As contas da Câmara Municipal de Caminha continuam a dividir os executivos camarários com os socialistas a sublinharem as dívidas que o anterior executivo social democrata deixou e os sociais democratas a reafirmarem, mais uma vez, que as contas não estão bem feitas e que o PSD até deixou um saldo positivo. A Câmara analisou e votou ontem ao final do dia o documento referente à prestação de contas do exercício de 2013.
O PS, pela voz do presidente da autarquia, Miguel Alves, anunciou um resultado líquido de exercício negativo e um resultado operacional também negativos, apontando culpas à anterior gestão dos sociais democratas.
Segundo o documento de prestação de contas apresentado pelos socialistas, o exercício de 2013 apresentou um resultado líquido de 918 mil euros e um resultado operacional também negativo superior a 1,8 milhões de euros.
Segundo o presidente, houve uma sobreavaliação da receita; aumento das despesas correntes em mais de 30 por cento e crescimento dos gastos em animação em cerca de 300 por cento.
De acordo com o documento, os custos com o pessoal cresceram em cerca de 850 mil euros e a despesa com a animação cultural aumentou 300 por cento.
O PSD negou, uma vez mais, os números e acusou o PS de acrobacias contabilísticas para conseguir caluniar o anterior executivo liderado pelos sociais democratas. O porta-voz dos vereadores do PSD, Flamiano Martins, criticou o relatório de apresentação de contas por não conter um relatório de gestão e não apresentar o ficheiro do património do município. Segundo o autarca, os socialistas contabilizaram a dívida das piscinas municipais a curto prazo quando é uma dívida a longo prazo para justificarem as acusações de má gestão que fazem sucessivamente ao anterior executivo camarário.