A proposta apresentada pelo executivo socialista para a descida da derrama, de 1,5% para 1,4%, foi considerada pelos eleitos da Coligação O Concelho em Primeiro (OCP) uma afronta para os empresários caminhenses. Num tecido empresarial onde 97% são micro empresas (2399), a OCP entende que o executivo não tem noção da realidade quando apresenta esta proposta. Para o Bloco de Esquerda esta derrama não deveria baixar mas sim ser suspensa. Já o Partido Socialista acredita que estas descidas de impostos são sinal de preocupação do executivo com a atividade económica do concelho.
Para Luís Alexandre da OCP, esta falta de noção é o reflexo da inexistência de uma estratégia para dinamizar o tecido empresarial e captar empresas.
Uma falta de estratégia que, segundo o deputado daquela coligação, obriga muitas pessoas a procurar emprego fora do concelho. Para Luís Alexandre, não há dúvidas que as empresas e os empresário não são uma prioridade para o atual executivo.
Para o Bloco de Esquerda, esta derrama deveria ser suspensa em período de crise para os empresários caminhenses que, segundo o deputado Abílio Cerqueira, não recuperaram de “dois longos anos de pandemia”.
Para Carlos Carrilho do Partido Socialista, a descida de mais um imposto, neste caso a derrama, é sinal de preocupação do executivo com a atividade económica do concelho.
Rui Lages, presidente da Câmara Municipal, mostrou-se surpreendido com o voto contra da oposição, já que, segundo o PS, esta medida visa beneficiar economicamente as empresas do concelho. Também fez questão de salientar que uma coisa é o lucro tributável e outra o volume de negócios, que no seu entender a oposição está a confundir. “A oposição não percebe nada do que está a dizer”, afirmou.
Posta a votação, a proposta foi aprovada com 22 votos a favor e 13 contra.