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Domingo, 15 Junho, 2025
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Distrito: Liliana Silva recolhe mais de 500 assinaturas em protesto à instalação do parque eólico offshore

Liliana Silva e pescadores locais recolheram em dois dias mais de 500 assinaturas em abaixo assinado, para agendamento urgente de uma reunião com o Secretário de Estado do Mar e Comissões do Ambiente, Mar e Energia, em protesto à instalação do parque eólico offshore ao largo da costa portuguesa e espanhola.

Juntaram-se na recolha à vereadora da coligação O Concelho em Primeiro (OCP), a Associação de Pescadores Profissionais e Desportivos de Vila Praia de Âncora, a Associação de Profissionais de Pesca do Rio Minho e do Mar e a Associação de Pescadores da Ribeira Minho.

Para Liliana Silva, o sucesso na recolha de tantas assinaturas em tão pouco tempo superou todas as expectativas e revela a dimensão deste problema para toda a comunidade.

 

david sanches
David Sanches, Presidente da Associação de Pescadores da Ribeira Minho

David Sanches, que representa mais de 135 associados na Associação de Pescadores da Ribeira Minho, está preocupado com o impacto que a instalação do parque eólico offshore tão próximo da costa possa ter nas espécies migratórias que fazem desova no rio minho, contrariando o que está disposto nas diretivas europeias que Liliana Silva apresentou na reunião da passada segunda feira.

 

David Sanches conseguiu recolher mais de 200 assinaturas não só de pescadores profissionais como desportivos, e de outros sectores que virão a ser afetados com aquela instalação.

 

Para aquela associação é lamentável que o governo não tenha auscultado a opinião dos pescadores, em tão importante dossier, quando estes estão representados em associações legalmente reconhecidas. Para o dirigente da associação é incompreensível que esta classe tenha sido excluída do estudo para a implementação deste negócio.

 

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Augusto Porto, Presidente da Associação de Profissionais de Pesca do Rio Minho e do Mar

Augusto Porto, da Associação de Profissionais de Pesca do Rio Minho e do Mar, que representa mais de 60 embarcações, também recolheu mais de 200 assinaturas junto dos seus associados e na comunidade. Para o representante desta associação, o grande número de assinaturas recolhidas é demonstrativo da preocupação que este assunto traz aos pescadores e às suas famílias, com consequências para todo o território.

 

Segundo Augusto Porto, a associação que preside teve conhecimento da intenção do governo em fevereiro do ano passado, e diz acompanhar desde então este assunto “ao longe” uma vez que as associações de pesca foram excluídas do estudo encomendado pelo governo para a implementação das eólicas na costa portuguesa.

 

O dirigente associativo lamenta que o governo, depois de ter instalado as primeiras 3 ventoinhas ao longo da costa de Viana sem auscultação dos pescadores, venha agora repetir o mesmo erro.

 

Em fevereiro de 2022, a associação sediada em Caminha deu conhecimento à Junta de Freguesia de Caminha e Vilarelho e à Câmara Municipal. Augusto Porto afirma que a Junta de Freguesia terá apresentado naquela altura a sua contestação no portal “Participa” sem que tenha no entanto dado conta desta posição publicamente. Desconhece-se até ao momento qualquer posição pública do município de Caminha.

 

Augusto Porto agradece a voz que Liliana Silva está a dar a este problema tão grave para os pescadores e para toda a comunidade alto minhota.

 

As assinaturas recolhidas por Liliana Silva e pelos representantes das associações de pescadores locais acompanham a missiva que será hoje enviada ao governo para agendar reunião urgente em protesto à instalação do parque eólico offshore entre Viana e Caminha.

A autarca agradeceu também às associações de pescadores e seus representantes e a outras pessoas da comunidade que ajudaram na recolha destas assinaturas.

 

Quinta feira há nova reunião agendada em Vila Praia de Âncora

Para a próxima quinta feira está já agendada nova reunião em Vila Praia de Âncora com os pescadores destas associações e agora alargada a outras do distrito e de outras zonas do país que poderão juntar-se com novas formas de luta.

 

Liliana Silva em declarações ao Jornal C – O Caminhense.

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