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Segunda-feira, 2 Junho, 2025
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ENVC: trabalhadores contestam processo de subconcessão da empresa

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Os trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo acusaram hoje o ministro da Defesa de “coagir” o júri do concurso da subconcessão da empresa, por Aguiar Branco já ter comentado a proposta apresentada pela Martifer.

O júri do concurso, que prevê a subconcessão até 31 de Março de 2031, é presidido pelo procurador-geral adjunto João Cabral Tavares e a decisão final, já apenas com os portugueses da Martifer na corrida, deverá ser conhecida até final da próxima semana. Nesta altura, apenas a proposta da Martifer foi formalmente admitida ao concurso, tendo ainda de ser avaliada pelo júri.

Recordo que o ministro José Pedro Aguiar Branco admitiu, no dia de ontem, estar “satisfeito por ter aparecido uma empresa portuguesa com a idoneidade da Martifer para tentar salvar a reparação e construção naval em Viana do Castelo – são palavras do Ministro. Mas ainda não há garantias sobre a manutenção dos actuais 620 postos de trabalho dos Estaleiros Navais de Viana.

Várias centenas de pessoas, entre actuais e antigos operários, familiares e população, manifestaram-se esta manhã, pelas ruas da capital do distrito, com palavras de ordem e críticas ao ministro da Defesa Nacional e aos deputados do PSD e CDS-PP eleitos pelo distrito.

Num discurso realizado ao final da manhã na praça principal de Viana do Castelo, o coordenador da comissão de trabalhadores acusou o Governo de estar a fazer “um cozinhado” com a empresa e o grupo privado. António Costa afirmou que o Governo quer vender os Estaleiros ao “desbarato”, garantindo que os trabalhadores “não aceitam” este processo.

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, integrou a manifestação, tendo acusado o Governo de “delapidar o património público”, entregando a empresa a privados quando “não se sabe sequer qual o emprego que vai manter”.

Para esclarecer estas e outras dúvidas, o deputado do CDS-PP eleito por Viana do Castelo, Abel Baptista, entregou hoje um requerimento na Assembleia da República dirigido ao Ministro da Defesa.

Recordo que o grupo português Martifer e uma sociedade participada por um empresário russo do sector naval foram os únicos a concorrer à subconcessão dos Estaleiros Navais de Viana.

A sociedade de capitais russos AK foi entretanto excluída, por decisão do júri, por não cumprir os requisitos em temos de garantias bancárias.

Já o grupo português Martifer, que agora é o único na corrida, detém em Aveiro os estaleiros da NavalRia e a administração já tinha admitido anteriormente o interesse na subconcessão dos Estaleiros de Viana.

Novas fábricas em Viana vão criar quase uma centena de postos de trabalho

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80 postos de trabalho deverão ser criados até ao final do ano no concelho de Viana do Castelo.

A autarquia local anuncia a instalação de duas novas fábricas, num investimento privado de 8 milhões de euros.
São investidores nacionais que pretendem instalar no município vianense duas fábricas ligadas aos ramos da metalomecânica e das energias renováveis.
Fábricas que, segundo revela a autarquia, vão trabalhar “quase em exclusividade para a exportação”

Caminha ganha lugares de estacionamento

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Caminha tem a partir de agora mais 40 lugares de estacionamento gratuitos junto à Avenida São João de Deus.
Trata-se de um parque de estacionamento à superfície que conta também com lugares específicos para pessoas com mobilidade reduzida.

Autárquicas 2013 – Caminha – O Debate

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A Rádio Caminha coloca frente a frente os 3 candidatos à Câmara Municipal do concelho. O confronto de ideias, das políticas e projetos para o município de Caminha.

Assista ao vivo, hoje a partir das 21 horas, em 106.2 FM, em www.radiocaminha.pt, no facebook ou clicando na imagem ao lado.

Dadores de Sangue decidem em Viana acções de contestação à perda de isenções

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Portugal já foi um país quase auto-suficiente no que diz respeito às reservas de sangue, mas desde que os dadores deixaram de ter isenção total nas taxas moderadoras aplicadas ao serviço nacional de saúde que as doações de sangue caíram a pique, tendo agora os hospitais de trabalhar apenas com as reservas mínimas.

É o que argumenta a Associação de Dadores de Sangue do Distrito de Viana do Castelo que vai organizar no próximo Sábado, na capital do distrito, a segunda Convenção Nacional de Dadores de Sangue. O presidente, Jorge Passos, garante que já estão inscritas 28 associações, entre elas, as maiores do país.

