A saída para Lisboa do anterior presidente da câmara de Caminha, Miguel Alves, foi um dos assuntos que marcou o período antes da ordem do dia da Assembleia Municipal de Caminha de 30 de Setembro, realizada no Teatro Valadares.
Carlos Castro, presidente da Junta de Freguesia de Vila Praia de Âncora, acusa o ex-presidente de “largar a ameixa e fugir”.
Em resposta à provocação, Paulo Alvarenga, presidente da Junta de Freguesia de Riba de Âncora, lembrou que “houve quem tivesse fugido às suas responsabilidades e nem tivesse tomado posse”.
Carlos Castro voltou à carga e disse que o mesmo se passou na tomada de posse do executivo da junta de Vila Praia de Âncora e que a candidata eleita pelo partido socialista na oposição, Laurinda Araújo, fez o mesmo.
Em resposta, Rui Lages, atual presidente da Câmara de Caminha considera que a saída de Miguel Alves para integrar o governo do país deveria ser uma honra para todos os caminhenses.
“Este executivo não tem legitimidade política”
Abílio Cerqueira do Bloco de Esquerda, considera que este executivo tem legitimidade legal mas não tem legitimidade política para exercer o seu mandato, e defende que nestas circunstâncias deveriam ser convocadas eleições antecipadas.
Em resposta, Rui Lages diz ter toda a legitimidade para assumir o executivo uma vez que o voto é feito numa lista e que “todos nós sabemos as regras do jogo.”
Recorde-se que há pouco mais de um ano, nas últimas eleições autárquicas, o candidato do Bloco de Esquerda, Luís Sottomaior Braga, abordou esta questão alertando para a importância de se avaliar a totalidade das listas candidatas e não votar em função do cabeça de lista. Referia-se, à época, à possibilidade da saída de Miguel Alves para integrar outros cargos em Lisboa.