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Quarta-feira, 11 Dezembro, 2024
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Caminha: Vinho e vodka na lista de bens essenciais volta à reunião de câmara

Câmara Municipal de Caminha gastou 23 mil euros em design e aquisição de merchandising, tendas cónicas e equipamento informático no Mercado Fish, uma candidatura a fundos comunitários que era afinal destinada à aquisição de viaturas comerciais, equipamentos, obras de modernização e bancas de venda e sinalética.

O vinho e a vodka que constavam numa ordem de pagamento de bens essenciais adquiridos pela Câmara para entregar a famílias vulneráveis do concelho, voltou a ser tema na última reunião do executivo. Liliana Silva da Coligação O Concelho em Primeiro (OCP) analisou a candidatura do Mercado Fish, a justificação dada pelo executivo na página do município para aquisição desses bens. Segundo a vereadora, a candidatura para aquisição de equipamentos e viaturas estruturais para os mercados municipais, no valor de 34 mil euros, foi desaproveitada em merchandising, em “saquinhos e bandeirinhas”. O presidente da Câmara admitiu que a Vodka e o vinho não foram adquiridos com recurso aos fundos da candidatura, mas sim com fundos municipais.

Liliana Silva Rcc 6 Nov 2024

A vereadora Liliana Silva começou por se referir à explicação dada pela Câmara para o aparecimento daqueles bens, que segundo a autarquia não foram para distribuir pelas famílias vulneráveis, mas sim para serem utilizados no âmbito de uma iniciativa de promoção do Mercado Municipal, denominada “Mercado Fish”.

Merchandising Merchandising 3

Após ter analisado essa mesma candidatura, no valor de 34 mil euros, a vereadora lamentou que o dinheiro gasto na mesma se limitasse à aquisição de merchandising e pouco mais, quando poderia ter sido gasto na aquisição de equipamentos para os próprios mercados, beneficiando assim as pessoas e quem ali trabalha diariamente.

 

Rui Lages Rcc 6 Nov 2024 2

Aproveitando o momento para explicar aquilo que não explicou na reunião em que o assunto foi denunciado pela oposição, o presidente da Câmara considerou que toda a situação não passava de um “alarido” que apenas serviu para “pôr em causa o bom nome da Câmara Municipal e dos titulares do órgão público”, disse.

 

Após as explicações dadas por Rui Lages, Liliana Silva voltou a pedir a palavra para dizer que afinal a Câmara acabava de assumir que os produtos adquiridos, entre os quais a vodka e o vinho, não tinham sido pagos através deste fundo europeu. “Afinal tínhamos razão e usaram rubricas de bens essenciais segundo a ordem de pagamento para pagar estes artigos”, acrescentou.

Quanto aos alunos da ETAP que participaram na ação de promoção, Liliana Silva disse nada ter contra, mas uma coisa é a promoção dos alunos, outra é a promoção do mercado e dos produtos endógenos.

 

Liliana Silva a criticar a forma como a Câmara está a promover o Mercado Municipal de Caminha, considerando que o dinheiro para esse fim proveniente de uma candidatura não está a ser bem aproveitado.

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