Nesta convenção nacional, espera-se que seja tomada uma posição comum relativamente a acções de protesto para contestar o fim das isenções totais das taxas moderadoras a que os dadores de sangue tinham direito.

Encontros da Imagem 2013 com a temática “Love Will Tear Us Apart”

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Inaugurado em Braga, no passado fim-de-semana de 13 e 14 de Setembro a 23ª edição dos Encontros da Imagem.

Este ano com a temática “Love Will Tear Us Apart”, mas engane-se quem pensar que fala só de amor, englobando o amor nas suas vertentes transversais. Evento enraizado na cultura da cidade de Braga, conta com a participação de 114 autores distribuídos por 34 em exposições em por 20 espaços. Nesta edição com mais espaços expositivos, mantendo-se a “cereja no topo do bolo” no Mosteiro de Tibães.

Destaques para algumas das exposições: No espaço Pedro Remy a italiana Myriam Meloni expõe Important things are said Softly, uma história de uma mãe e dos seus dois filhos, na intimidade dos afectos e das emoções diárias. Na Casa dos Crivos está a exposição “The Family Project” de Matias Costa, uma missão pessoal do fotógrafo espanhol que retrata as pesquisas da sua árvore genealógica. Uma das surpresas desta edição seria a ocupação do espaço público com fotografia.

No Largo Carlos Amarante, encontra-se Geoges Pacheco com “Amalthée” e na Avenida da Liberdade estão Lúcia Herrero com “Tribos” e Susan Barnet com o projecto “Not In Your Face”. A dureza das imagens do projecto “Urban Quilombo” de Sebastián Liste, vencedor do prémio Emergentes DST está na Galeria dst.

O projecto “Anne & Eve” da jovem Viktoria Sorochinksi, retrata a infância e os seus corolários de fantasias, os medos e a aprendizagem da maternidade está patente no Museu da Imagem e para fechar o ciclo no centro da cidade, o renovado espaço da antiga estação da CP está Iuna Vieira com “Behind The Curtain”, um projecto sobre a intimidade dos jovens casais quando estão isolados dos parceiros.

No Mosteiro de Tibães a exposição “She loves, she loves me not” que pretende desmitificar o processo do amor, com vários autores e distintas linguagens a exposição transborda “amor” pelos magnificas fotografias nela representadas.

Caminha já tem teatro

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Uma sala de espectáculos com 150 lugares sentados acaba de abrir portas na vila de Caminha. O cine-teatro Valadares foi inaugurado esta manhã pela Câmara Municipal, ao fim de um longo processo que implicou a compra do edifício.

O caminho para a recuperação do Valadares começou com a aquisição do prédio por 300 mil euros.Numa segunda fase foi elaborado o projecto, pelo arquitecto Pedro Ramalho, também responsável pela recuperação do Teatro Rivoli, no Porto.Segundo fonte da autarquia, o projecto rondou os 90 mil euros. Foram ainda investidos 250 mil euros na aquisição de equipamentos.A obra custou 899 mil euros e foi co-financiada em 85% pelo Feder. Contas feitas, a transformação do velho Cine Teatro Valadares numa sala de espectáculos polivalente custou cerca de 1 milhão e meio de euros.

Para fazer do teatro um espaço polivalente, na área da plateia foram colocadas cadeiras amovíveis, o que vai permitir que a sala receba várias actividades, para além de peças de teatro, tais como café-concerto, salão de festas ou exposições.

A caixa de palco foi recuperada e dotada de uma estrutura cénica com as condições técnicas adequadas aos diversos espectáculos.
A recuperação incluiu ainda a instalação de um serviço de bar, com ligação directa ao exterior, de modo a que o público possa visitar o espaço, e a criação de espaços de apoio aos artistas, bem como áreas que permitam o funcionamento do próprio teatro, tais como camarins, área administrativa, instalações sanitárias e arrumos.

Aida Guerra da Silva foi uma das pessoas que a jornalista Cidália Aldeia encontrou no Valadares, que conheceu a versão original do edifício. A recuperação deste espaço cultural parece ter agradado.

Também em declarações à Rádio Caminha, o arquitecto Pedro Ramalho confessou a dificuldade em recuperar um teatro com reduzidas dimensões, fazendo tudo para manter a traça original.
Emoção foi palavra de ordem durante a cerimónia de inauguração do Valadares, realizada esta manhã. A presidente da Câmara, Júlia Paula, lembrou que foi graças à unanimidade dos autarcas do concelho em relação à importância desta obra que foi possível recuperar o Valadares.

