De olhos nos olhos no público e nos jornalistas presentes durante a conferência de imprensa realizada esta quarta-feira, no Palácio da Brejoeira, o diretor do Folk Monção arrancou de forma frontal. “O ano passado fomos colhidos de surpresa pelos incêndios. Ficámos sem todo o material que tínhamos. Sem as camas para alojar os grupos, que são mais de 300 pessoas… sem a roupa da cama, decoração, palco. Ficámos sem nada”.
Graças à ajuda dos vários Municípios envolvidos neste projeto, sobretudo o de Monção, o festival conseguiu recuperar. Contou também com a ajuda do Instituto Português do Desporto e da Juventude e do INATEL. “Sem este apoio, não se realizava mesmo”, assegurou Boaventura Rodrigues.
A organização do festival, cujo orçamento ronda os 100 mil euros, cabe ao Rancho Folclórico da Casa do Povo de Barbeita, sobre a orientação da comissão executiva, à qual se juntam cerca de 120 voluntários. Os espetáculos espalham-se por toda a região circundante. Além da Vila de Monção – que recebe duas Galas na Praça Deu-la-Deu – e de Barbeita – berço do Festival, os espetáculos podem ser vistos em: Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valença e Vila Nova Cerveira. À semelhança do ano passado, também haverá espetáculos em Espanha: Salvaterra de Miño e Vilanova de Arousa. A entrada é livre e gratuita em todos os locais. O início está previsto para as 22h00 em Portugal e 21h30 em Espanha.
Os grupos participantes desfilam, ainda, no dia 2 de agosto, quinta-feira, na feira semanal, pelas principais ruas da terra da Coca e do Alvarinho (Monção).
O Folk Monção – O Mundo a Dançar, um dos momentos mais altos do verão cultural em vários concelhos, foi reconhecido pelo C.I.O.F.F. (Conselho Internacional das Organizações de Festivais de Folclore e de Artes Tradicionais, estatuto B da UNESCO), em 2006, pelo C.I.D. (Conselho Internacional de Dança), em 2005, e pela I.O.V. (Organização Internacional das Artes Populares), em 2004.