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Existe uma ‘cena’ no jazz do Porto a descobrir

Já na semana passada publicamos aqui seis discos de jazz, com diferentes geografias. Nesta semana, as sugestões vão para seis discos de jazz da cidade invicta, quase todos eles com o ponto comum de pertencerem à Associação Porta-Jazz, contudo nem todos os discos são da editora da Associação.

Paulo Gomes – Secret Studio Sessions – Vol. one

“Secret Studio Sessions – Vol. one” foi apresentado em Maio do ano passado no Auditório da Faculdade de Engenharia do Porto. É o regresso de uma parceria que vem sendo construída ao longo dos anos. Num formato em que o próprio líder se sente mais à vontade este trio apresentou esta edição de sessões secretas e menos conhecidas do que outros projectos de que o Paulo e os restantes músicos fazem parte. “Secret Studio Sessions – vol. One” é composto pelo pianista e compositor portuense, desta vez acompanhado por José Carlos Barbosa (contrabaixo) e Filipe Monteiro (bateria). Segundo o próprio “Sem as fronteiras habituais das linhas de repertório original ou do jazz americano ou da música de qualquer outra raiz, o que mais valorizo e procuro neste trio é o som colectivo e o prazer de fazer a música que mais gosto. Sem pretensões e na minha formação preferida… o trio!”

https://paulogomesjazz.bandcamp.com/album/secret-studio-sessions-vol-1

Map ft Chris Cheek

Liderado por Paulo Gomes, MAP é um quarteto dedicado à interpretação de música original de influência jazzística, escrita pelos membros do grupo. Estreou-se no Festival Porta-Jazz em Dezembro de 2012. Os seus discos (Carimbo Porta Jazz), The Zombie Wolf Playn’ The Blues On A Monday Morning (2014), Circo Voador (2015) e Guerra e Paz (2017), foram apresentados ao público um pouco por todo o país e em várias séries de concertos em França e na Suiça.

Para este concerto os MAP convidam o saxofonista americano Chris Cheek para tocar alguma da música destes discos, novas composições escritas para esta formação, e alguma música escrita pelo próprio Chris Cheek.

Neste quarto disco da formação estão os músicos: Chris Cheek no saxofone, Paulo Gomes no piano, Miguel Moreira na guitarra e Miguel Ângelo no contrabaixo.

https://paulogomesjazz.bandcamp.com/album/map-chris-cheek

Impermanence – The Ocean Inside a Stone

The Ocean Inside a Stone é o segundo álbum do projecto Impermanence. Editado em 2015, o primeiro foi considerado pela crítica nacional como um dos melhores discos do ano. A música de Susana Santos Silva deambula entre universos musicais aparentemente distintos e dispersos mas que são unificados na impermanência de tudo o que existe. Um fluxo energético eterno e constante através do tempo e do espaço que, neste novo álbum, se materializa em sete distintos micro-mundos de um todo orgânico e mágico. A grande amplitude estética desta música e as consequentes explorações melódicas, rítmicas, texturais, estruturais, moleculares e intergalácticas expandem os horizontes sonoros de uma realidade em constante metamorfose. Os músicos fazem parte deste todo que é muito mais do que a soma das suas identidades.

O belo em estado líquido, o ritual do ordinário, o caos violento mas efémero, a poética do absurdo e da fragilidade humana, a leveza do etéreo e do abstracto, a sublimação do presente definem este mundo transcendente, utópico, intangível e inimaginável.

O disco lançado no último festival Porta-Jazz no Teatro Rivoli no Porto conta com Susana Santos Silva no trompete, João Pedro Brandão no saxofone alto e flauta, Hugo Raro no piano, sintetizador, Torbjörn Zetterberg no baixo eléctrico e Marcos Cavaleiro na bateria.

https://susanasantossilva.bandcamp.com/album/the-ocean-inside-a-stone

Filipe Teixeira Trio “Tao”

O trio que toca “Tao”, liderado pelo contrabaixista Filipe Teixeira, toma proverbialmente a estrada do Clubedo, um ciclo de concertos que a associação Porta-Jazz realizou em Dezembro passado, assumindo como parte do seu caminho um momento que pede uma solenidade devida: o lançamento do novo longa-duração, homónimo, a ser editado com o Carimbo Porta-Jazz.

O trio existe num equilíbrio entre o saxofone alto de João Mortágua, a bateria de Acácio Salero e as cordas de Filipe Teixeira, também compositor, numa relação simbiótica justamente epitetada pelos próprios como Yin, Yang e o S que define a sua relação e a sua sonoridade.

Filipe Teixeira editou com o Carimbo Porta-Jazz em 2015 o seu disco em nome próprio “Páginas”. Colabora com Acácio Salero nos projectos Luís Lapa & Pé de Cabra e AP Quarteto, e com João Mortágua no Rui Freitas Sexto.

https://filipeteixeiratrio.bandcamp.com/album/tao

João Mortágua – Dentro da Janela

Depois da dupla estreia no Teatro S. Luiz (2017) e na Casa da Música (2018), o novo quinteto de João Mortágua, sucedâneo do quarteto de “Janela” (2014), lança agora o seu aguardado álbum “Dentro da janela”. Gravado no mês de Dezembro de 2018 e que conta com o próprio João Mortágua no saxofone alto e soprano, José Pedro Coelho no saxofone tenor, Miguel Moreira na guitarra, José Carlos Barbosa no contrabaixo e José Marrucho na bateria.

Como habitualmente nos discos de João Mortágua existe uma primazia à narrativa, bem sequenciado e com um contraponto rítmico. Dando sempre espaço a cada um dos elementos da Janela, desta vez uma Janela com mais um saxofone. A mistura de tantas camadas onde prolifera uma panóplia de sonoridades desde blues-rock ao pós-rock, onde a mescla de sons extraídos de cada instrumento são próprios de quem dá asas para a exploração a cada momento do disco.

https://joaomortagua.bandcamp.com/album/dentro-da-janela

Tavares/Trocado/ Ward: “Vestiges”

Sérgio Tavares no contrabaixo, Nuno Trocado na guitarra e eletrónica e Tom Ward na flauta, saxofone alto e clarinete.

Vestiges documenta a colaboração entre três estilos fortemente pessoais no cenário musical improvisado de hoje: o multi-reedista londrino Tom Ward e os músicos portugueses Sérgio Tavares no contrabaixo e Nuno Trocado na guitarra e na electrónica. Nestes takes, gravados num dia de inverno perto do Porto, o trio oferece interacções, explorando uma ampla variedade de texturas e formas com um mote comum.

Um disco de exploratório e de improvisação electroacústica, que define uma nova identidade a este estilo feito com ar de Norte.

https://tavarestrocadoward.bandcamp.com/album/vestiges

 

 

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