O Plano de Actividades e Orçamento para 2014, avaliado em 20 milhões e 200 mil euros, foi aprovado pela maioria socialista que preside à Câmara de Caminha. A reunião do executivo, realizada ontem à tarde, ficou marcada por uma discussão sobre os fundos disponíveis da autarquia.
Mediante uma auditoria que pediu às contas da Câmara, o presidente, o socialista Miguel Alves, disse existir uma dívida real superior a 16 milhões de euros e uma dívida eventual que poderá chegar aos 35 milhões de euros. Acrescentou que os fundos disponíveis da autarquia são negativos em cerca de 3 milhões de euros, pelo que o actual executivo camarário não pode assumir nesta altura qualquer tipo de compromisso.
Afirmações que geraram dúvidas ao líder da oposição, Flamiano Martins, que foi vice-presidente da Câmara de Caminha pelo PSD no anterior mandato, e que acusou o actual executivo socialista de estar a faltar à verdade quando afirma não haver fundos disponíveis para a autarquia fazer face às suas despesas.
Para comprovar aquilo que vem afirmando, presidente da Câmara, Miguel Alves, avançou com números relativos ao segundo semestre de 201. O autarca socialista acusou o PSD de ter assumido compromissos que não podia por lei e de, um dia antes da tomada de posse do executivo socialista, ter anulado facturas no valor de mais de 1 milhão de euros.
Durante a troca de acusações, o vereador do PSD, Flamiano Martins, admitiu ter, de facto, anulado facturas antes de abandonar o executivo.
I encontro dos municípios da foz do Minho
Ainda durante a reunião do executivo caminhense, o presidente anunciou na manhã de amanhã que vai reunir-se com o executivo galego da vizinha La Guardia para debater o problema das contas do Ferry boat, que ainda não está resolvido, com Espanha a dever dinheiro à autarquia de Caminha.
A reunião servirá também, segundo o autarca, para falarem da possibilidade de organizarem eventos culturais e outros projectos em conjunto, como é o caso da “Caminha Doce”.
