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Quarta-feira, 11 Dezembro, 2024
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InícioOpiniãoUm Caminho para Caminha - Fundos Europeus e Territórios de Baixa Densidade

Um Caminho para Caminha – Fundos Europeus e Territórios de Baixa Densidade

“…Al andar se hace camino
Y al volver la vista atrás
Se ve la senda que nunca
Se ha de volver a pisar
Caminante no hay camino,
sino estelas en la mar…”

António Machado Ruiz, Cantares

Um Caminho para Caminha

2. Como Atrair Investimento

d. Fundos Europeus e Territórios de Baixa Densidade;

Ninguém estranha, mesmo não conhecendo o detalhe dos critérios que, para efeitos de projetos de investimento públicos ou privados, beneficiários de Fundos Comunitários; Arcos de Valdevez, Melgaço, Ponte da Barca, ou Paredes de Coura, sejam territórios de Baixa Densidade.

Já Vila Nova de Cerveira ou Monção podem surpreender aparecendo nessa lista, ambos os Concelhos por inteiro, sejam as sedes de Concelho ou a freguesias de Campos onde estão os parques industriais, ou as freguesias grandes produtoras de Alvarinho, ou sejam as freguesias mais serranas e desertificadas desses concelhos

Até Ponte do Lima e Valença, o segundo e terceiro Concelhos mais desenvolvidos do Distrito em Emprego, PIB per capita e outros indicadores, tem boa parte das suas freguesias classificadas como territórios de baixa densidade.

Já em Caminha, aqueles que a Governam há 11 anos, como os que a governaram no passado mais longínquo, nada fizeram para demonstrar os erros e incongruências dessas classificações mesmo tendo, durante os últimos 9 anos, Governos supostamente amigos.

Por isso, no PT 2030, como no PRR, como antes no PT 2020, só tem 3 freguesias (ou uniões de) nesta classificação: DEM, ARGAS, Gondar e Orbacém. Poderia ter outras?

-Poderia sim, se os responsáveis autárquicos de Caminha tivessem capacidade para demonstrar com dados que se a freguesia de Campos ou a própria Cerveira é território de baixa densidade, Vilar de Mouros, Argela, Riba D´Âncora, Seixas ou Lanhelas também o são, porque a densidade não se mede só pelo número de casas ou habitantes “teóricos”.

Mas, como as uniões de freguesias não foram criadas de forma inteligente em Caminha e o comboio já vai em andamento, será preciso tempo para corrigir este erro. E não é com o executivo atual da Câmara que se fará.

Pode Caminha todavia, aproveitar o que lhe toca. Se Dem, Argas, Gondar e Orbacém são os únicos territórios de Baixa densidade no Concelho, é nesses territórios que deve ser feita uma zona industrial, é nesses territórios que deve ser promovida a instalação da sede de empresas, é nesses territórios que o Investimento deve ser promovido. Porquê?

– Porque em Dem, Argas, Gondar e Orbacém, as comparticipações europeias em projetos a fundo perdido atingirão até 50% do Investimento, enquanto nas outras freguesias só poderá chegar no máximo a 30%;

– Porque 40% dos fundos do PT 2030 se destinam a territórios de Baixa Densidade, sendo assim mais fácil ver um projeto aprovado em DEM do que em Vilarelho;

Deixem-se de choradinhos hipócritas por embargos irrelevantes e chorem com razão, por um Concelho que está sempre nos 3 lugares a contar do fim no distrito, na maioria dos indicadores socioeconómicos.

Carlos Novais de Araújo
22 de Novembro de 2024

1 COMENTÁRIO

  1. Caro Carlos:
    Qualquer aluno do secundário do 10º ano sabe pensar o mínimo para atingir o que invoca no seu artigo.
    O executivo e a gente que há quase 12 (DOZE) anos (des)governam a câmara não querem saber do bem estar das populações.
    Nem quando o governo era rosa fizeram o que quer que fosse para pressionar os camaradas que acampavam no Terreiro do Paço. Preferiram ser bem comportadinhos e acenar com a cabeça anuindo a tudo o que lhes serviam no prato.
    Emprego? Para quê? A câmara tem muitos (ao que parece a rondar os 600 funcionários).
    Nada é planeado ou estruturado, tudo é feito casuisticamente, a sentimento…
    Festivais e festarolas a invadirem a vila, tapando os comerciantes, fazendo-lhes concorrência desleal não pagando impostos na vila.
    Para quê fazer zonas industriais? Mataram tudo!
    Água caríssima, impostos municipais no máximo, fuga dos mais jovens, os idosos abandonados, as colectividades e clubes sem apoios… Enfim, quem quer que este cenário tétrico continue?
    Os mesmos de sempre!

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