O parecer aprovado foi apresentado por proposta da Vereadora com o pelouro dos equipamentos culturais, Carlota Borges, e vai agora ser enviado à Direção-Geral do Património Cultural, entidade à qual a Junta de Freguesia de Vila Franca dirigiu o pedido de inscrição naquele registo.
Carlota Borges indicou que esta classificação nacional de uma das festividades em torno da flor, promovida sempre no mês de maio, “visa a proteção legal de todo o simbolismo e expressão cultural que as festas representam no plano local e nacional”.
No parecer, “a Câmara reconhece a grande importância da manifestação cultural e o seu estabelecimento, ao longo dos últimos séculos, como um dos mais altos valores culturais do concelho de Viana do Castelo, consagrado na sua manifestação mais visível: a manufatura dos cestos floridos e o seu transporte, à cabeça, pelas mordomas da aldeia – uma imagem indelével da cultura vianesa”.
O documento destaca ainda “a sua longa história, documentada, pelo menos desde 1622” e o seu “caráter único na continuação dos festivais milenares de invocação da primavera e do renascer do ciclo anual da vida”.
O parecer assinala ainda que a Festa das Rosas “é a primeira grande romaria do ciclo anual de romarias alto minhotas” e constitui “um dos últimos testemunhos vivos do culto à Senhora do Rosário e à oferenda de flores às várias invocações da Senhora, outrora fulgurante na Ribeira Lima”.
“Esta Câmara apoia, assim, com grande entusiasmo, a proposta de inscrição da Festa das Rosas de Vila Franca no Inventário Nacional do Património Cultural”, frisa o parecer aprovado por unanimidade pelo executivo municipal.