, localizada naquela aldeia do concelho de Caminha, apareceu com os caminhos todos vedados ao acesso público.

O Instituto de Conservação da Natureza e Florestas decidiu vedar os principais caminhos da mata sem ter dado quaisquer satisfações às entidades locais, nomeadamente à autarquia liderada por António Brás.
O autarca de Âncora teme pelas condições de combate a qualquer incêndio florestal que deflagre no interior da mata agora que os acessos estão vedados e que a população está impedida de limpar o local.
Só depois de vedar os caminhos da Mata Nacional da Gelfa é que o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas explicou à Junta de Freguesia de âncora a razão desta decisão: “a vedação provém de actos de vandalismo. Alguma recolha de materiais lenhosos que alguns moradores faziam com conhecimento da Junta, que articulava essas operações com o anterior ICNB”.

Agora, “não limpa nem deixa limpar”, protesta o autarca da freguesia de Âncora.

Caminha recebe encontro de windsurf e stand up paddle

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No próximo fim-de-semana vai realizar-se o Windsurf & Stand Up Paddle Meeting, na praia de Moledo. A iniciativa, que se destina a divulgar estas modalidades na região, vai ainda contar com uma série de atividades de participação gratuita e uma prova de Stand Up Paddle (SUP), que se realiza no domingo, no rio Minho.
As boas condições oferecidas pelos recursos naturais do concelho para a prática de desportos náuticos e em particular destes, voltam a evidenciar-se com a realização do Encontro de Windsurf e SUP.

A iniciativa começa no sábado, pelas 11h30, na praia de Moledo, sendo que neste dia as atividades são gratuitas. Assim, quem passar pela praia vai poder assistir a uma apresentação, clinicas e testes de material de Windsurf e SUP, a Batismos de SUP e Windsurf e vai até poder participar numa Mega aula de iniciação às ondas pelas 15 horas. Os interessados terão ainda ao seu dispor pranchas de SUP e de Windsurf de forma a usufruírem das aulas gratuitas lecionadas por especialistas das modalidades.
Pelas 16 horas vai decorrer também uma Competição lúdica de Windsurf e SUP e no final da atividade a animação continua com uma Sunset Party com DJ’s convidados.

No domingo, realiza-se no rio Minho, às 11 horas, uma prova de Stand Up Paddle entre a foz do rio Minho e a praia fluvial de Pedras Ruivas, em Seixas. A prova é organizada pela escola Lalo&Wind com o apoio da Câmara Municipal de Caminha e a homologada pela Federação Portuguesa de Surf. Elisiário Cunha, responsável pela Lalo&Wind prevê a participação de 70 atletas nacionais e estrangeiros de renome da modalidade como Isa Sebastião e Coque Araújo.

A prova é a primeira de sempre a contar para o campeonato nacional e está subdividida em duas categorias: a Classe de All Around, num percurso de aproximadamente 7 km pelo rio Minho, na qual poderão participar iniciados e amantes da modalidade e a Classe Pro, destinada a praticantes mais experientes, de 10 km. A partida vai ter lugar na praia da foz do rio Minho, junto ao Restaurante Ínsua e termina na praia fluvial de Seixas, onde todos podem esperar os participantes e visitar as tendas de várias lojas da modalidade, com a animação a cargo de DJ’s Convidados.

A entrega de prémios está marcada para as 13 horas e vai ser também feito um sorteio de material, sendo que os participantes podem mesmo ganhar uma prancha e 2 remos em carbono.
De acordo com Flamiano Martins, vereador com o pelouro do Desporto, “Caminha tem vindo a trabalhar no sentido de se tornar na Capital dos desportos outdoor, para o qual muito contribui a realização destas atividades” e acrescenta, “as condições apresentadas pelos nossos recursos naturais, sejam o rio, as praias ou a Serra de Arga, tornam-se cada vez mais o cenário perfeito para acolhermos provas desportivas desta envergadura e o exemplo está neste Encontro de Windsurf e SUP ou no I Triatlo Longo que decorreu no último fim de semana”.

Câmara de Caminha prepara homenagem a Carlos Sá

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Foi adiada a homenagem ao atleta do clube caminhense Desnível Positivo, que venceu a ultramaratona de Badwater, nos Estados Unidos da América.

Ao contrário do que estava previsto, Carlos Sá não chega hoje a Portugal. O vôo foi adiado e o atleta vai aterrar no Porto amanhã à tarde, pelo que a recepção e homenagem que a Câmara de Caminha está a organizar terá de ser adiada para data ainda por marcar.
Fonte da Câmara de Caminha sublinha que o descanso e a recuperação do atleta são as prioridades máximas.

