A Estratégia Local de Habitação do concelho de Caminha mereceu duras críticas por parte da oposição no decorrer da última reunião de Câmara que se realizou na passada quarta-feira. Segundo a vereadora da oposição, Liliana Silva, o concelho de Caminha já perdeu milhares de euros por causa da “incompetência” da Câmara liderada pelo partido socialista que, como afirmou, não submeteu as candidaturas dentro dos prazos. Por cauda disso, muitos projetos que poderiam ser financiados a 100% pelo Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), só o serão a partir de agora a 80% ou 75%, “o que equivale a uma perda de muito dinheiro”, afirmou.
A vereadora da Coligação O Concelho em Primeiro (OCP) não poupou críticas ao executivo (PS) pela forma como tem gerido este dossier, lembrando que desde 2021 estavam disponíveis 16 milhões de euros do PRR para a Câmara investir na criação de habitação acessível, “mas a verdade é que até à data a única coisa que conseguiu apresentar foram duas casas”. Dinheiro que, segundo Liliana Silva, “já não volta” para o município.
Após comparar o concelho de Caminha com outros municípios do distrito, nomeadamente Cerveira, Valença, Arcos de Valdevez ou Ponte de Lima, onde centenas de casas já se encontram prontas a arrancar, em construção ou até mesmo em fase de conclusão, Liliana Silva não consegue perceber como é que Caminha aparece na cauda do distrito e perdeu mais esta corrida. Para a vereadora “isto só pode ser incompetência”, afirmou.
Segundo a eleita da OCP, a construção e aquisição de novas habitações e recuperação de casas degradadas em Caminha que ficaram fora da listagem das 26000 prioritárias, não vão obter financiamento a 100%, o que significa que “a Câmara de Caminha perdeu verbas brutais do PRR que nunca mais vai poder recuperar”, disse.
E por falar em desperdício de fundos comunitários, Liliana Silva aproveitou para lembrar que Caminha tem perdido inúmeras candidaturas, o que a coloca uma vez mais na cauda quando comparada com outros municípios do distrito. Só para se ter uma ideia, refere a vereadora da direita, Monção conseguiu agarrar em fundos comunitários, 12,3 milhões de euros, Viana do Castelo 46,5 milhões, Valença 7,99 milhões, Cerveira 6,25 milhões e Caminha apenas 2,06 milhões.
Face ao ranking apresentado que coloca Caminha nos últimos lugares em termos de candidaturas e obtenção de fundos comunitários, Liliana Silva pediu que se pusesse a mão na consciência.
Em suma, Liliana Silva disse lamentar todo este desperdício de verbas, sublinhando que quem perde são os caminhenses.
“Estratégia Local de Habitação é uma prioridade” – Rui Lages
Em resposta às críticas apontadas pela vereadora da oposição relativamente à Estratégia Local de Habitação, Rui Lages afirmou que tal como no resto do país, em Caminha esta também era “uma prioridade”, não explicando no entanto como conseguiram os restantes municípios do distrito atingir melhores resultados do que Caminha.
Contrariando as afirmações da vereadora Liliana Silva, Rui Lages garantiu que a Câmara tinha apresentado, dentro dos prazos, várias candidaturas quer próprias quer em conjunto com os particulares, mas que até à data ainda não havia resposta do Governo. O presidente da Câmara pediu inclusive à vereadora para ajudar a desbloquear junto “do seu Governo” as verbas pendentes para Caminha.
Mesmo sem candidaturas aprovadas, o Presidente da Câmara afirma ter ido mais longe e ter adquirido e reabilitado património.
Câmara atira responsabilidades aos outros para justificar o que não foi capaz de fazer – Liliana Silva
Liliana Silva voltou ao assunto para acusar Rui Lages de uma vez mais estar a atirar responsabilidades para os outros para justificar não terem feito nada e não terem entregue as candidaturas dentro dos prazos.
Liliana Silva a deixar duras críticas à forma como a Câmara tem gerido a questão dos fundos comunitários e a afirmar que Caminha já perdeu milhares de euros por causa da “incompetência” do executivo.
Há mais de 4 décadas que adotei Caminha como a minha segunda casa, a casa onde vivo mais horas acordado.
Caminha estagnou no tempo, ficou para trás comparado com os concelhos vizinhos.
Habitantes de Caminha, eleijam gente com amor pela terra e visão de futuro.
O comércio está em crise e habitação, ao contrário de outros concelhos não tem valorizado, antes pelo contrário, há cada vez mais gente a vender as suas habitações por falta de condições de vida.
À semana Caminha é um deserto.
As obras levadas a cabo são uma falta de visão, veja-se o exemplo da marginal.
Amemos Caminha.
Realmente é preciso AMAR o concelho, as suas gentes, as suas especificidades, a sua gastronomia, as suas vistas, o seu património, etc etc etc.
Mas para AMAR é preciso sentir o que não se vê, ajudar quem sofre, não fazer caridade mas sim dar oportunidades a quem precisa e promover o que é intrinsecamente nosso e genuinamente minhoto!
Vamos dar a volta a esta terra que tão maltratada tem sido!
MUDAR COM CONFIANÇA é preciso, urgente e inevitável.