18.6 C
Caminha Municipality
Sábado, 5 Outubro, 2024
spot_img
InícioNotíciasEconomiaOrçamento de Caminha para 2015: PS e PSD têm leituras diferentes dos...

Orçamento de Caminha para 2015: PS e PSD têm leituras diferentes dos números

O executivo camarário caminhense, liderado pelo socialista Miguel Alves, aprovou por maioria o documento das Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2015,  avaliado em 21 milhões de euros.

À Rádio Caminha, o presidente da Câmara disse tratar-se de um Orçamento pautado pela diminuição da despesa e aumento do investimento. O autarca afirmou que isso só é possível porque o executivo apostou na poupança no corrente ano (2014). Miguel Alves garantiu que vai haver uma subida de 7%  nas transferências para as Juntas de Freguesia e vai haver um corte nas despesas em pessoal, com menos funcionários na Câmara de Caminha. A Educação, a Cultura e o Desporto são as três grandes apostas em 2015 do executivo socialista.

O autarca anunciou também que o orçamento participativo, uma das bandeiras da campanha de Miguel Alves, vai dar os primeiros passos em 2015.

 

Números são números, mas a verdade é que as análises são contraditórias. O PSD, que votou contra o documento apresentado pelo PS, considerou o Orçamento da Câmara de Caminha para 2015 “desequilibrado”. O porta-voz da oposição social democrata, Flamiano Martins, afirmou que os dados que constam no Orçamento indicam uma leitura diferente daquela que faz o executivo socialista.

O PS garantiu que há um aumento de 7 % nas verbas a transferir para as Juntas de Freguesia, o PSD disse que a verdade é que há uma diminuição de 21%.

O PSD disse também que para 2015 está prevista uma diminuição nas verbas previstas para sectores como a Acção Social.

Segundo Flamiano Martins, o executivo socialista vai apostar na festa descurando as necessidades básicas das famílias, que estão a passar por maus momentos.

A social democrata Liliana Silva, durante a reunião de Câmara que decorreu ontem à tarde, afirmou que  “o orçamento apresentado dá continuidade a atoardas bombásticas, repetitivas, desrespeitosas e até insultuosas”, com as quais o PSD diz  não poder compactuar”.

A autarca  lembrou que o executivo socialista apoiou a abertura do Continente, no coração de Vila Praia de Ancora, e que ainda não cumpriu promessas eleitorais como a abertura da passagem pedonal da Travessa do Teatro, obra que não vem referenciada no Orçamento para 2015, tal como não vem qualquer indicação sobre outras promessas eleitorais como a transformação da escola de Vilarinho na sede da Academia de Música Fernandes Fão ou a Zona Industrial de Vilar de Mouros. E para o Festival de Vilar de Mouros estão previstos apenas 16 mil euros.

A autarca, que é também líder da concelhia do PSD de Caminha, sublinhou que os grandes projectos que o executivo camarário diz que vai fazer no próximo ano foram deixados pela anterior Câmara liderada pelos sociais democratas.

O presidente descartou as críticas afirmando que o Orçamento para 2015 está pensado para desenvolver o concelho, estando, por isso mesmo, estruturado em cinco eixos.

Miguel Alves revelou ainda que parte do dinheiro poupado, mais de 1 milhão de euros, vai ser utilizado para pagar os processos judiciais que a Câmara de Caminha perdeu no anterior executivo. A vereadora do PSD justificou que os processos não foram espoletados pela anterior Câmara, que apenas limitou-se a defender-se em tribunal.

 

Uma das questões que mais dividiram no último ano PS e PSD na Câmara de Caminha foi a forma de contabilizar da dívida das piscinas de Vila Praia de Âncora. No ano passado foi contabilizada na globalidade, fazendo a dívida do município disparar para os 35 milhões de euros, sob os protestos do PSD que argumentou que esse tipo de contabilidade era ilegal.

Em 2015 o PS vai contabilizar apenas os gastos referentes àquele ano com o equipamento.

 

 

 

O debate do Orçamento para 2015 ficou marcado pelo protesto dos vereadores do PSD que manifestaram “total repulsa” pela forma como foram tratados em todo o processo, garantindo que “não foi cumprido o estatuto da oposição”. Os sociais democratas queixaram-se de não lhes ter sido dada toda a informação para acompanhar a elaboração do orçamento e de não terem sido ouvidos como competia.

- Publicidade -spot_img
- Publicidade -spot_img
- Publicidade -spot_img

Mais Populares