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Sábado, 5 Outubro, 2024
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Distrito/Parque Eólico Offshore: Pescadores já foram ouvidos pela primeira vez na Assembleia da República

Os pescadores já foram ouvidos em Lisboa. A Comissão Parlamentar foi presidida pelo deputado socialista Tiago Brandão Rodrigues, em representação da Comissão do Ambiente e Energia e Jorge Mendes, deputado do PSD, representante da Comissão da Economia e Mar, ambos eleitos pelo círculo eleitoral de Viana do Castelo.

liliana silva 1

A primeira intervenção coube à vereadora caminhense Liliana Silva, da coligação O Concelho em Primeiro, que começou por explicar que não está contra as energias renováveis mas sim contra o mega parque que se pretende instalar na costa vianense.

 

De seguida lembrou uma resolução do Parlamento Europeu de 2021, em que são dadas indicações aos governos dos diferentes países de como implementar este tipo de projetos. A vereadora deu 3 exemplos que indicam que o governo português falhou ao querer implementar este parque eólico tal como está.

 

Augusto Porto

Augusto Porto, presidente da Associação de Pescadores de Caminha, lamentou que o governo esteja a ter como exemplo a instalação do primeiro parque eólico offshore na costa de Viana com a colocação de 3 ventoinhas, que tantos problemas tem dado à classe piscatória, nomeadamente o desaparecimento de muitas espécies na zona onde está instalado, e esteja a repetir o mesmo erro e a estendê-lo em todo o país.

 

Augusto Porto apelou à Assembleia da República para que ouça as comunidades piscatórias porque, como sublinhou, “nós existimos”.

 

David Sanches

David Sanches, representante da Associação de Pescadores da Ribeira Minho, defende que se suspenda a instalação deste parque eólico offshore até que os pescadores sejam ouvidos e seja encontrado um local apropriado com o minímo impacto para a classe.

 

David Sanches, que representa mais de 70 embarcações no Rio Minho, explicou os prejuízos que podem ser causados com esta instalação nas espécies que fazem a desova no rio Minho, depois de serem alteradas as rotas piscícolas, nomeadamente a lampreia e o sável.

 

Antonio Coimbra

António Coimbra da Associação Ribeirinha de Viana do Castelo, deu conta dos muitos problemas que o atual parque eólico já causou na pesca naquela zona, sublinhando que o mesmo “não trouxe nada de benéfico” à região. Lembrou a ausência de um estudo de impacto ambiental e a redução do espaço de pesca, “que já era pouco”.

 

Segundo o pescador da associação de Viana, o novo parque eólico que o governo pretende instalar vai sobrecarregar muito as áreas de pesca naquela zona.

 

António Coimbra acrescenta que não é apenas a pesca o único setor a ser afetado e alerta que os postos de trabalho anunciados com esta instalação criarão um número muito maior de desempregados no setor da pesca e em outros diretamente relacionados.

 

Vasco Presa

Por último, usou da palavra o presidente da Associação de Pescadores de Vila Praia de Âncora, Vasco Presa, que reforçou a questão da redução das áreas de pesca que este parque eólico vai provocar. Salientou ainda a necessidade de uma maior fiscalização em relação ao excesso de aparelho.

 

Pescadores apresentaram hoje pela primeira vez os seus argumentos em Comissão Parlamentar para tentar travar a instalação do parque eólico offshore na costa de Viana do Castelo.

Assista à audição completa abaixo: 

https://canal.parlamento.pt?cid=7029&title=audiencia-da-comunidade-de-pescadores-de-viana-do-castelo

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