O Valadares acaba de abrir portas, mas já tem programação cultural assegurada até ao mês de Outubro.Destaque para o concerto com Tiago Bettencourt, no dia 21 de Setembro.
O teatro Valadares foi formalmente inaugurado esta manhã, mas durante todo o dia de hoje vão multiplicar-se as iniciativas naquele renovado espaço, que pode agora ser visitado.
Para a noite, às 21h30, está agendado um espectáculo inaugural com jovens do concelho que vão interpretar êxitos musicais.Segue-se uma dramatização apresentada por jovens actores do município.
Mas antes disso, ainda durante a tarde, às 18h, o executivo camarário caminhense vai aproveitar o simbolismo da inauguração do Valadares para apresentar à população a proposta do projecto da marginal de Caminha.

Primeira “Treehouse unit” será construída em Caminha

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O atelier de César Marques, arquitecto de Vila Nova de Cerveira, viu recentemente um projecto para uma micro-casa ser reconhecido nos Estados Unidos. O projecto “TreeHouse Unit” recebeu uma menção honrosa na “Microhousing Ideas Competition”, promovida pela “Denver Architectural League”. Com uma abordagem conceptual baseada na estrutura de uma árvore, o projecto apresenta um edifício com oito habitações para construção junto a um rio.

É uma casa muito engraçada mas, ao contrário daquela que é cantada pelos célebres compositores brasileiros Vinicius de Moraes e Toquinho, na canção “A Casa”, esta tem teto e tem paredes, e até se pode entrar nela porque, ao contrário da outra, até tem chão. É verdade que não é uma casa convencional, igual àquelas que nos habituamos a ver na paisagem. Desde logo porque não há de nascer no chão, mas sim em cima de uma árvore. Esta casa, ou micro-casa tendo em conta as suas reduzidas dimensões (35m2), foi objeto de um prémio internacional atribuído no concurso “Microhousing Ideas Competition” realizado em Denver e que reuniu participantes de 20 países.

Da autoria do arquiteto português César Marques, a “TreeHouse Unit” concorreu com mais 100 projetos, merecendo do júri uma mensão honrosa. A distinção surpreendeu os autores, não porque não acreditassem na ideia, mas simplesmente porque não estavam à espera. Natural de Lisboa, César Marques veio viver para Caminha com apenas 3 anos. Foi em Caminha que fez os estudos secundários, na Escola C+S, até ingressar na Faculdade de Arquitetura do Porto. Terminado o curso, e depois de ter experimentado várias cidades onde desenvolveu a sua atividade, o arquiteto decidiu regressar ao Alto Minho e há seis anos abriu um atelier de arquitetura em Vila Nova de Cerveira, “longe dos grandes centros urbanos”.

Não sabe precisar quando ou porquê decidiu seguir arquitetura, “talvez porque identifico o espaço de uma forma um bocadinho diferente da maioria das pessoas”, aponta. Uma coisa é certa, a grande vontade de “criar espaços” e de viver dentro daquilo que é a sua imaginação, foi “uma ideia muito forte” que sempre o perseguiu.

“Como arquitetos temos que imaginar aquilo que ainda não existe, mas nunca tive com clareza a ideia de ser arquiteto”, confessa.

Apesar da dificuldade em entrar numa universidade pública, onde as médias para o curso de arquitetura são altíssimas, valeu-lhe a dedicação e ajudou o facto de gostar de desenho, geometria e matemática. “Estas 3 vertentes sempre me foram inatas”, explica.

Considerando que os arquitetos portugueses são possivelmente os melhores arquitetos do mundo, quando lhe pedimos uma referência não hesita: Ciza Vieira, Souto Moura, Alcino Soutinho ou João Paulo Serôdio, são nomes a reter.

“São grandes referências da arquitetura conceptual. São mentes brilhantes porque conseguem que as ideias que desenvolvem, se transformem em edifícios com uma linguagem e uma clareza formal e espacial fora do comum”.

Viajante quase compulsivo, gosta de fazer dois tipos de viagem: aquelas em que passa o tempo a ver e a entrar em edifícios, e as outras onde a natureza é quem manda.

“Julgo que isso acontece a quase todas as pessoas que têm esta profissão. A oportunidade de ver um edifício ao vivo, é muito diferente de a poder estudar numa qualquer revista ou um qualquer papel. A experiência que se tira do espaço é muito mais intensa quando o podemos percorrer e não apenas imagina-lo. As sensações e a compreensão do espaço são totalmente diferentes, são muito mais intensas e muito mais claras. Por outro lado também gosto de procurar sítios sem nada, locais onde consiga percorrer cem quilómetros sem ver um único edifício. A natureza é muito mais interessante do que a arquitetura”.