Carlos Sá, atleta do clube caminhense Desnível Positivo, venceu a Badwater, na Califórnia, uma das mais duras ultramaratonas do mundo. Fez os 217 quilómetros em 24 horas e 38 minutos debaixo de temperaturas a rondar os 50 graus.

Atleta do clube caminhense Desnível Positivo vence uma das provas mais difíceis do mundo e torna-se o melhor ultra-maratonista do planeta

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Carlos Sá foi o primeiro atleta a vencer a ultra-maratona de Badwater, nos Estados Unidos, no ano da estreia. O ultra-maratonista do clube caminhense Desnível Positivo correu 217 quilómetros sob temperaturas superiores a 50 graus durante 24 horas ininterruptas.

Carlos Sá terminou a prova com o tempo de 24 horas e 38 minutos, tendo cortado a meta em primeiro lugar com a Bandeira de Portugal na mão. Quando concluiu a prova, disse à imprensa ter sido uma sensação incrível ter ganhado na estreia na ultra-maratona Badwater, disputada no “ambiente mais hostil do planeta”.

O treinador do atleta, Paulo Pires, classifica a vitória como um feito épico, que afirmou Carlos Sá como o melhor ultra-maratonista do mundo.
Na ultra-maratona Badwater, nos Estados Unidos, só se compete por convite…
Até agora, nunca um atleta tinha vencido a prova no ano da sua estreia. Carlos Sá e o seu treinador não iam com o objectivo de vencer…
Terminar a prova era a meta, que foi claramente ultrapassada.

Carlos Sá cumpriu o difícil trajecto da Badwater em 24 horas 38 minutos e 16 segundos, seguido do australiano Grant Maughan 15 minutos atrás.
Disputada na zona do Vale da Morte, na Califórnia, a corrida de 217 quilómetros iniciou-se na baía de Badwater (86 metros abaixo do nível do mar) e terminou no monte Whitney (a 4 mil 421 metros de altitude), os pontos mais alto e mais baixo do território norte-americano.

Carlos Sá venceu no ano da estreia e fez história no ultra-maratonismo mundial, uma modalidade com cada vez mais adeptos e onde o atleta do clube caminhense Desnível Positivo se destaca.
O português, de 39 anos, já tinha batido este ano o recorde do Mundo na ascensão ao Monte Aconcágua, na Argentina, o ponto mais alto da América e de todo o hemisfério sul, com 6.962 metros de altitude, e sido sétimo na Maratona das Areias….

Em Agosto, vai fazer uma prova de trail de montanha de 168 quilómetros nos Alpes e este ano tem ainda uma montanha de 8 mil metros “para cumprir o projecto de ultra-maratonista mais completo do mundo”.

CAMIPÃO assinala 40º aniversário com abertura de novo estabelecimento

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Uma nova loja, com um novo design e mais de 100 metros quadrados de área de venda foi recentemente inaugurada pela Camipão em Moledo. Situado junto à estação de caminho de ferro, o novo espaço aposta na melhoria do serviço que diariamente é prestado pela empresa nos mais de 10 pontos de venda espalhados por um vasto território. A comemorar 40 anos de existência, a Camipão tem projectos para crescer no futuro, como revela ao Jornal C o sócio gerente, José Presa. Uma campanha de aniversário vai oferecer aos clientes, até ao final de Julho, prémios que ultrapassam os 3 mil euros.

A Camipão está a festejar até ao final do mês de Julho o 40º aniversário e para assinalar a data, a empresa com sede em Vila Praia de Âncora, inaugurou recentemente em Moledo, uma nova loja. O novo espaço insere-se numa política de reestruturação que a empresa tem vindo a levar a cabo e que passa também pelo investimento nos pontos de venda como explicou ao Caminhense o sócio gerente, José Presa.

“É verdade, de facto a Camipão nasceu no Verão de 1973 e neste mês de Julho está a comemorar 40 anos. Dentro do processo de reestruturação da empresa e de investimento nos nossos pontos de venda, acabamos de inaugurar este novo estabelecimento em Moledo”

A nova Camipão de Moledo é um espaço moderno, com uma área de venda superior a 100 metros quadrados e está situada junto à estação de caminho de ferro. Este novo espaço veio substituir uma antiga loja que existia no local, mas cujas dimensões reduzidas já não satisfaziam as necessidades dos clientes.

