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Quinta-feira, 28 Março, 2024
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Mercado Municipal de Caminha avança em Fevereiro

O concurso para a construção do novo Mercado Municipal de Caminha deverá ser lançado já no próximo mês de fevereiro e vem juntar-se a um conjunto de grandes investimentos em curso e/ou recentemente terminados, que levam o presidente da Câmara a afirmar que a Vila de Caminha vive como que um período de “neofontismo”.

A dinâmica é também acompanhada pelo crescente aumento da procura turística e pela busca de novas respostas a vários níveis, que permitam compatibilizar a nova realidade. Estes e outros assuntos marcaram a reunião descentralizada do Executivo, que ontem teve lugar na Vila de Caminha, no salão dos Bombeiros Voluntários.

A profunda requalificação do Centro Histórico está prestes a iniciar a segunda fase, que abrangerá a Rua de S. João e o Terreiro, não havendo ainda uma data prevista, mas sendo certo que a calendarização das obras será sempre coordenada com comerciantes e outros ocupantes desta zona, por forma a causar o menor impacto possível. A garantia foi ontem dada pelo presidente da Câmara, Miguel Alves, que respondia ao autarca local, Miguel Gonçalves.

No âmbito das respostas ao autarca, foi também adiantado que o concurso para o novo Mercado Municipal de Caminha está agora a uma distância de poucas semanas, pondo-se fim a um processo “doloroso” que este Executivo conseguiu ultrapassar e a um equipamento desadequado, que é provisório há cerca de quatro décadas.

No capítulo das grandes obras está também a decorrer a obra de requalificação e ampliação da escola de Caminha, um investimento estratégico de cerca de 3,5 milhões de euros, que ontem de manhã foi alvo de uma visita, em que se verificou a total coordenação dos trabalhos e do funcionamento do próprio estabelecimento de ensino.

A estas intervenções deverá juntar-se, num futuro próximo, a ecovia da marginal de Caminha, com financiamento já assegurado e cujo projeto está a ser ultimado. Miguel Alves revelou um aspeto que irá resolver também o crónico problema dos passadiços da Foz do Minho, a que o presidente da Junta se tinha referido na sua intervenção.
Miguel Gonçalves queixara-se mais uma vez das más condições dos passadiços, comentando, em jeito de desabafo, que não conseguia entender como um investimento tão grande e relativamente recente podia trazer tantos problemas recorrentes.

A inadequação dos materiais utilizados na estrutura estarão, em grande medida, na origem dos problemas, tornando o esforço constante da Câmara Municipal inútil. Os arranjos sucedem-se, mas impunha-se uma intervenção de fundo, que, revelou Miguel Alves vai acontecer. O presidente disse que, no âmbito da ecovia, aquele espaço será intervencionado, estando previsto retirar as traves de madeira e colocar piso apropriado para ecovia. Uma boa notícia, a que se juntou o anúncio da intervenção próxima na rua Nª Srª da Encarnação, uma obra que o presidente da Junta tinha reivindicado.

Apoiando a comparação histórica que tinha adiantado (neofontismo), Miguel Alves lembrou que ao grande investimento público se juntou um importante investimento privado e de outras entidades, recordando a rede de fibra ótica implementada, o gás natural, a modernização da Linha do Minho e Ponte Ferroviária, a beneficiação da Estrada para Vilar de Mouros e o Cais da Rua. É um período de evolução “sem precedentes”, referiu Miguel Alves.
O presidente também revelou que o concelho de Caminha lidera a nível nacional, a norte do Mondego, apresentando o maior rácio de casas para alugar a turistas no Airbnb, considerando a relação com a sua população, com uma taxa de 23%.

A forte presença na plataforma Airbnb vem, de resto, ao encontro das estatísticas que têm vindo a ser conhecidas, nomeadamente do INE, e que apontam para uma procura cada vez mais elevada por parte de turistas em geral, assim como de peregrinos vindos de todo o mundo, que fazem o Caminho de Santiago.
Na reunião falou-se ainda de questões relacionadas com este crescimento, que estão também a ser equacionadas, nomeadamente de limpeza e de segurança, tendo nesta última a Câmara investido, no último verão, quase 50 mil euros, assumindo uma despesa que não lhe compete na realidade, mas que se revelou importante, sobretudo para salvaguardar o espaço do coração do Centro Histórico.

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