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Terça-feira, 16 Abril, 2024
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País: Crise aumenta o número de animais abandonados

O aumento dos preços e a actual condição económica das pessoas podem ser algumas das justificações para o aumento do abandono de animais, consideraram associações do Porto, defendendo, no entanto, que esse acto “não tem desculpa”.

Com os centros de recolha oficial e as associações zoófilas a presentar um “boom de devoluções de aninais, que tinham sido adoptados durante a pandemia, Sofia Róis apontou como uma das principais consequências o aumento dos preços.

“As pessoas estão a aperceber-se que as coisas estão todas mais caras. A alimentação, as despesas médico-veterinárias, a lide diária de um animal, no geral. As pessoas sabem que, à partida, ter um animal é ter uma despesa”, referiu a directora executiva daquela associação, que nasceu no Porto em 2008 e que é de cariz nacional. Em Portugal, há 3,1 milhões de animais de companhia registados.

Por outro lado, para a presidente da direcção da associação MIDAS (Movimento Internacional para a Defesa dos Animais), o abandono animal “raramente é pelo aumento dos preços”, mas acontece “maioritariamente” porque as pessoas “deixam de querer o animal”.

“As desculpas que nos apresentam são facilmente debatidas e as pessoas assumem que nem com ajuda querem ficar com os animais. Ponto final. Quem, de facto, quer ajuda tem-na, faz o que pode e tem de fazer para poder manter os animais”, contou à Lusa a presidente da MIDAS, Lígia Andrade.

Já a fundadora e presidente da direcção da Cão Viver, Ana Ceriz, diz que a associação sediada na Maia “nunca passou por tantas dificuldades económicas como este ano”, concordando que “existe um maior número de pessoas com dificuldade em encontrar casa para onde levar os animais”.

“A parte monetária é o nosso “calcanhar de Aquiles”, porque temos cerca de 30, 40 animais para tratar e nem temos dinheiro para pagar os espaços onde eles estão”, desabafou Ana Ceriz.

A associação Cão Viver, face à falta de apoios, alberga agora “entre 30 a 40”, quando já chegou a ter “cerca de 60” animais.

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