Uma ponte a ligar Caminha a Espanha foi a reivindicação feita por várias vozes à Comunidade Intermunicipal do Alto Minho, durante a reunião da Assembleia realizada em Caminha ao final da tarde de Sexta-feira. Aquele município do vale do Minho é o único sem qualquer ligação a Espanha desde que o ferry-boat deixou de funcionar, em Abril.
O presidente da Mesa da Assembleia da CIM Alto Minho, Rui Taxa, aproveitou a reunião em Caminha e a proximidade com a cimeira ibérica para lembrar ao presidente da Câmara alguns argumentos que deve utilizar para defender a construção de uma ponte a ligar Caminha a La Guardia. Rui Taxa recordou algumas reportagens feita pelo jornal C-O Caminhense que deram voz às pessoas, sendo unânime o impacto que a ausência de uma ligação está a provocar no tecido comercial.
Também Secundino Barreiros Monteiro, um dos comerciantes da vila de Caminha, pediu à CIM Alto Minho que ajude o município na construção de uma ponte que, segundo frisou, tanta falta faz ao tecido comercial e empresarial do concelho.
Interpelado no final do encontro pelos jornalistas, o presidente da CIM Alto Minho, José Maria Costa, prometeu fazer chegar o apelo para a construção de uma ponte em Caminha às entidades competentes, mas sublinhou que uma obra de tal envergadura precisa do apoio dos governos dos dois países e de fundos comunitários, frisando que este é um processo complicado e demorado, preferindo, por isso, não comprometer a CIM.
A votação na última reunião da Assembleia da CIM Alto Minho esteve o Orçamento e Plano de Actividades para o próximo ano, avaliado em 3 milhões 483 mil euros, menos 12 por cento do que no ano anterior.
O presidente da Comunidade Intermunicipal explicou a quebra com o facto de não se saber ainda que tipo de projectos vai apoiar o próximo Quadro Comunitário.José Maria Costa avança que em 2015 vão ser postos em prática projectos que procuram consolidar a estratégia da Comunidade Intermunicipal assente na valorização do território, na aposta do turismo e na atracção de mais investimentos.