Paredes de Coura espera há quase 17 anos pela prometida ligação à A3 e, ao que parece, vai continuar a esperar. É que a obra não está contemplada no plano de investimentos da Estradas de Portugal para o período 2015/2019.
A ligação pedida seria processada através do nó de Sapardos, a apenas 12 quilómetros da sede do concelho.
Desde o Governo socialista de António Guterres, ainda numa altura em que a auto-estrada que liga Valença e Porto não tinha sido construída, que a autarquia local insiste na necessidade da ligação, para servir o concelho, com cerca de nove mil habitantes.
A estrada que serve o município é cheia de curvas e contracurvas, e demora-se quase uma hora a percorrê-la.
O então presidente, o socialista Pereira Júnior obteve, desde logo, a promessa da concretização da empreitada. João Cravinho, então ministro do Equipamento, Planeamento e Administração do Território, chegou a comprometer-se com a autarquia de que, até 2000, Paredes de Coura ficaria “ligada ao mundo”. O anterior Governo, de José Sócrates, comunicou à câmara que a obra, afinal, não poderia avançar “por falta de dinheiro”, mas a Estradas de Portugal avançou com a revisão do estudo prévio da via, com o objectivo de diminuir o custo inicialmente previsto para a empreitada: 140 milhões de euros.
De lá para cá nada mais se fez e nem se prevê fazer, razão que levou o deputado socialista eleito por Viana do Castelo, Jorge Fão, a interrogar o Ministério da Economia através de requerimento entregue na Assembleia da República.
