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Domingo, 19 Janeiro, 2025
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Caminha: Por proposta da OCP, jovens até aos 35 anos vão ficar isentos de taxa de urbanística

Os jovens até aos 35 anos do concelho de Caminha vão ficar isentos do pagamento de taxas urbanísticas. A medida, proposta pela Coligação O Concelho em Primeiro (OCP), foi aprovada na última reunião extraordinária da Assembleia Municipal que se realizou no passado dia 20 de outubro. A proposta, aprovada por unanimidade dos presentes, implica uma alteração ao regulamento de taxas de construção e edificação para a inclusão da  referida isenção, processo que deverá estar concluído dentro de 6 meses.

 

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Jorge Nande – Coligação OCP

Presidente da Câmara marimbou-se para a proposta, considera a OCP

O deputado Jorge Nande da OCP lamentou que o presidente da Câmara se tenha “marimbado” para a proposta apresentada já há um ano e aprovada com 33 votos a favor. “O que eu quero deixar aqui bem registado é que ainda por cima, quando questionado num período antes da ordem do dia do porquê de não ter implantado esta medida que favorecia jovens até aos 35 anos, e que já deveria estar em vigor este ano porque foi aprovada a tempo e horas para que isso acontecesse, o sr. Presidente da Câmara não só não fez nada como disse que era uma mera recomendação”.

Para o deputado da OCP “é muito duro que um presidente da Câmara Inexperiente e novo não tenha respeitado uma recomendação desta AM que tem o poder de fiscalizar a atividade do município. E muito mal estamos quando essa fiscalização sai do nosso seio e tem que passar para a polícia judiciária como ainda aconteceu na passada semana em que estiveram na Câmara de Caminha. Estamos muito mal quando as maiorias organizadas como se fossem uma turba humana a sair de um jogo de futebol, não conseguem ter espírito critico para de vez em quando dizer não, apesar de não ser da nossa cor, mas sabendo que têm razão”.

O deputado da OCP criticou ainda alguns presidentes de junta que apesar de estarem em representação das suas populações e a defender os seus interesses, “dizem amém com os executivos municipais, seja este ou qualquer outro e a não terem espírito critico”.

Em jeito de despedida e dando a entender que os seus dias no órgão AM estarão contados, Jorge Nande deixou um desafio: “Queria dizer a todas as pessoas que estão aqui e também às que estão em casa e que eu até nem gosto de falar para elas, que as eleições são de 4 em 4 anos e quando as eleições terminam, ouvindo as diferenças, temos que trabalhar juntos para o bem da terra porque esta terra está muito mal”, concluiu.

Celestino Ribeiro - CDU
Celestino Ribeiro – CDU

 

Contenção nas palavras e moderação nos juízos de valor, pede a CDU

O deputado Celestino Ribeiro da CDU considerou que esta moção era uma cópia e uma afirmação da anterior apresentada no ano passado. Referindo-se de seguida à intervenção de Jorge Nande, o deputado comunista lamentou que o eleito da OCP “utilize a sua inteligência para fazer juízos de valor sobre nós dizendo que uns dizem amém e outros têm ausência de espírito critico. Isso é algo que não me honra enquanto membro desta assembleia e não deve honrar nenhuma bancada. Mas reconheceram que no mínimo eramos pessoas capazes de ajuizar, julgar e pugnar pelo seu melhor interesse e desenvolvimento do concelho. Nesse sentido peço-lhe contenção nas palavras e moderação nos juízos de valor”, disse.

Quanto à proposta, a CDU disse que iria votar favoravelmente.

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Abílio Cerqueira – BE

Proposta não discrimina positivamente, mantém BE

Ao contrário do que aconteceu no ano passado, o deputado Abílio Cerqueira do Bloco de Esquerda desta vez votou favoravelmente a proposta apresentada pela OCP. No entanto o deputado bloquista continuou a defender os mesmos argumentos e voltou a considerar a proposta que sustenta esta isenção, discriminatória. O voto favorável foi, como explicou, em respeito pela vontade do órgão AM.

Ainda assim, o deputado continua a não ver grande vantagem na aprovação desta proposta.

“Não vemos necessidade de isentar um grupo concreto de cidadãos, de taxas que pagarão ao município muito provavelmente uma vez na vida e não de forma periódica ou continuada ao longo da sua vida, o que é bem diferente. Além disso consideramos que a discriminação que a proposta da OCP apresenta, tendo por base apenas a idade e não aspetos como o rendimento dos ditos jovens, não constitui uma verdadeira discriminação positiva das pessoas ou das famílias carenciadas”, disse

Apesar de ter votado contra, Abílio Cerqueira considera que a proposta deve ser implementada na medida em que a mesma expressa a vontade da maioria na AM.

“Em respeito pelos órgãos municipais e pelos eleitores que nos elegeram, desta vez votarei favoravelmente” disse.

Posta à votação a moção da OCP voltaria a ser aprovada, desta vez com 34 votos a favor, o equivalente ao número de deputados que na altura estava presente na sala.

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