“A nossa antiga loja em Moledo era uma loja que tinha uma clientela bastante alargada, principalmente nos meses de Verão e aos fins-de-semana. Com o passar do tempo fomo-nos apercebendo que era necessário investir no aumento da nossa área de venda para assim satisfazermos com melhores condições os nossos clientes. Esta loja vem precisamente colmatar esse problema”.

Na loja de Moledo a Camipão investiu cerca de 120 mil euros e o espaço, para além da normal venda do pão, vai oferecer aos clientes outro tipo de serviços.

“O nosso serviço tradicional abrange a pastelaria e a padaria e durante o Verão iremos servir pequenos pratos ligeiros e rápidos para satisfazer os clientes desta época do ano, mas centrarnos-emos nos nossos serviços habituais”.

Depois de no ano passado ter inaugurado uma nova loja em Vila Praia de Âncora, a Camipão avançou este ano com a abertura de uma outro em Moledo. Em tempos de crise José Presa diz que é preciso ter uma visão diferente do negócio, uma visão que cimente e reforce a posição da empresa no mercado.

“Nós temos precisamente esta visão do negócio: em épocas de crise e dificuldade achamos que devemos cimentar a nossa posição e reforçá-la junto do mercado. É isso que temos vindo a fazer. Temos feito também fortes investimentos ao nível da produção. Recordo que certificamos os serviços de venda do Parque Ramos Pereira em Vila Praia de Âncora e da nossa fábrica. Pensamos que é desta forma que transmitimos maior confiança aos nossos clientes, maior confiança ao mercado para que possam acreditar em nós no futuro. Queremos continuar a fazer investimentos e a crescer”.

Para festejar o 40º aniversário a Camipão está a desenvolver uma série de iniciativas, entre as quais se destaca uma campanha junto dos clientes onde vão ser oferecidos diversos prémios.

“Temos uma campanha a decorrer desde o dia 15 de Junho que se vai prolongar até finais de Julho. Trata-se de uma campanha de aniversário da nossa empresa onde as prendas são para os nossos clientes. A ideia é premiar a fidelização dos clientes que visitem os nossos pontos de venda. Através de uma senha que entregamos com compras acima de 3 euros, as pessoas ficam habilitadas a ganhar uma série de prémios que consideramos bastante atractivos. No seu conjunto chegam aos 3 mil euros”.

Integrado ainda nas comemorações do 40º aniversário, vai ter lugar no próximo dia 18 de Julho, no Parque Ramos Pereira em Vila Praia de Âncora, um espectáculo com a Academia de Musica Fernandes Fão. Um momento que José Presa considera o ponto alto das comemorações.

“Dentro deste espírito de darmos prendas aos nossos clientes, e sendo nós uma empresa que nasceu e cresceu em Vila Praia de Âncora, decidimos oferecer um concerto à população e aos nossos visitantes. Trata-se de um concerto de rock sinfónico promovido pela Academia de Música Fernandes Fão que irá acontecer a partir das 22 horas”.

Depois da abertura destes dois novos estabelecimentos, a Camipão vai continuar a investir, agora na reestruturação de algumas das lojas existentes.

“Os projectos futuros para os próximos 5 anos foram delineados no ano passado. Para além destas duas novas lojas em dois pontos importantes do concelho, pretendemos agora passar para uma reestruturação dos nossos pontos de venda. Com a criação da nova imagem corporativa da empresa, com o novo design, vamos também remodelar outros estabelecimentos, aproximando-os da imagem destes novos que agora temos”.

Para além destes projectos a Camipão pretende continuar a crescer no mercado e a alargar os seus horizontes.

“As empresas alimentam-se de crescimento e a Camipão terá forçosamente que crescer também”.

A Camipão é uma empresa com 10 pontos de venda, cerca de 4 centenas de clientes espalhados por um território bastante vasto e factura uma media de 3 milhões de euros por ano.
Na empresa trabalham cerca de 100 colaboradores que todos os dias, durante 24 horas, mantêm a empresa em funcionamento.

Quebrarco-Carvão Lda.

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Eu tenho um sonho…

É “neta” de uma empresa centenária de Lisboa e está instalada na Zona Industrial de Vila Praia de Âncora. Chama-se Quebrarco-Carvão Lda, dedica-se à importação e distribuição de carvão vegetal no Norte de Portugal e na Galiza, e recentemente estabeleceu um protocolo com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e com a Câmara de Caminha, com vista à realização de um estudo que permita perceber se é possível transformar, de forma rentável, algumas plantas invasoras em carvão vegetal.

