A vereadora da oposição, Liliana Silva, criticou na última reunião camarária, um dos eventos realizados pela Câmara nas comemorações do 25 de Abril no Teatro Valadares. Segundo a vereadora, houve um momento em que foi projetado um filme que não falava da realidade de Caminha, mas sim de Paredes de Coura e no final foram distribuídos panfletos de apelo ao voto no partido socialista da época. Rui Lages disse que nada é demais quando relacionado com Abril.
Para Liliana Silva, um momento que poderia ter sido uma bonita homenagem, ficou mal na altura em que aconteceu, porque não tem nada a ver com a realidade do nosso concelho. A vereadora não entende como se homenageia um presidente de Paredes de Coura e não os caminhenses que tiveram um papel importante no 25 de Abril. Também a entrega no final do evento de um manifesto do Partido Socialista daquela época não caiu bem à eleita, “porque o 25 de Abril é de todos os que acreditam numa sociedade democrática, justa e pluralista”, disse.
Em resposta, o presidente da Câmara Rui Lages explicou que o filme mencionado é um dos poucos registos à época, de 1974 em diante, de questões ligadas às autarquias. “Estando aqui no Alto Minho e tendo a oportunidade de ter esse registo cá, por solicitação de uma entidade externa ligada à cultura, entendemos ser bom de partilhar estes momentos de Abril”, disse.
Liliana Silva voltou ao assunto para reforçar que “estamos em Caminha e devemos valorizar os caminhenses”. Para a eleita, foi ainda excessivo a entrega de panfletos a apelar ao voto no Partido Socialista, “o que não fica bem especialmente em ano de eleições”, rematou.
Excertos da reunião camarária de Caminha de 16 de Abril.