A GNR constituiu 84 arguidos, nos distritos de Braga e Viana do Castelo, no âmbito de uma investigação relacionada com a falsa vacinação de canídeos, anunciou hoje aquela força.
Fonte da GNR disse à Lusa que 51 daqueles arguidos foram constituídos na segunda e na terça-feira, na sequência do cumprimento de outros tantos mandados de buscas domiciliárias.
Em novembro, já tinham sido constituídos outros 33 arguidos.
Estão indiciados pelos crimes de falsificação de documentos e falsidade informática.
A fonte explicou que em causa estão documentos falsos que, a troco de uma determinada quantia em dinheiro, seriam passados, designadamente a caçadores, dando conta de que os seus cães teriam recebido a vacina antirrábica.
Os caçadores teriam interesse neste esquema por considerarem que aquela vacina afeta o faro dos cães, diminuindo assim a sua capacidade para a caça.
Em novembro, a GNR tinha detido cinco suspeitos, entre os quais uma veterinária de Barcelos (distrito de Braga), que o tribunal decidiu suspender de funções no Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e de todas as atividades relacionadas com atos veterinários e proibir de aceder a qualquer plataforma de registo de animais.
Ficou também proibida de contactar com qualquer dos outros indiciados no processo ou com outras pessoas com as quais que tenha tido relação enquanto veterinária, ficando igualmente proibida de aceder ou frequentar associações e outros locais onde existe concentração de animais.
Os outros quatro detidos são familiares da veterinária.
Os 84 arguidos nesta operação têm idades compreendidas entre os 20 e os 80 anos.
Na operação, a GNR apreendeu 53.099 euros, 524 boletins sanitários de vacina de canídeos, 109 ampolas de vacinas antirrábicas, 540 vinhetas médicas, 24 telemóveis, 10 computadores portáteis, três discos rígidos de armazenamento, três armas ilegais e um revólver.
Foram ainda apreendidos documentos físicos e digitais, relacionados com atos médicos veterinários e com os crimes em investigação.
Os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Braga.
LUSA