A floresta do Alto Minho vai passar a ser vigiada por drones. Os aparelhos vão ser operados por elementos do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro da Unidade de Intervenção da GNR sediada em Arcos de Valdevez. O primeiro aparelho foi apresentado esta Terça-feira.
Segundo o General Rui Moura da GNR, estes drones, uma espécie de aviões telecomandados, vão permitir detectar incêndios, avaliar áreas ardidas, realizar acções de vigilância da floresta e salvamento de pessoas de forma rápida e eficaz. As naves vão ter um raio de acção que pode chegar aos 60 quilómetros graças a uma tecnologia informática avançada que também lhes permite operar de dia e de noite.
O militar da GNR destacou a importância deste projecto no salvamento de vidas numa zona integrante do Parque Nacional da Peneda Gerês, onde já se registaram 30 casos de pessoas desaparecidas.
O avião telecomandado apresentado esta manhã em Arcos de Valdevez tem 1,80m de comprimento, pesa 3,5 kgs e está equipado com receptores de rádio e uma câmara de vídeo que pode ser operada de dia com imagem aérea em tempo real ou de noite com uma câmara acoplada de visão nocturna.
Prevê-se que o sistema, desenvolvido no âmbito do programa VIANA (Sistema de Vigilância do Ambiente e da Natureza no Alto Minho), esteja a funcionar em pleno dentro de dois anos.
Prevê, no total, o funcionamento de cinco sistemas “Falcão” e dois sistemas “Águia”, aparelhos com quatro metros de envergadura, que permitem levar duas câmaras acopladas. Os dois tipos de aparelho permitem uma autonomia de oito horas, cobrindo o “Falcão” um raio de 10 quilómetros e o “Águia” um raio de 60 quilómetros.
O custo global do sistema ronda os três milhões de euros.