Há 12 novas propostas de investimento no quadro do Orçamento Participativo Portugal (OPP), transversais a várias áreas de governação. Foram apresentadas ontem pelos caminhenses que acorreram em bom número ao encontro de participação realizado no Salão dos Bombeiros Voluntários de Caminha, em que esteve presente a Secretária de Estado Adjunta e da Modernização Administrativa, Graça Fonseca.
Esta foi a segunda vez que Caminha acolheu um encontro a nível nacional, nesta que é também a segunda edição desta iniciativa, segundo a qual os cidadãos candidatam propostas de investimento e votam nos projetos a realizar pelo Governo.
As novidades, este ano, conforme reforçou Graça Fonseca, são o aumento de três para cinco milhões de euros da dotação do OPP, que pela primeira vez é alargado a todas as áreas da governação e a possibilidade de submissão dos projetos online.
Para quem não teve a possibilidade, ontem, de estar presente, vai ainda a tempo de dizer ao Governo o que quer para uma localidade, região, ou mesmo para o país, consoante a abrangência da sua proposta.
Para já, a partir de Caminha e do encontro de ontem, o contributo foi de 12 projetos: Rio Minho – Rota da Lampreia; Criação de um Centro de Interpretação do Sapal dos Rios Coura e Minho; A Arte do Linho; Orquestra Mi Menor; Pluralidades do Sorriso – Encontros Científicos de Saúde Oral e Espaço Público; Percurso Pedonal da Margem do Rio Coura; Pluralidade – Universidade de Saberes; Centro Interpretativo do Estuário dos Rios Coura e Minho; Rotas do Contrabando do Rio Minho; Laços Continuados; Velhice – Cuidados Informais e Reciclagem da Arquitetura Urbana 7 – Mobilidade.
A partir de agora será possível consultar as propostas já inseridas no site oficial do OPP e votar. Novas propostas podem ainda ser submetidas até 24 de abril, através da página do Orçamento Participativo na internet.
Conforme recordou o presidente da Câmara, dar a palavra aos cidadãos tem sido uma prática também ao nível local, aqui, em Caminha, onde os munícipes escolhem o que deve a Câmara fazer com os seus impostos, nomeadamente a participação variável no IRS.
Miguel Alves e a agora Secretária de Estado Adjunta e da Modernização Administrativa, Graça Fonseca, recordaram ainda o seu trabalho conjunto na Câmara de Lisboa, e a implementação do Orçamento Participativo na capital. “Parecia impossível fazer isto no Estado, mas esse trabalho tinha de ser feito e está a ser feito”, disse o autarca.
Graça Fonseca sublinhou ainda que, em 2017, mais de 2000 pessoas participaram nos encontros e estiveram em votação 600 propostas, estando atualmente em fase de concretização os 38 projetos que recolheram a maioria dos cerca de 80 mil votos.