A 21 de Setembro de 2020, a maioria socialista liderada então por Miguel Alves, aprovou com os votos contra dos vereadores do PSD, a minuta de contrato de promessa de arrendamento do futuro Centro de Exposições Transfronteiriço que se previa vir a ser construído na freguesia de Vilarelho.
O equipamento representava segundo o autarca, um investimento de cerca de 8,5 milhões de euros. Teria cerca de 36 mil metros2 e capacidade para 2600 lugares sentados e mais cinco mil e quinhentos em pé, como explicou ao Jornal C o presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves, no final da reunião do executivo. Relembre:
Para o autarca de Caminha, uma das mais valias daquele projeto era a possibilidade que oferecia em trazer muita gente ao concelho na época baixa.
Se tudo corresse como esperado, o Pavilhão Multiusos de Caminha deveria estar pronto no máximo dentro de dois anos.
Segundo Miguel Alves, o aluguer deste equipamento iria custar aos cofres da Câmara 25 mil euros por mês ou seja 300 mil euros por ano, mas o autarca acreditava que este era um equipamento que se iria pagar a si próprio através de receitas que poderia gerar com os eventos que recebesse.
Miguel Alves, à época, a justificar o interesse de Caminha na construção de um Centro de Exposições em Vilarelho, um projeto que, se tudo corresse como esperado, poderia estar pronto no espaço de dois anos.
O adiantamento “duvidoso” de 300 mil euros que impunha aquele contrato de arrendamento foi ontem noticiado em peça destacada pelo jornal “Público” e está a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República.