12 C
Caminha Municipality
Sexta-feira, 29 Março, 2024
spot_img
InícioNotíciasDistritoPortagens A28: "Não podemos aceitar uma proposta que quer o melhor para...

Portagens A28: “Não podemos aceitar uma proposta que quer o melhor para o nosso território à custa do pior para os outros”

A propósito da análise em sede da Assembleia da Republica da petição apresentada pelo CEVAL, com o objectivo da eliminação do Pórtico localizado em Neiva, e, que antecede a saída para a zona industrial, o Movimento “Naturalmente… Não às portagens” veio a público, através de comunicado, esclarecer que é favoravel a todos os esforços que tenham por objectivo a mitigação dos danos e custos que os utentes, cidadãos anónimos e “empresas” , têm suportado injustamente nesta via, A28, que não tem qualquer via alternativa, no entanto não pode aceitar uma proposta que quer o melhor para um território à custa do pior para outro.

“O movimento Naturalmente…Não às Portagens na A28, associa-se naturalmente a todos os esforços que tenham por objectivo a mitigação dos danos e custos que os utentes, cidadãos anónimos e “empresas” , têm suportado injustamente nesta via, A28, que não tem qualquer via alternativa. Contudo o movimento demarca-se da petiçao num aspecto que considera insensato, que é o facto de, evocar que a perda de receita provocada pela eliminação do referido pórtico deva ser compensada com o aumento de 0,25€ na portagem do pórtico de Modivas.
Em circunstância alguma podemos aceitar uma proposta que quer o melhor para o nosso território à custa do pior do território nosso vizinho. Pois, é isso que esta petição pede.
Continuamos a considerar que esta via A28, ex- scut Norte Litoral, não deve ser portajada pelas seguintes razões:
A A28 não tem qualquer alternativa. A N13 não é de todo uma alternativa.
Embora o distrito de Viana do Castelo seja um distrito litoral, tem índices de desenvolvimento só comparáveis aos distritos do interior.
A aplicação de portagens tem castigado e prejudicado este território de Viana do Castelo e todo o Alto Minho, pois, foram inúmeros os problemas e constrangimentos criados com a implementação desta medida em 2010 e que constituíram um forte entrave à competitividade da região e foram ainda um factor prejudicial para as relações transfronteiriças da mesma.
Assim gostaríamos de realçar:
1. O custo, resultante das portagens, quer para os cidadãos, quer para as empresas é uma realidade, em muitos casos, incomportável, o que originou o encerramento e a deslocalização de empresas que estavam neste território para outras regiões, nomeadamente para o Grande Porto
2. Perderam-se quadros técnicos, que se deslocavam de outros territórios, que
deixaram de dar o seu contributo nas empresas vianenses ( ex. médicos que
deixaram o hospital de Viana do Castelo), devido aos elevados custos com deslocações)
3. Por último deixamos uma reflexão sobre os custos directos e indirectos resultantes da existência das portagens, isto é,
i) O aumento de tráfego na ordem de 30 a 40 % nas estradas nacionais, origina maior tempo nas estradas, com a consequente perda de produtividade,
ii) Consequente aumento de gastos de combustíveis, logo mais custos com a importação dos combustíveis,
iii) Consequente aumento dos níveis de poluição, CO2,com a consequente necessidade de maiores compras de licenças de carbono,
iv) Consequente aumento do desgaste nas estradas nacionais, com o aumento dos custos de manutenção (muitos deles suportados pelas Autarquias Locais ),
v) O aumento inevitável da sinistralidade, com maiores custos para o Estado, pois a vida não tem preço !,
vi) Foram estes custos compensados pela receita obtida com as portagens? Claro que não ! pois é inegável a constatação da diminuição de tráfego em todas as ex-scuts, particularmente na A28, que foi da ordem de 35%,
vii) Perda significativa da utilização do aeroporto Sá Carneiro por parte dos nossos vizinhos Galegos, cuja redução foi superior a 50% ,
Por tudo isto continuamos a manifestar-nos contra esta injustiça e ataque aos cidadãos e empresas deste território de Viana do Castelo e Alto Minho, apelando, assim, que considerem a reavaliação do modelo de portagens para introduzir uma maior justiça e coesão territorial e em particular nesta zona fronteiriça com Espanha com uma maior interdependência de actividades , nomeadamente no turismo, evitando a precipitação para níveis ainda maiores de desequilíbrios desta região do Alto Minho.
Movimento, Naturalmente…NÃO às Portagens na A28”

- Publicidade -spot_img
- Publicidade -spot_img
- Publicidade -spot_img

Mais Populares