Repúdio. É desta forma que os vereadores sociais democratas eleitos para o executivo camarário caminhense contestam a argumentação utilizada pelo presidente da Câmara de Caminha para justificar o desinvestimento de 15% apresentado no Orçamento que vai vigorar este ano e que foi votado e aprovado no final da semana passada pela Assembleia Municipal. O socialista Miguel Alves justifica um Orçamento, que diz ser de rigor e contenção, com a dívida superior a 16 milhões de euros deixada pelo anterior executivo do PSD.
Ontem, na primeira reunião de Câmara do ano, os vereadores do PSD fizeram questão de apresentar um voto de repúdio pelas declarações feitas pelo presidente da Câmara em Assembleia Municipal. Pela voz do social democrata Flamiano Martins, questionaram ainda a forma como o executivo socialista está a gerir o município quando diz não ter dinheiro para pagar um prego. O vereador do PSD acusou o executivo socialista de ludibriar a opinião pública com o que classificou como “atoardas” e garantiu que “a verdade vem sempre ao de cima”.
Em resposta, o presidente da Câmara, o socialista Miguel Alves, reforçou que “a verdade virá certamente ao de cima”.
Para além do voto de repúdio, o PSD apresentou ainda um requerimento a exigir ao executivo socialista para justificar para justificar algumas acções da Câmara quando o PS diz não ter dinheiro para fazer o quer que seja.
A reunião do executivo ficou marcada pela ratificação da aprovação dos relatórios finais para a adjudicação de 3 projectos alvos de candidatura a fundos comunitários.
Ao projecto da ecovia-caminho do rio Minho (Caminha- Lanhelas) houve 19 empresas concorrentes. O critério utilizado para a escolha foi o da proposta mais vantajosa, apresentada por 482 mil euros. Para a obra da nova biblioteca municipal foram apresentadas 18 propostas e foi escolhida aquela que apresentou o valor de 917 mil euros. À obra no Santuário de São João d´Arga e valorização do conjunto construído foram apresentadas 24 propostas e foi escolhida uma avaliada em 544 mil euros.
O presidente da Câmara explicou que as escolhas foram feitas por um júri e que a decisão não teve a sua intervenção.
Os vereadores do PSD abstiveram-se nesta votação e apresentaram uma declaração de voto a justificar esta decisão: revelam dúvidas em relação à condução do processo.
O executivo camarário aprovou também a atribuição de subsídios que rondam os 25 mil euros às associações desportivas e aos Bombeiros Voluntários do concelho. Às duas associações dos Bombeiros Voluntários vão ser atribuídos 8 mil euros e às associações desportivas mais de 16 mil euros.