Assinalam-se esta quinta-feira os 21 anos da chegada do navio Gil Eannes a Viana do Castelo, depois de ter sido resgatado e atracado na antiga doca comercial da cidade. Para assinalar a efeméride, a programação inclui a exibição inédita de um documentário, a apresentação de um livro e a inauguração de uma exposição.
Esta quinta-feira, 31 de janeiro, a sessão comemorativa do 21º Aniversário do Regresso do navio Gil Eannes a Viana do Castelo acontece, pelas 18h00, no Teatro Municipal Sá de Miranda, com a apresentação do documentário inédito do vianense Capitão João Araújo, “Campanha do São Ruy de 1952“.
Depois, a 3 de fevereiro, o navio museu acolhe, pelas 16h00, a Sessão Solene Comemorativa e apresentação do livro “A Pesca do Bacalhau – História, Gentes e Navios: Os Navios – motor da Pesca à Linha, Tomo III”, de João David Batel Marques. De seguida, na Sala José Hermano Saraiva, será inaugurada a exposição “Campanha São Ruy 1952”.
Por altura das comemorações, o navio-museu está prestes a atingir 1 milhão de visitantes, desde que foi recuperado para assumir funções museológicas.Entre 2013 e 2018, o navio recebeu 342.944 visitantes. Recorde-se que, em 2013, o navio esteve encerrado entre fevereiro e março por motivo de docagem e em 2014 esteve encerrado a visitas por causa de obras inerentes à instalação do Centro de Mar.
Ao longo dos últimos cinco anos, o número de visitantes mais do que duplicou, já que em 2013 foram registados 41.398 visitantes e, em 2018, foram assinalados 90.835 visitantes do museu flutuante.
O Navio Hospital Gil Eannes, construído em Viana do Castelo nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, iniciou a sua atividade como hospital em 1955, apoiando durante décadas a frota bacalhoeira portuguesa que atuava nos bancos da Terra Nova e Gronelândia. Desativada a frota bacalhoeira, ficou a apodrecer nas docas de Lisboa, durante muitos anos.
Em 1998, a Fundação Gil Eannes, considerando-o património cultural e afetivo da cidade, resgatou-o da sucata por cerca de 250 mil euros, após uma inédita campanha que envolveu todos os estratos sociais vianenses.
A 31 de janeiro de 1998 foi recebido festivamente na Foz do Lima onde, depois de limpo e restaurado, foi aberto ao público, assumindo-se como polo de atratividade para Viana do Castelo.
Desde que o Navio Gil Eannes foi colocado em exposição na antiga doca comercial de Viana do Castelo, a Fundação Gil Eannes tem tido como objetivo transformar o navio num espaço museológico, contribuindo deste modo para o desenvolvimento cultural, turístico e científico, especialmente em áreas relacionadas com o mar. Assim, ao longo destes anos várias obras de reabilitação e restauro têm sido feitas, proporcionando aos visitantes o contato com os diversos espaços característicos de uma embarcação, como a ponte de comando, casa das máquinas, cozinha, padaria e diversos camarotes, bem como os espaços que integram a zona hospitalar o consultório médico, sala de tratamentos, gabinete de radiologia, enfermarias e bloco operatório, permitindo assim que o visitante adquira um pouco da história do navio hospital e da pesca do bacalhau que se fazia nos mares da Terra Nova e Gronelândia.