A tecnológica sueca CorPower Ocean está a investir cerca de 772 mil euros na construção de um hangar amovível para a instalação de uma oficina em Viana do Castelo.
O protocolo para que a empresa, líder em tecnologia de energia das ondas, beneficie do regime de incentivos da Câmara de Viana do Castelo foi assinado esta quinta-feira entre o presidente Luís Nobre e Miguel Silva, representante da CorPower.
Em 2020, a empresa anunciou um investimento de 16 milhões de euros num centro de Investigação e Desenvolvimento (I&D) em Viana do Castelo para desenvolver conversores de energia das ondas. Em causa está o projeto considerado “pioneiro”, designado por HiWave-5, desenvolvido pela CorPower.
A empresa e a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) chegaram a acordo para desenvolver a instalação de energia oceânica no porto comercial de Viana do Castelo.
Com aquele acordo, a APDL proporciona o espaço para o fabrico, montagem e manutenção de conversores de energia das ondas à escala comercial.
Na altura, em comunicado enviado à Lusa, a APDL explicou que a “fábrica de produção, montagem, manutenção e reparação de conversores de energia das ondas” vai ficar instalada no porto de mar de Viana do Castelo, pelo menos, até ao ano de 2024, estando a expansão para instalações definitivas, em Viana do Castelo, planeada para o final do projeto de demonstração a instalar ao largo da praia da Aguçadoura, na Póvoa de Varzim, distrito do Porto.
“A tecnologia desenvolvida pela CorPower diferencia-se das demais por obter cinco vezes mais energia por tonelada de dispositivo e por possuir um modo de sobrevivência único, que oferece robustez nas mais exigentes condições marítimas, entre outras inovações que se afiguram disruptivas face à tecnologia existente”, explicou a APDL.
Segundo a APDL, “o porto de Viana do Castelo permite o estabelecimento de uma base de operações com características únicas, onde se poderão desenvolver todas as atividades afetas às fases finais de validação da tecnologia proposta pela CorPower”.
“Este projeto está em linha com os objetivos de sustentabilidade europeia e é um passo considerável para a descarbonização e a implementação de energia limpa a larga escala. Pretendemos servir de exemplo para que outros portos europeus utilizem as infraestruturas existentes da mesma forma”, afirmou a administração da APDL.
O projeto “é apoiado por investidores privado e públicos europeus, designadamente o Equity Funding, Swedish Energy Agency, Portugal Compete 2020, e EU Grants e está em linha com o plano do Governo para o desenvolvimento da energia renovável do país, um setor que poderá gerar 254 milhões de euros em investimentos, 280 milhões de euros em valor bruto acrescentado e criar 1.500 novos postos de trabalho”.