Vai amanhã a aprovar em reunião de câmara, o orçamento municipal para o ano de 2024, no valor de 24 milhões de euros.
O executivo verá no próximo ano aumentada a sua receita direta de 7,4 ME para mais de 11 milhões de euros.
Um mês depois de ter sido chumbada pela bancada do partido socialista e CDU na Assembleia Municipal a proposta da Coligação O Concelho em Primeiro (OCP) para baixar o IMI de 0,45% para 0,35%, o executivo liderado por Rui Lages vem agora propôr a baixa daquele imposto de 0,45% para 0,41%, o que equivale a uma perda de aproxidamente 300 mil euros para a receita do município.
Liliana Silva, vereadora da oposição eleita pela OCP, criticou duramente este orçamento que considera “vazio e de nada trazer, mais uma vez, para Caminha”. A vereadora critica a falta de apoio às freguesias prevista no documento. Quer mesmo saber qual a opinião dos presidentes de Junta acerca do corte de 20 mil euros nas transferências de capital para as freguesias.
Segundo o executivo, o próximo plano aposta no apoio às famílias. Liliana Silva garante que esta ação não está prevista no documento. O que é visível é o aumento da despesa corrente em mais de 1 milhão de euros, o aumento da verba para o Festival de Vilar de Mouros e o mínimo para as famílias. “Um reflexo dos últimos 11 anos de governação socialista” à frente do município de Caminha.
A vereadora da oposição garante que o documento não inclui “uma linha” para os problemas maiores que urge resolver em Caminha. A futura ligação a Espanha e o Ferry Boat não estão contemplados, não tem uma resposta adequada para o arranjo dos estragos causados pela intempérie de há um ano e garante que o valor orçamentado para arruamentos é inferior ao do ano anterior. Acrescenta ainda que não há estratégia para captação de investimento que garanta a criação de postos de trabalho. Liliana Silva dá vários exemplos da falta destas opções no plano.
A oposição no executivo camarário acusa Rui Lages de não ter uma política fiscal coerente no ano em que o município de Caminha receberá mais dinheiro de impostos desde o 25 de Abril, sem que a sua aplicação beneficie o concelho. Críticas que a vereadora já tornou públicas em artigo de opinião publicado a 3 de Novembro e que justificavam, do seu ponto de vista, que esta seria “a altura certa para descer o IMI, o IRS e outras taxas que pesam no bolso dos caminhenses.”
Para a vereadora, passado pouco mais de um ano da tomada de posse de Rui Lages à frente do município de Caminha, não se vê com este orçamento qualquer mudança no estilo de governação em relação ao anterior presidente da Câmara, Miguel Alves. Na sua opinião, este orçamento é “ainda pior” do que os apresentados na última década pelo partido socialista em Caminha.
Liliana Silva, vereadora da oposição eleita pela OCP, em declarações exclusivas à Rádio Caminha e Jornal C – O Caminhense, em véspera da aprovação do próximo orçamento municipal para Caminha.
O Jornal C – O Caminhense contactou esta manhã o Presidente da Câmara de Caminha, Rui Lages, para obter um comentário ao orçamento municipal a quem pôs as seguintes questões: