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Terça-feira, 29 Abril, 2025
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Valença: Município celebra a cultura e a literatura na Feira do Livro 2025

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A Feira do Livro de Valença regressa ao Jardim Municipal de 23 a 28 de abril, com um programa repleto de atividades para todas as idades. Organizada pela Câmara Municipal de Valença, em parceria com a Rota do Livro, e com a colaboração do Agrupamento de Escolas Muralhas do Minho, da Associação Musical S. Pedro da Torre, da Academia de Música Muralhas do Minho e outras entidades locais, a feira promete ser um ponto de encontro para amantes da leitura, da música e das artes.

Esta edição conta com a presença de destacados escritores nacionais e locais, que apresentarão as suas obras e participarão em conversas literárias. Entre os nomes confirmados estão:

– Filipe Bacelo – Autor de “O Lobo Alecrim e o Respeito pelas Diferenças”;

– Mariana Jones – Autora de “A Tirar Macacos do Nariz”;

– Bia Machadinho – Autora de “De São Teotónio a Valença – Uma vida de Histórias”;

– Anabela Mendes – Contadora de histórias, com “O Beijinho”;

– Susana Corvas – Contadora de “Histórias em família”, com ‘História do

Kamishibai – O nascimento do Dragão’;

– José Matos – Historiador, com “Atlas Histórico do 25 de Abril” e “Rumo à Revolução”;

– André Costa – Autor de “Velas de Vénus”;

– Ana Sofia Maia – Contadora de “Histórias em família”, com ‘O lobo que descobriu o país dos contos’;

– Susana Oliveira – Escritora de “Olhar de Pecado”;

– Li Marta – Autora de “Até Já, Meu Amor”;

– Rita Nicolau – Escritora de “Gusta, a Trapicheira”;

– Carlos Nuno Granja – Autor de “Tralhas e Coisas do Sr. Loisas”;

– Kátya Santos – Autora e ilustradora de “Aurora”;

– Manuela Fernandes – Yogar com histórias”, com ‘Os primeiros Ritmos da Primavera”;

– Sónia Marques Oliveira – Escritora de “Guarda-me na tua Primavera”;

– Vitória Ferreira – Autora de “Será que te Amo?”;

– Palmira Clara – Escritora de “A Pequena Catarina e a Terra Mágica”;

Além dos encontros com autores, a feira inclui espetáculos de marionetas (adaptação do conto “O Canteiro dos Livros” de José Jorge Letria), concursos de leitura, conversas literárias moderadas por Narciso Serra, Isabel Costa e Rosário Pereira, concertos com o Grupo de Cordas 6tàs9, a Juventude Canta Abril, da Associação Musical de S.Pedro da Torre e a Academia de Música Fortaleza de Valença e convidados e exposição “O Cravo que Resiste” – Uma homenagem ao 25 de Abril, com cartazes históricos

Horários:

23 de abril: 10h00 – 19h00
24 a 26 de abril: 10h00 – 24h00
27 e 28 de abril: 10h00 – 19h00

A Feira do Livro de Valença é um evento gratuito, dirigido a toda a comunidade, reforçando o compromisso do município com a promoção da cultura e da educação.

Consulte a programação completa nas redes sociais do Município de Valença ou em www.cm-valenca.pt.

Caminha: Regulamento para apoios sociais aos bombeiros em consulta pública

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 A Câmara de Caminha colocou hoje em consulta pública o projeto de regulamento de apoios sociais extraordinários aos bombeiros voluntários, que prevê a atribuição de prioridade na atribuição de habitação social, apoio ao arrendamento ou isenções de IMI.

O regulamento daquele município do distrito de Viana do Castelo, publicado hoje em Diário da República (DR), abrange os bombeiros das Associações Humanitárias dos Bombeiros Voluntários de Caminha e de Vila Praia de Âncora, estando agora sujeito a um período de participação pública, para recolha de sugestões, durante 30 dias.

Entre as medidas contempladas nos apoios sociais extraordinários “para incentivar o voluntariado” e “reconhecer a nobre função do Bombeiro Voluntário” está a “prioridade na atribuição de habitação social promovida pela Câmara quando em igualdade”.

O documento prevê também o “apoio ao arrendamento habitacional até ao máximo de 500 euros após análise dos serviços municipais da coesão social”.

A isto, soma-se a isenção do Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI) liquidado, relativo à habitação própria e permanente do bombeiro, localizada na área do concelho sendo que até aos cinco anos de serviço completos a isenção é de 20%.

Entre cinco e 10 anos de serviço completos a isenção é de 50%, subindo para os 75% para entre 11 e 15 anos de serviço completos.

Já para bombeiros com mais de 16 anos de serviço completos, a isenção é de 100%.

Os bombeiros vão ainda ter direito a um “seguro de acidentes pessoais de acordo com a legislação em vigor” e apoios equiparados ao escalão A na rede pública escolar para os filhos, a par da isenção do pagamento das refeições escolares, da atribuição de um ‘kit’ de material escolar no valor de 16 euros.

Por outro lado, prevê-se a “comparticipação de 20 euros para visitas de estudo” dos filhos de bombeiros e a isenção do pagamento no serviço Ocupação de Tempos Livres – Férias Escolares promovido pela Câmara.

Entre outras medidas, o documento refere ainda o direito dos bombeiros ao acesso gratuito, pelo período máximo de duas horas, três vezes por semana, à piscina municipal, na modalidade de banhos livres, mediante marcação com pelo menos 24 horas de antecedência.

Já os filhos dos beneficiários “terão acesso preferencial à oferta de inscrição no Programa Municipal de férias, quando em igualdade de pontuação com outros candidatos”, acrescenta.

A Câmara indica que tem por intenção “formular e concretizar uma política social municipal de reconhecimento do papel desenvolvido em prol da comunidade pelas Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários de Caminha e de Vila Praia de Âncora”.

“Entende-se que, por imperativo, urge diferenciar o tratamento concedido aos Bombeiros Voluntários no acesso a esses mesmos direitos e regalias, adaptando-os à especificidade do nosso território municipal”, acrescenta.

De acordo com o município, foi feita “uma ponderação dos custos e benefícios resultantes das medidas previstas no regulamento, considerando-se que os benefícios são manifestamente superiores aos custos”.

Isto, “na medida em que esta concessão de regalias contribuirá para incentivar o voluntariado, reconhecer a nobre função do Bombeiro Voluntário e, ainda, pelo facto dos Bombeiros serem exemplos de abnegação, coragem, dedicação, competência e zelo em prol da comunidade”.

Lusa

A mente não mente: Quando a memória falha – Como a demência afeta a vida

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Com o aumento expressivo da longevidade, o ser humano enfrenta hoje novos desafios relacionados à saúde cognitiva e mental. A demência, palavra de uso comum, mas cuja complexidade raramente é explorada, é uma condição que se estende para lá da perda de memória, impactando a identidade, a autonomia e o bem-estar daqueles que a vivenciam.

Um estudo recente, divulgado pelo jornal Expresso1, alerta que, até 2080, cerca de 450 mil portugueses poderão ser diagnosticados com demência, evidenciando o impacto crescente desta condição na sociedade. Numa perspetiva global, a Organização Mundial da Saúde2 estima que cerca de 55 milhões de pessoas padecem atualmente de demência e alerta que este número poderá triplicar até 2050.

Face a esta realidade alarmante, torna-se fundamental esclarecer, educar e sensibilizar a consciência pública sobre a demência de forma a promover uma compreensão mais profunda da condição e de reduzir os estigmas que lhe estão associados. Então, afinal, o que é a demência?

A demência ou transtorno neurocognitivo major, não se trata de uma única doença, mas de um conceito amplo que incorpora diversas formas de comprometimento cognitivo e da funcionalidade da pessoa. Dependendo da condição subjacente que a origina, a demência afeta cada pessoa de forma diferente. As formas mais comuns são o Alzheimer, que perfaz 60-70% dos casos, a demência vascular, a demência de corpos de Lewy e a demência frontotemporal(3-5).

A sintomatologia comum incorpora alterações na memória, desorientação temporal e espacial, alterações na linguagem oral e escrita, comprometimento do raciocínio e tomada de decisões, dificuldades na realização de tarefas diárias e alterações de humor e personalidade6. A demência está, portanto, ligada a um declínio progressivo das funções cognitivas que se faz acompanhar pela presença de sintomatologia psicológica como a depressão, ansiedade, delírios e alucinações, sendo que estas alterações divergem mediante o tipo de quadro demencial(4-5).

Numa fase inicial, os sintomas da demência tendem a passar despercebidos ou a ser desvalorizados uma vez que, na maioria das vezes, as pessoas manifestam problemas de memória como a dificuldade em lembrar-se de acontecimentos ou nomes, especialmente para aprender e recordar informação recente, o que é frequentemente associado ao processo de envelhecimento saudável(3-4). No entanto, nesta fase podem ainda surgir desafios relacionados à orientação temporal como a dificuldade em recordar datas, confundir o dia ou o mês, à orientação espacial, por exemplo perder-se em alguns locais preferencialmente conhecidos, assim como dificuldades em tomar decisões, planear e resolver problemas. Nota-se que o reconhecimento precoce da sintomatologia desempenha um papel crucial para o diagnóstico e desenvolvimento de estratégias que aliadas à terapêutica permitem à pessoa e à sua família uma maior qualidade de vida.

Com a progressão da doença, os sintomas tornam-se mais evidentes, as pessoas podem apresentar alterações ao nível da linguagem, como dificuldades graves de comunicação, nomeadamente encontrar palavras, compreender e manter uma conversa coerente. Podem, também, surgir alterações de humor (irritabilidade e apatia) e mudanças de comportamento (maior desinibição, inquietação e deambulação) o que se traduz frequentemente em limitações significativas para a realização das atividades básicas diárias e uma maior dependência. Numa fase avançada, a deterioração cognitiva é severa, a demência afeta de forma profunda a comunicação, a capacidade de reconhecer familiares e amigos próximos e, eventualmente, funções básicas como a alimentação e a locomoção. Esta fase é geralmente caracterizada por uma dependência total e comprometimento significativo das funções cognitivas, exigindo, desta forma, cuidados contínuos e especializados(3-4). Atendendo a estas características, a demência, doença neurodegenerativa, atualmente irreversível, difere do envelhecimento normal e saudável.

A idade é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de um quadro demencial, sendo que a prevalência da condição aumenta de forma significativa à medida que esta avança. E embora não exista cura, o tratamento farmacológico, adaptado à doença específica da pessoa, tende a estabilizar temporariamente, a nível emocional e comportamental, o quadro de demência(8). Salienta-se, ainda, o tratamento não farmacológico (como o apoio psicológico, a estimulação cognitiva, a terapia ocupacional, a atividade física, entre outras…) uma vez que este produz alterações significativas, nomeadamente na sintomatologia psicológica e comportamental.

O diagnóstico não afeta apenas a pessoa, mas todo o seu entorno. A experiência de quem convive com uma pessoa que padeça de demência é extremamente impactante originando frequentemente um desgaste físico e emocional. No entanto, esta condição poderá tornar-se menos penosa com a ajuda de profissionais especializados e ajudas específicas. Podem, também, ser desenvolvidas algumas estratégias para facilitar o dia a dia do familiar e/ou cuidador e melhorar a qualidade de vida da pessoa, como por exemplo:

  • Estabelecer uma rotina diária
    Considerando os sentimentos de confusão e desorientação, característicos do quadro demencial, estabelecer uma rotina diária constitui um facilitador tanto para a pessoa como para o cuidador. Manter uma rotina estruturada ajuda a reduzir a ansiedade e o stress da pessoa, proporcionando segurança, estabilidade e um maior conforto. Para o familiar e/ou cuidador, uma rotina facilita a organização do tempo, através do maior planeamento e antecipação das necessidades da pessoa o que, por sua vez, reduz substancialmente a sobrecarga emocional e física;
  • Facilitar a comunicação
    A alteração na linguagem, quer seja ao nível da compreensão ou ao nível da expressão, afeta diretamente a comunicação da pessoa onde se verifica uma tendência para a verbalização agressiva e utilização de expressões repetitivas. Perante isto, o familiar e/ou cuidador deve procurar reagir com calma e tranquilidade, mantendo o contacto ocular e comunicando de forma clara. Ainda, apesar das dificuldades que a pessoa possa expressar, não se deve excluir a mesma de um diálogo, aconselha-se dar tempo para que a pessoa expresse os seus pensamentos, sentimentos e necessidades, sem interrupção;
  • Promover a participação da pessoa
    Apesar do quadro clínico e prognóstico, a pessoa deve ser incluída no processo e não excluída dele, por conseguinte o familiar e/ou cuidador deve incentivar a pessoa a
    contribuir para as tarefas diárias dentro do possível, de forma adaptada, pois estas permitem que a pessoa permaneça estimulada e potencia o não agravamento da perda das suas competências, por exemplo: o seu familiar pode não ser capaz de cozinhar sozinho, mas poderá auxiliar na preparação dos alimentos a serem confecionados. Devem, ainda, ser tidas em consideração atividades de interesse da pessoa.

A memória falha, mas o seu impacto não precisa de ser devastador. Com um diagnóstico precoce, é possível adotar estratégias que retardam a progressão da doença e garantem uma melhor qualidade de vida à pessoa e à sua família. O conhecimento e a preparação permitem criar um ambiente mais seguro, promover a estimulação cognitiva e emocional e reduzir a sobrecarga dos cuidadores.

Embora a demência traga desafios inevitáveis, é possível enfrentá-los com empatia, adaptação e suporte adequado. O essencial não é apenas preservar lembranças, mas sim manter a dignidade, o bem-estar e a conexão humana. Afinal, mesmo quando a memória se apaga, o afeto e o cuidado permanecem como faróis que iluminam o caminho.

No caso de identificar os sintomas referidos no seu familiar deve recorrer a um profissional de saúde. Pode, também, recorrer às seguintes linhas de apoio:

Linha de Apoio na Demência
963 604 626 (em funcionamento em dias úteis das 9.30h às 13h e das 14h às 17h)

Associação Portuguesa de Familiares e Amigos dos Doentes de Alzheimer
Sede (Norte) 226 066 863/ 229 260 912 (em funcionamento em dias úteis das 9h às 13h e das 14h às 17h)
www.alzheimerportugal.org/pt | [email protected]


Sofia Alves

Psicóloga Júnior

 

Referências
1.
Expresso. (2024, 4 de abril). Demência poderá afetar 450 mil portugueses em 2080, alerta estudo. Disponível em https://expresso.pt/sociedade/2024-04-04-Demencia-podera-afetar-450-mil-portugueses-em-2080-alerta-estudo-dfe31dc2
2.
Organização Mundial da Saúde. (2021). Global status report on the public health response to dementia. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/9789240033245
3.
Organização Mundial da Saúde (2019). iSupport for dementia: training and support manual for carers of people with dementia.
4.
Organização Mundial da Saúde (2012). Dementia: a public health priority: World Health Organization.
5.
American Psychiatric Association (APA, 2014). DSM-5: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (5ª edição). Porto Alegre: Artmed Editora.
6.
Prado, J. Á. L., & Jiménez-Huete, A. (2019). Neuroimagen en demencia. Correlación clínico-radiológica. Radiología, 61(1), 66-81.
7.
Escher, C., & Jessen, F. (2019). Prevention of cognitive decline and dementia by treatment of risk factors. Der Nervenarzt, 90, 921-925.
8.
Alzheimer’s Association. (2019). 2019 Alzheimer’s disease facts and figures. Alzheimer’s & dementia, 15(3), 321-387.

Um Caminho para Caminha: Infraestruturas – Priorizar, Recuperar, Organizar – Património Municipal Abandonado

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Opiniao Carlos Novais 680x350px 3

“…Al andar se hace camino
Y al volver la vista atrás
Se ve la senda que nunca
Se ha de volver a pisar
Caminante no hay camino,
sino estelas en la mar…”

António Machado Ruiz, Cantares

Um Caminho para Caminha
6. Infraestruturas – Priorizar, Recuperar, Organizar
d. Património Municipal Abandonado

De acordo com as referências na Assembleia Municipal de aprovação do Relatório e Contas da Câmara Municipal de Caminha, o Revisor Oficial de Contas terá voltado a repetir pela enésima vez uma Reserva às mesmas.

Não podendo, por ainda não ser público, citar o texto dessa reserva ipsis verbis, dirá mais ao menos o seguinte: a contabilidade e os registos contabilísticos da Câmara Municipal de Caminha não são confiáveis:

  1. em termos da valorização e registo do Património Municipal pois,

  2. não se sabe se ele está devidamente registado,

  3. se os registos correspondem a imóveis efetivamente existentes,

  4. se são legalmente propriedade do município e

  5. se correspondem exatamente nas suas características ao que está valorizado,

  6. uma vez que não há uma avaliação rigorosa registada, que corresponda aos artigos matriciais.

Em qualquer fórum ou órgão político cujos dignatários fossem intelectualmente independentes e soubessem que o seu mandato é pessoal, assim como a responsabilidade e autonomia, isto seria suficiente para chumbar esse relatório e contas.

No entanto, na Assembleia Municipal de Caminha parece haver, mais de 20 deputados, uns eleitos, outros que aí estão supostamente representando as suas freguesias, que são merecedores do Prémio Nobel das Finanças Autárquicas, pois votaram a favor, sem qualquer dúvida ou questão, um documento de quase 400 páginas que analisaram em menos de 72 horas.

Bravo, palmas, senhores Deputados da maioria, por tão iluminadas mentes, às quais não causa qualquer incómodo saber que reúnem num edifício cuja propriedade não sabem sequer se é do Municipio ou por quanto está valorizado nas contas do mesmo ou se esse valor corresponde ao real valor do mesmo.

Merecem também palavras de encómio as abstenções das esquerdas que se esganiçam nas palavras contra o PS mas se submetem nos atos, porque outros valores se levantam.

E merecem esse elogio pela brilhante equação que os próprios apresentaram: temos dúvidas nas contas, a Reserva do ROC faz-nos desconfiar e por isso…abstemo-nos.

Ou seja, como pilatos, em época Pascal, lavam as mãos, dão o benefício da dúvida perante contas, valores, património, propriedade incertos. Tem tantas certezas ideológicas e tão pouca convicção legal. Em contabilidade não há abstenção. Ou dá certo ou não dá. Mas estas pseudo-esquerdas de conservadores acomodados, gostam mesmo é de águas turvas.

Porque será relevante atentar nos detalhes anteriores numa peça dedicada à Inventariação, Recuperação e Valorização do Património Municipal?

– Basta percorrer as vilas e freguesias do Concelho de Caminha e conversar com os seus habitantes mais antigos, para perceber como a Reserva do Revisor Oficial de Contas faz sentido.

O Centro de Transportes em Caminha, a casa de Ventura Terra em Seixas, o Ferry Boat, a Incubadora Verde de Moscas de Argela, os contentores azuis a apodrecer, os passadiços a desfazerem-se, várias antigas escolas e edifícios, múltiplos terrenos alguns já “metidos no saco” dos baldios, são apenas alguns exemplos de como esta governação camarária descuida, desvaloriza, não regista e não contabiliza, o património Municipal.

Como podem organizar, gerir, rentabilizar e valorizar aquilo de que não fazem ideia: o que o Municipio tem, quanto custou e quanto vale? Ou, será que interessa a alguns, ou muitos, que seja mesmo assim?

Acorda Caminha!

Carlos Novais de Araújo
21 de Abril de 2025

País: MAI investe 6,7 milhões de euros na reabilitação urgente de instalações da GNR e PSP

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Gnr

O Ministério da Administração Interna (MAI) vai investir 6,7 milhões de euros na reabilitação de 24 instalações policiais da GNR e PSP, investimentos considerados “prioritários e urgentes” por necessitarem de “reparações indispensáveis” devido às recentes intempéries.

Em comunicado, o MAI refere que este investimento será efetuado no âmbito da Lei de Programação de Infraestruturas e Equipamentos das Forças e Serviços de Segurança, tendo sido hoje assinados os 24 protocolos entre a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna e a Guarda Nacional Republicana e a Polícia de Segurança Pública.

“Os protocolos assinados vão permitir às forças de segurança realizar investimentos considerados prioritários e urgentes, nomeadamente um conjunto de reparações indispensáveis em resultado de recentes intempéries, em várias instalações da GNR e da PSP, assumindo estas forças de segurança, pela primeira vez, a condição de responsáveis diretas pela sua concretização”, indica o MAI.

No total, segundo o ministério, vão ser reabilitados 15 instalações da GNR e nove da PSP nos concelhos de Aljustrel, Alter do Chão, Aveiro, Bragança, Cascais (Estoril), Chaves, Fornos de Algodres, Gouveia, Guimarães, Lisboa, Marinha Grande, Setúbal, Sintra, Valença, Vila Nova de Gaia e Viseu.

Lusa

Mundo: Morreu o Papa Francisco

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O Papa Francisco morreu hoje, anunciou o Vaticano, através do cardeal Kevin Ferrell.

“Às 07:35 desta manhã [06:35 em Lisboa], o bispo de Roma, Francisco, regressou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e da sua Igreja″, disse o carmelengo Farrell no anúncio.

O cardeal acrescentou que o Papa Francisco “ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados”.

“Com imensa gratidão pelo seu exemplo de verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, encomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Uno e Trino”, disse.

O Papa Francisco tinha 88 anos e esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março.

No domingo, o Papa, ainda a recuperar da grave pneumonia, apareceu na varanda da Basílica de São Pedro para abençoar os milhares de fiéis ali reunidos, que o saudaram com vivas e aplausos.

“Irmãos e irmãs, Feliz Páscoa!”, afirmou Francisco, que apareceu numa cadeira de rodas, para dar a sua tradicional bênção “Urbi et Orbi” (à cidade e ao mundo).

O Papa argentino permaneceu sentado na cadeira de rodas e pediu a D. Diego Ravelli, mestre das celebrações litúrgicas pontifícias, para ler a mensagem às 35.000 pessoas reunidas na Praça de São Pedro para a Missa do Domingo de Páscoa, que foi presidida pelo Cardeal Angelo Comastri.

Após a mensagem, o Papa ainda apareceu no seu ‘papamóvel’ no meio da multidão de fiéis reunidos na Praça de São Pedro para celebrar a Páscoa e durante cerca de 15 minutos percorreu os corredores da praça e abençoou bebés, rodeado por guarda-costas.

Francisco tinha feito outra aparição surpresa no sábado, quando foi rezar na Basílica de São Pedro antes da celebração da Vigília de Sábado Santo e parou para saudar alguns grupos de peregrinos americanos que se encontravam na igreja.

 

Lusa

País: Leilão de eólicas ‘offshore’ deve estar pronto a avançar em seis meses

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O leilão de eólicas no mar (‘offshore’) deve estar pronto para avançar no prazo de seis meses, segundo despacho publicado hoje em Diário da República, que determina o modelo do procedimento concorrencial e operacionaliza a sua preparação.

O documento assinado pela secretária de Estado do Mar, Lídia Bulcão, e pelo secretário de Estado da Energia, Jean Barroca, determina que, “no prazo de 180 dias após a data de publicação do presente despacho”, se proceda “à elaboração das peças do procedimento concursal”.

O despacho determina também que, o prazo de 60 dias após a sua publicação, seja apresentada uma proposta para a operacionalização do primeiro procedimento concorrencial, identificando “as fases de desenvolvimento do primeiro procedimento concorrencial do tipo centralizado sequencial”, calendarizando-as e descrevendo os trabalhos a realizar e os resultados de cada uma, bem como os lotes a submeter ao primeiro concurso.

Deverá também estar identificado o enquadramento jurídico, a fase de pré-qualificação das empresas, incluindo os critérios a considerar e os trabalhos adicionais necessários (socioeconómicos, definição de taxas e tarifas, jurídicos, consultoria, entre outros).

