Um grupo constituído por cerca de 30 pescadores da costa entre Esposende e Caminha, concentraram-se ontem junto à Câmara de Viana do Castelo para manifestarem o seu descontentamento contra aquilo que consideram ser um descriminação.
Em causa está o facto de terem sido excluídos do processo negocial de compensações para a pesca, que determinou o pagamento de um milhão de euros a 16 barcos de pesca costeira como compensação pela instalação de um parque eólico flutuante na costa de Viana.
Pedro Meira, advogado que representa os pescadores locais, começou por explicar as reivindicações dos pescadores.
A reunião com o autarca de Viana teve como objetivo perceber a posição da autarquia nesta matéria.
O mar é de todos e não apenas dos 16 armadores que foram compensados pela instalação deste parque eólico, sublinha o advogado.
Augusto Porto, presidente da Associação de Pescadores de Caminha não se conforma com a descriminação e diz que se sente ultrajada e indignada. O presidente dos pescadores de Caminha acusa a Viana Pesca de se ter esquecido das comunidades piscatórias.
Os pescadores afetados não descartam a possibilidade de avançar com medidas mais duras caso a situação não se resolva. Impedir a instalação do cabo submarino que ligará a futura central eólica a terra.
O Windfloat Atlantic (WFA) é um projeto de uma central eólica ‘offshore’ (no mar), em Viana do Castelo, orçado em 125 milhões de euros, coordenado pela EDP, através da EDP Renováveis, e que integra o parceiro tecnológico Principle Power, a Repsol, a capital de risco Portugal Ventures e a metalúrgica A. Silva Matos.