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Sábado, 18 Janeiro, 2025
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Caminha: Oposição à direita e à esquerda rejeita GOP e Orçamento para 2025 apresentado pelo PS na AM

O documento foi aprovado pela maioria socialista.

A maioria socialista na Assembleia Municipal aprovou, na passada sexta-feira 20 de dezembro, as Grandes Opções do Plano (GOP) e Orçamento para 2025. Tanto à direita (Coligação OCP) como à esquerda (CDU e BE), a oposição votou contra o documento de quase 26 milhões de euros, o maior de sempre.

Para o Bloco de Esquerda trata-se de um documento “vazio e sem futuro”, enquanto que para a CDU é “muito pouco pensado”. Já para a Coligação de direita, as GOP e Orçamento para 2025, “não revelam ideias nem estratégia para Caminha”. Para o Partido Socialista, é um orçamento que “não deixa ninguém para trás”.

Luis Alexandre

Um documento sem estratégia – Luís Alexandre (OCP)

A primeira intervenção relacionada com este ponto da ordem de trabalhos foi do deputado da Coligação OCP, Luís Alexandre, que não poupou nas críticas ao documento. Tal como já havia acontecido na reunião de Câmara, a OCP veio reiterar a falta de estratégia plasmada nas GOP e Orçamento para 2025 ao não falar numa ligação transfronteiriça, uma vez que o ferry está inoperacional, nem na dinamização do território em termos empresariais, entre outros.

 

Quanto à baixa de impostos anunciada pelo executivo socialista, Luís Alexandre considera que não passam de anúncios já que o valor dessa diminuição é “insignificante”. Considerou que a Câmara poderia ter ido mais além nessa descida uma vez que no próximo ano vai receber mais dinheiro proveniente das transferências do Estado. Para Luís Alexandre trata-se de um orçamento “eleitoralista” e por isso anunciou o voto contra da sua bancada.

 

João Domingues

Um orçamento que não deixa ninguém para trás – João Domingues (PS)

Para a bancada do Partido Socialista o orçamento para 2025 tem como grande objetivo “assegurar os compromissos financeiros assumidos sem descurar o bem estar sócio-económico do concelho e população, bem como o equilíbrio financeiro”, como sublinhou o deputado João Domingues.

 

Uma proposta de orçamento sensata e realista, elaborada a pensar no desenvolvimento sustentável do concelho e que não deixa ninguém para trás” concluiu o deputado socialista.

 

Peter Martins

Um voto de confiança ao executivo – Presidente da Junta de Âncora

Apesar do voto contra da OCP, o Presidente da Junta de Freguesia de Âncora, eleito por aquela coligação, deu um voto de confiança ao executivo votando favoravelmente o documento.

Mesmo considerando que o valor a transferir para as freguesias não é suficiente, Peter Anthony Martins reconheceu o esforço da Câmara.

 

Mais do que um voto de confiança, o voto favorável do presidente da Junta de Âncora é a prova que a Junta consegue fazer muito com o pouco que lhe é concedido.

 

Abilio Cerqueira

Uma gestão meramente mediática sem futuro e sem norte – Abílio Cerqueira (BE)

Para Abílio Cerqueira, deputado do Bloco de Esquerda (BE) o orçamento para 2025, o maior de sempre não é equilibrado, é meramente mediático, sem norte e sem futuro para os caminhenses.

 

Apesar das críticas, o deputado bloquista vê como ponto positivo, o facto do atual executivo não embarcar “na venda das mesmas ilusões” do anterior presidente da Câmara. Ainda assim o BE não vê futuro para os caminhenses e por isso votou contra.

 

Celestino

Um documento pouco pensado e pouco claro – Celestino Ribeiro (CDU)

Já para o deputado da CDU, o documento apresentado pela Câmara é genericamente pouco pensado. Relativamente ao orçamento, Celestino Ribeiro considera que é pouco claro e explica porquê.

 

Sem tempo para analisar os documentos ao pormenor, o deputado comunista lamentou que o presidente da Assembleia não tivesse dado mais tempo e por isso votou contra.

Rui Lages 3

Um orçamento equilibrado que cumpre os compromissos – Rui Lages

O Presidente da Câmara Municipal de Caminha, Rui Lages, voltou a reforçar que o orçamento é equilibrado e cumpre os compromissos assumidos pela autarquia, pagando as suas dívidas. Lembrou ainda a diminuição da dívida em mais de 10 milhões de euros em três anos, baixando de vinte e três para treze milhões.

 

A consolidação das contas municipais, a redução de impostos, mais coesão social, ensino, cultura e a maior transferência para as juntas de freguesia foram outros aspetos do orçamento e plano de atividades que o presidente da autarquia fez questão de salientar.

 

Ricardo Cunha

Referindo-se à diminuição da dívida, que comparou ao milagre da rosa, Ricardo Cunha da OCP quis saber se essa descida não se devia aos seis milhões de dívida da água não paga pela câmara que não aparece na dívida total.

 

Sem responder diretamente à pergunta colocada pelo deputado, Rui Lages considerou que a OCP estava a fazer uma grande confusão e garantiu que com ele não havia malabarismos.

 

Postos a votação, os documentos GOP e Orçamento para 2025 foram aprovados com 21 votos a favor e 14 contra.

Em declaração de voto, Ricardo Cunha justificou o voto contra da bancada da OCP.

 

Luis Matias

Luís Matias, secretário da Junta de Freguesia de Vila Praia de Âncora, também fez questão de justificar o voto contra.

 

Marina Coelho

Marina Coelho, presidente da Junta de Freguesia de Vile, também votou contra e explicou porquê.

 

Excertos da última Assembleia Municipal de Caminha, realizada no passado dia 20 de Dezembro no Cine Teatro dos Bombeiros Voluntários de Vila Praia de Âncora.

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