A reunião do executivo caminhense desta quarta feira, 21 de Agosto, dominada em grande parte pela degradação do espaço público no período antes da ordem do dia, durou menos de 30 minutos. A vereadora da oposição, Liliana Silva, deixou vários alertas ao executivo sobre o estado em que se encontra o concelho de Caminha, mais uma vez sem qualquer resposta por parte do presidente da Câmara, Rui Lages.
“Estamos a assistir a uma degradação do espaço público como não há memória” disse Liliana Silva da Coligação O Concelho em Primeiro (OCP), no início da sua intervenção no período antes da ordem do dia.
Os contentores de lixo em mau estado junto à rotunda das finanças, as guias da ecovia partidas na rotunda junto ao Remo e as ervas “a chegar ao joelho” na ecovia foram alguns dos alertas deixados por Liliana Silva.
A vereadora alertou também para os postes de iluminação da zona da Gelfa “cheios de fios elétricos pendurados e as águas de esgotos a céu aberto na Aveleira em Vilar de Mouros – problema que já tinha sido reportado em reunião de câmara em Junho e que se mantem.
Liliana Silva questionou ainda o executivo sobre os caixotes de lixo naquela freguesia, alguns em muito mau estado, situação que considerou inaceitável a um dia do festival, e também quis saber o que se passa com o saneamento em Vilar de Mouros, que, segundo a vereadora, tem sido alvo de manutenção com drenagens constantes através de um camião cisterna do município, que depois descarrega “noutros sítios”.
“Os parques de estacionamento em Caminha são um drama”
Para a vereadora da oposição, os parques de estacionamento em Caminha também são um problema grave, porque “são pouquíssimos e os poucos que há não oferecem grandes condições”, disse. Liliana Silva referia-se ao “parque do Ribas” e o “parque do tribunal”, que não têm iluminação suficiente para o usufruto em segurança.
A vereadora deixou ainda como sugestão que se limpasse e sinalizasse o parque de estacionamento junto ao Centro Coordenador de Transportes, que seria uma excelente alternativa para colmatar algumas dificuldades de estacionamento em Caminha, especialmente em épocas altas. Contudo, a vereadora lamenta que neste momento aquele espaço esteja também completamente degradado e desmazelado.
Também a intervenção que a câmara fez na casa que ruiu na Rua dos Pescadores em Caminha foi alvo de críticas por parte de Liliana Silva. Segundo a vereadora da OCP, os restos da demolição estão todos no interior da habitação e a forçar as paredes. “Basta vir uma chuva intensa e voltamos a ter uma desgraça”, disse.
Em Lanhelas, o Caminho do Regueiro, que sofreu muitos danos com a intempérie de 1 de Janeiro de 2023, “continua sem intervenção”, disse Liliana Silva. A vereadora questionou o executivo se estariam à espera da época das chuvas para concluir aquela obra. “Também o problema do saneamento junto à estrada nacional ainda está por resolver”.
Em Seixas, a vereadora da OCP chama a atenção para as barracas dos pescadores, que segundo Liliana Silva, estão votadas ao abandono por parte deste executivo, sem qualquer manutenção. “Urge a reparação e limpeza das ervas que se acumulam no telhado”.
Também a limpeza das bermas naquele lado da estrada foi outro dos alertas deixado pela vereadora. “A Marginal de Seixas merece mais cuidado, pela sua beleza, localização e porque pode ser um dos maiores pontos turísticos do concelho de Caminha”, disse.
Liliana Silva terminou a sua intervenção lamentando o estado em que se encontra o concelho de Caminha, “votada ao abandono no que diz respeito a limpeza dos espaços e equipamentos públicos, com pedras soltas na rua de São João, paralelos fora do sítio, degradação e desmazelo geral. Urge mais atenção”, rematou.
Mais uma vez, Rui Lages, Presidente da Câmara Municipal de Caminha, não teceu qualquer consideração, limitando-se a agradecer os alertas deixados pela vereadora Liliana Silva.