Liliana Silva da Coligação O Concelho em Primeiro (OCP) alertou na última reunião do executivo caminhense para o caos que se vai gerar na Feira Medieval 2024. A vereadora considera inaceitável não haver alternativas para estacionamento, quando o trânsito vai estar condicionado nas principais artérias durante nove dias, começando na próxima segunda, dia 22, às 23 horas até dia 30 de Julho às 10 da manhã (inclusive durante a feira semanal). O Presidente da Câmara, Rui Lages, ignorou as afirmações da autarca.
A vereadora da OCP chamou a atenção na última reunião do executivo para a falta de planeamento dos repetidos cortes de trânsito no concelho de Caminha e agora para a feira medieval 2024.
De acordo com a proposta apresentada, que acabou por ser aprovada com os votos contra da oposição, Caminha volta a ficar fechada ao trânsito, desta vez durante nove dias, das 23 horas de dia 22 (segunda feira) às 10 da manhã de dia 30 de Julho.
Sem estarem criadas alternativas para estacionamento, Liliana Silva volta a criticar a estratégia do município no que toca à organização de eventos, que diz, por outras palavras, ser sempre a mesma: a de dificultar a vida a quem cá vive e a quem nos visita.
As ruas que refere a vereadora da OCP são: Rua da Corredoura, Praça Conselheiro Silva Torres, Rua de São João, Rua 16 de Setembro, Rua Condestável Nuno Álvares Pereira, Largo Fetal Carneiro, Rua Ricardo Joaquim de Sousa, Travessa do Repuxo, Rua do Repuxo, Rua 1º de Dezembro, Rua Visconde Sousa Rego, Travessa João A. dos Santos Gavinho, Rua Lino J. Felgueiras da Silva, Rua Dr. Luciano Amorim e Silva, Largo Calouste Gulbenkian, Travessa do Tribunal, Travessa de S. João, Largo e zona de estacionamento junto ao cruzamento da Rua Dr. Luciano Amorim e Silva com a Travessa do Tribunal, Largo da Matriz e Travessa do Teatro, ou seja, praticamente toda a vila de Caminha.
A proposta nada diz acerca das cargas e descargas nos estabelecimentos instalados nesta vasta zona, sobre o acesso às duas farmácias ou simples compras no comércio local.
Segundo referiu Liliana Silva, também as pessoas com mobilidade reduzida são constantemente prejudicadas por esta falta de planeamento, e recordou as declarações de Isabel Varela, cidadã invisual, que disse não poder sair de casa durante a feira medieval. “Este ano, não vai poder sair de casa durante nove dias”, disse Liliana Silva.
Rui Lages, Presidente da Câmara Municipal de Caminha, nada disse acerca deste assunto e a proposta acabaria por ser aprovada com três votos a favor do partido socialista e dois contra da OCP.
Agradecia a gentileza do senhor Presidente da câmara de Caminha, proibir o estacionamento de veículos ao longo das muralhas de Caminha, sentido Mirador. Durante a Feira medieval, é um verdadeiro desassossego para quem vive nesse perímetro, sem deixar de considerar que é uma total afronta ao patrimônio histórico da Vila. As muralhas precisam ser preservadas. A Rua do Escuro está sob efeito de remendos. As pessoas que descem de carro pela Portela, parecem que estão a transitar em autódromos. A colocação de lombas, seria de grande valia.