O PSD anunciou ontem os cabeças de lista às legislativas de outubro, entre eles, o presidente da Câmara Municipal de Valença, Jorge Mendes, pelo círculo eleitoral de Viana do Castelo.
Hoje, o Conselho Nacional do PSD reúne-se em Guimarães para votar, de braço no ar, as listas de candidatos a deputados, depois de algumas polémicas relacionadas com exclusões e imposições de nomes pela direção do partido.
Na semana passada, soube-se que a Comissão Política Nacional excluiu das listas de candidatos a deputados do PSD alguns nomes bem conhecidos que tinham sido indicados pelas estruturas distritais, casos da ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque (Setúbal), o antigo líder parlamentar Hugo Soares (Braga) e o vice-presidente da Câmara de Cascais Miguel Pinto Luz (Lisboa).
Além destas exclusões, foram várias as divergências vindas a público entre as distritais e a direção nacional, casos de Setúbal – em que a Comissão Política avocou mesmo toda a elaboração da lista -, Lisboa, Braga, Santarém, Viana do Castelo, mas até em estruturas afetas ao líder como Porto, Évora ou Leiria.
Se a escolha dos cabeças de lista é prerrogativa do presidente do PSD, quanto à restante composição das listas, os estatutos do partido não definem qual a “quota” de candidatos que a direção pode impor às estruturas regionais e apenas determinam que compete às distritais “propor à Comissão Política Nacional candidaturas à Assembleia da República, ouvidas as Assembleias Distritais e as Secções”.
No último Conselho Nacional, realizado em abril, em Viana do Castelo, foram aprovadas alterações ao regulamento interno que acabam com a obrigatoriedade do voto secreto para sufragar moções de censura ou de confiança, listas de candidatos e programas eleitorais, pelo que a votação das listas de candidatos a deputados do PSD deverá ser feita de braço no ar.