O Governo será apoiado nestes trabalhos pela Direção-Geral dos Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM), a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) e a Estrutura de Missão para o Licenciamento de Projetos de Energias Renováveis 2030 (EMER).

O Plano de Afetação para as Energias Renováveis Offshore (PAER) foi aprovado em Conselho de Ministros no dia 09 de janeiro e define as áreas e os volumes do espaço marítimo nacional para a exploração comercial de energias eólicas ‘offshore’.

O projeto que teve início com o anterior Governo socialista previa a criação de um parque eólico ‘offshore’ em Portugal, com 10 gigawatts (GW) de potência, e delimitava como possíveis áreas de exploração de energias renováveis Viana do Castelo, Leixões, Figueira da Foz, Ericeira-Cascais e Sines.

Várias associações do setor da pesca manifestaram preocupações quanto ao impacto nas comunidades piscatórias e fauna marinha e a Avaliação Ambiental Estratégica do projeto assumia que a instalação de eólicas ‘offshore’ “deve conduzir ao abate de embarcações” e reduzir a pesca.

O plano final, publicado em Diário da República em 07 de fevereiro, prevê uma área total para exploração de 2.711,6 quilómetros quadrados (km2), valor que inclui uma área de 5,6 km2 na Aguçadoura (Póvoa de Varzim), para instalação de projetos de investigação e demonstração não comerciais, representando uma diminuição de 470 km2 face à proposta submetida a discussão pública.

Assim, prevê-se uma área de 229 km2 em Viana do Castelo, para uma potência de 0,8 GW, 722 km2 em Leixões (2,5 GW), 1.325 km2 na Figueira da Foz (4,6 GW), 430 km2 em Sines (1,5 GW) e 5,6 km2 em Aguçadoura.

“A área final do PAER permite atingir uma potência instalada para projetos comerciais de cerca de 9,4 GW e, acomodar medidas de mitigação de impactes ambientais que se considerem necessárias em sede de avaliação de impacte ambiental dos projetos de energias renováveis ‘offshore’, bem como os espaços necessários à salvaguarda dos corredores de navegação e à minimização do efeito de esteira entre parques eólicos”, lê-se no documento.

Lusa

Caminha: “Não fica bem entregar manifestos de apelo ao voto no PS nas comemorações do 25 de Abril” – Liliana Silva

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Manifestos

A vereadora da oposição, Liliana Silva, criticou na última reunião camarária, um dos eventos realizados pela Câmara nas comemorações do 25 de Abril no Teatro Valadares. Segundo a vereadora, houve um momento em que foi projetado um filme que não falava da realidade de Caminha, mas sim de Paredes de Coura e no final foram distribuídos panfletos de apelo ao voto no partido socialista da época. Rui Lages disse que nada é demais quando relacionado com Abril.

Liliana Silva Rcc 19 Fev 2025 2

Para Liliana Silva, um momento que poderia ter sido uma bonita homenagem, ficou mal na altura em que aconteceu, porque não tem nada a ver com a realidade do nosso concelho. A vereadora não entende como se homenageia um presidente de Paredes de Coura e não os caminhenses que tiveram um papel importante no 25 de Abril. Também a entrega no final do evento de um manifesto do Partido Socialista daquela época não caiu bem à eleita, “porque o 25 de Abril é de todos os que acreditam numa sociedade democrática, justa e pluralista”, disse.

 

Rcc 22 Jan 2025 Rui Lages 2

Em resposta, o presidente da Câmara Rui Lages explicou que o filme mencionado é um dos poucos registos à época, de 1974 em diante, de questões ligadas às autarquias. “Estando aqui no Alto Minho e tendo a oportunidade de ter esse registo cá, por solicitação de uma entidade externa ligada à cultura, entendemos ser bom de partilhar estes momentos de Abril”, disse.

 

Liliana Silva voltou ao assunto para reforçar que “estamos em Caminha e devemos valorizar os caminhenses”. Para a eleita, foi ainda excessivo a entrega de panfletos a apelar ao voto no Partido Socialista, “o que não fica bem especialmente em ano de eleições”, rematou.

 

Excertos da reunião camarária de Caminha de 16 de Abril.