Depois do embargo da Câmara de Caminha à instalação de uma torre de telecomunicações junto à antiga estação de comboios de Vila Praia de Âncora, para “aferir da legalidade” do procedimento, conforme anunciado pelo Presidente da autarquia na última reunião do executivo da passada quarta feira, a IP (Infraestruturas de Portugal), passou por cima do embargo e na última madrugada procedeu à sua instalação.
Segundo a autarquia caminhense, “houve um verdadeiro desrespeito do auto de embargo”.
No local e perante a situação, o presidente da Câmara diz ter acionado a Guarda Nacional Republicana que também ali se deslocou. A instalação da torre prosseguiu e desconhece-se os motivos pelos quais não foi cumprido o embargo da Câmara Municipal.
Perante os factos, a Câmara garante que irá “utilizar todos os meios ao seu alcance no quadro da legalidade, pois a verdade é que houve um desrespeito de um embargo”, faltando também a “licença de ruído” a emitir pela autarquia, refere uma publicação do presidente da Câmara Rui Lages na rede social Facebook.
A informação do embargo da instalação da referida torre foi avançada pelo presidente da Câmara de Caminha, no período antes da ordem do dia da última reunião do executivo.
De acordo com o autarca, a decisão foi tomada depois de ter estado no terreno em conversação com as Infraestruturas de Portugal (IP).
O embargo total produz efeitos imediatos até serem esclarecidos os devidos licenciamentos por parte das Infraestruturas de Portugal.
Mas a verdade é que não só os esclarecimentos não foram dados como a instalação da torre com cerca de 30 metros de altura foi concretizada.
Autarcas e população estão preocupados com a instalação desta torre cujo impacto visual é enorme. Segundo o presidente da Câmara de Caminha a IP poderá vir a instalar outras torres similares em mais freguesias do concelho (Moledo é uma delas), e noutros municípios, nomeadamente Cerveira e Valença.