Fevereiro e Março vão ser os meses da lampreia do rio Minho. Os seis municípios do Vale do Minho, a Adriminho e a confraria da lampreia do rio Minho uniram esforços para a promoção conjunta daquele ciclóstomo que todos os anos atrai milhares de pessoas à região. Os parceiros na iniciativa “Lampreia do rio Minho- um prato de excelência” apresentaram ao final desta manhã o evento, numa conferencia de imprensa realizada em Lanhelas no concelho de Caminha.
Uma iniciativa que vai unir uma centena de restaurantes que nas próximas semanas vão servir as mais variadas versões de lampreia.
A promoção vai ser realizada em força, com outdoors, publicidade e a divulgação na vizinha Galiza, onde a lampreia é um petisco muito apreciado.
O presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves, anfitrião do encontro, defende que a lampreia tem todo um potencial que deve ser explorado em conjunto pelos municípios do vale do Minho.
Para sublinhar o potencial da lampreia do rio Minho, Miguel Alves revelou que só no porto de Caminha são movimentados anualmente 800 mil euros referentes àquele ciclóstomo. São dados revelados pelo autarca.
Sublinhando também o potencial económico da lampreia, Manuel Baptista, presidente da ADRIMINHO, Associação de Desenvolvimento Rural Integrado do Vale do Minho, enfatizou a vertente cultural associada ao consumo da lampreia, mas também a vertente festiva presente na degustação deste ser do tempo dos dinossauros, com mais de seis milhões de anos.
A promoção à lampreia do rio Minho envolve este ano pela primeira vez a confraria criada para preservar e divulgar o ciclóstomo. O presidente daquela entidade, o cozinheiro João Gutierres, explicou à Rádio Caminha que o papel da confraria passa, nesta fase inicial, pela recolha e preservação de todo o receituário de lampreia. E é que há 19 formas diferentes de confeccionar o ciclóstomo só nos seis municípios do vale do Minho.
Satisfeitos também com esta promoção à lampreia do vale do Minho estão os pescadores locais. É, pelo menos, o que garante o presidente da Associação de Pescadores para a Preservação do rio Minho. António Felgueiras só lamenta que quem mais horas passa no rio a apanhar a lampreia seja quem menos beneficia no negócio.
Uma centena de restaurantes dos 6 municípios do vale do Minho vão, nas próximas semanas, ter nos seus cardápios pratos confeccionados com lampreia do rio Minho, que todos os anos atrai à região milhares de pessoas.