A Coligação O Concelho em Primeiro (OCP), através da vereadora Liliana Silva, propôs na última reunião de Câmara que o executivo estabeleça junto das entidades responsáveis pela Igreja Matriz de Caminha, o diálogo para que aquele monumento nacional, ex-libris do Alto Minho, esteja visitável todos os dias aos turistas e peregrinos de Santiago, uma vez que atualmente apenas se encontra aberto aos fins-de-semana, referiu a vereadora da oposição.
Segundo a OCP tem de haver uma estratégia por parte da Câmara para que aquela igreja esteja aberta pelo menos durante 6 dias por semana.
Em resposta à intervenção da vereadora da oposição, o presidente da Câmara, Rui Lages, começou por lamentar o facto de a Igreja Matriz não ser património do município, o que significa que para se tomar alguma decisão relacionada com aquele monumento, só com a autorização da Direção Geral do Património.
Segundo o autarca não é só o facto da Igreja Matriz estar fechada à semana que é preocupante, o estado de conservação da mesma também preocupa. O presidente da Câmara garante que as entidades responsáveis já foram alertadas para as muitas infiltrações de água, entre outros problemas.
Igreja Matriz encerrada à semana e com problemas de conservação em debate na última reunião do executivo camarário.
Classificada como monumento nacional desde 1910, a Igreja Matriz de Caminha foi erguida no interior da cerca medieval da vila sobre os vestígios de uma primitiva capela românica, da qual subsistem um pórtico (hoje obstruído) e uma cachorreira do lado norte.
Os seus trabalhos iniciaram-se em 1488 sob orientação dos biscainhos Tomé de Tolosa e Francisco Fial, aos quais se seguiram outros mestres de origem biscainha e galega.
Os trabalhos desenvolveram-se com lentidão, tendo sido concluídos em 1556 com a torre da fachada principal. Por essa razão, o templo apresenta uma complexa combinação de estilos e influências.