Apreciador da arquitetura Japonesa, o projeto “TreeHouse Unit”, pelas estruturas modulares que o compõem, faz lembrar o Movimento Metabolista que surgiu no Japão nas décadas de 60 do século XX. Trata-se de um modelo ainda conceptual de um edifício habitacional em forma de árvore, com 35 metros quadrados em oito módulos que incluem espaços como quarto, sala, casa de banho e cozinha, de 16 metros de altura e idealizado para ser habitado por um casal. A sua construção prevê o recurso a materiais tipicamente nacionais e recicláveis, como a cortiça ou a madeira. Apesar das reduzidas dimensões da “TreeHouse Unit”, impostas pelo próprio concurso, César Marques defende que a solução apresentada permite uma grande sensação de espaço.

“Estamos a falar de um espaço extremamente reduzido e por isso a opção que se tomou foi de volume, de verticalidade, baseada essencialmente no fato de entendermos que a questão funcional não era o essencial”.

Uma fachada com 4,5 metros de vidro em cada um dos lados, foi a solução encontrada pela equipa de César Marques para aumentar a sensação de espaço.

“Com esta solução, por muito que a área seja reduzida, a relação forte com o exterior e o facto de não existirem duas paredes, existir apenas vidro, acreditamos que irá proporcionar a quem está no interior, uma maior sensação de espaço”.

A questão da árvore prende-se, como explica o autor do projeto, “com o facto de optarmos por uma arquitetura mais conceptual. A história da arquitetura diz-nos que esta atividade mental, esta procura da arquitetura que não é construída mas sim pensada, muito desenvolvida nos anos 60 e 70, se tem vindo a perder e este tipo de concurso permite-nos explorar um pouco esse lado. A ideia da árvore, não do ponto de vista da forma mas sim da do conceito, vem da arquitetura japonesa, do metabolismo japonês que defende a construção do edifício como um organismo”, acrescenta.

Além dos oito módulos habitacionais, cada um com cinco metros de altura, o modelo apresentado, que faz lembrar uma árvore, inclui, nos pisos inferiores, áreas próprias para acondicionar canoas, tirando partido de um módulo conceptual idealizado para implantação junto a um rio, garagem para dois automóveis e espaço para guardar bicicletas. O modelo apresenta ainda preocupações de eficiência energética. Concebido especificamente para o concurso “Microhousing Ideas Competition”, o projeto “TreeHouse Unit” há-de um dia sair do papel e será construído no concelho de Caminha “num espaço relativamente virgem, com água por perto”. A garantia é dada por César Marques, que até já sabe onde gostaria um dia de ver nascer a primeira casa.

“Estamos à espera de encontrar um parceiro na área da construção modular para ensaiarmos o primeiro módulo”.

Apesar de acreditarem no projeto, que obrigou a 3 semanas de trabalho intenso e exclusivo, tanto César Marques como a restante equipa, o arquiteto João Saborosa e o arquiteto estagiário André Treleira, ficaram “bastante surpreendidos” com o “excelente” resultado.

“Sinceramente não estávamos à espera, e digo isto não porque não nos tenhamos dedicado ao projeto, mas sim porque tínhamos consciência da quantidade e qualidade dosoutros concorrentes. Estamos a falar em gabinetes com alguma dimensãoe poder económico para desenvolverem este tipo de concursos sem grande problema”.

Apesar de ter sido o mais noticiado, este não foi o primeiro concurso a que o gabinete de César Marques concorreu.

Nós tentamos fazer pelo menos dois concurso por ano e posso dizer-lhe que este não foi o primeiro prémio que conseguimos, já tivemos outros”. Com o mercado imobiliário a passar por uma fase bastante complicada, César Marques não é dos que se queixa e encara esta crise como “uma possibilidade para podermos relectir sobre as nossas atitudes e sobre o espaço que queremos”.

Enquanto arquiteto considera que esta crise lhe veio dar mais tempo para fazer os projetos, “e quanto mais tempo tivermos, melhor. O Ciza diz: dois anos para fazer um projeto e dois anos para fazer uma obra. Isto é, uma obra deve durar o mesmo tempo que um projeto. Isto diz tudo”.

Com projetos a decorrerem em Lisboa, no Porto, em Paços de Ferreira e no concelho de Caminha e Monção, César Marques procura apostar na inovação e trazer novos materiais ao imaginário comum.

“Sem a pretensão de querermos ser diferentes, procuramos construir a nossa própria arquitetura proporcionando uma leitura diferente dos espaços”, conclui.