A ideia nasceu de “um sonho” do empresário João Lima, um dos sócios da Quebrarco-Carvão Lda. Obrigado a importar carvão “do fim do mundo”, uma vez que a sua produção em Portugal está proibida, este empresário, que decidiu seguir os passos da família e continuar no negócio do carvão, nunca desistiu do seu sonho. Atento ao exemplo de Cuba que descobriu que uma infestante existente naquele país, chamada Marabu, é ótima para fazer carvão vegetal, João Lima pensou: porque não fazer o mesmo em Portugal? Sem o dito Marabu mas com muitas outras infestantes a proliferarem por esse país fora, principalmente a Acácia, a única dúvida era perceber se as infestantes portuguesas são igualmente boas para produzir carvão vegetal. Numa conversa recente com um responsável da Câmara de Caminha, João Lima partilhou esta sua ideia a que chama “um sonho”.

“Recebemos recentemente a visita de um representante da Câmara de Caminha a quem tivemosoportunidade de mostrar as nossas instalações. No final da visita eu virei-me para eles e contei-lhes que tinha um sonho. Perguntaram-se que sonho era esse e eu expliquei-lhes”.

A Câmara interessou-se pela ideia e decidiu, em parceria com a Quebrarco-Carvão Lda, estabelecer um protocolo com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro para a realização de um estudo que permita perceber se é possível transformar, de forma rentável, a Acácia em carvão vegetal.

“A UTAD está envolvida neste projeto para analisar profundamente as características deste tipo de infestante. Entretanto eu sugeri que fossem contactados parceiros de outras universidades principalmente no Brasil, que é só o maior produtor do mundo de carvão, para que através da sua experiência se possa ir mais longe neste estudo”.

João Lima explica que há muito pouco carvão vegetal no mundo e por isso, se for possível que este estudo chegue a bom porto, “será com certeza uma grande oportunidade”. De referir que 99 por cento do carvão que se consome em Portugal, Espanha e até no resto da Europa, é importado da América do Sul, de Cuba e algum (pouco) de África.

“Com a proibição do corte de madeiras deixou de haver carvão vegetal em Portugal. O que é comercializado vem de Cuba e do Paraguai. É praticamente tudo importado, eu diria que 99% do carvão que se consome em Portugal, Espanha e até no resto da Europa vem de fora, principalmente da América”, explica.

João Lima fala do carvão com entusiasmo e explica que a América do Sul, concretamente o Brasil, é um dos maiores produtores de carvão vegetal do mundo, mas não exporta, “pelo contrário, ainda importa dos paises limítrofes”. “A indústria siderúrgica brasileira, que é muito forte, tem sido desde sempre e continua a ser, alimentada a carvão vegetal. Por isso eles consomem tudo o que produzem e apenas 8% da sua produção é que se destina à restauração”, explica.

A escassez de carvão vegetal no mundo torna este estudo ainda mais interessante mas o empresário faz questão de sublinhar isso mesmo: “isto não passa de um estudo, de um projecto, do início de caminho para chegar, mas eu vejo grandes possibilidades”.

É um projecto pioneiro que, a concretizar-se, vai transformar-se numa verdadeira revolução ambiental e no fim de uma dependência em relação a países terceiros, exportadores de carvão. Numa indústria desta natureza há outras possibilidades, garante João Lima.

“Portugal? Eu não penso só em Portugal, eu acho que isto daria hipóteses de produzir para a Europa. A Europa do Sul gasta muito carvão vegetal e a do Norte gasta inclusive briquetes de carvão, que é um produto feito à base dos desperdícios da produção. O que não tem grande volumetria, ou seja, tamanho suficiente para o produto normal que é o carvão é transformado em briqutes. Com esses resíduos pode-se criar paralelamente uma indústria que eu acho que não é complicada”.

Actualmente em Portugal a utilização do carvão vegetal é exclusiva do sector da restauração.

“Tempos houve em que algumas indústrias utilizavam o carvão vegetal, é o caso por exemplo da indústria das molas para camiões que introduziam o carbono do aço dessas molas através da queima de carvão vegetal. Existia uma indústria dessas em Viana do Castelo, na estrada da Papanata”.

Natural de Âncora Lage, João Lima considera o concelho de Caminha “o melhor local para se viver”. Depois de ter vivido noutros locais do país, o empresário voltou a Âncora onde está associado a algumas empresas, entre elas a Quebrarco-Carvão Lda. O estudo, entregue a investigadores da UTAD vai primeiramente incidir sobre a acáciamimosa.