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Segunda-feira, 12 Maio, 2025
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Caminha: Oposição insiste que houve atentado arqueológico no Castro de Santo Amaro

Câmara garante que "está tudo bem" com aquele património arqueológico e apoia-se em pareceres técnicos da CCDR-N, afirmações que Liliana Silva considera graves e faltarem à verdade.

​O Castro de Santo Amaro, situado na freguesia de Riba de Âncora, que segundo a Coligação o Concelho em Primeiro foi alvo de um atentado arqueológico por causa de obras levadas a cabo pela Junta de Freguesia no local, foi uma vez mais debatido na última reunião do executivo realizada no passado dia 7 de maio. Tal como já havia feito no ano passado, Liliana Silva voltou a pedir esclarecimentos sobre a alegada destruição parcial do Castro e que medidas de mitigação foram tomadas pelo município.

Recorde-se que em outubro do ano passado, no decorrer de uma reunião de Câmara, a vereadora da OCP, Liliana Silva, denunciou esse mesmo “atentado arqueológico”, acusando na altura o executivo liderado pelo partido socialista, de ter dado autorização para a realização de obras naquele castro, sem o devido acompanhamento técnico. Na mesma altura, a eleita da direita deu a conhecer uma nota elaborada por uma equipa de arqueólogos externos onde alertavam para “mais uma delapidação do património arqueológico em pleno século XXI”.

Castro Sto Amaro 1

Na altura o presidente da Câmara não deu qualquer explicação para o sucedido, acabando por fazê-lo um mês depois (novembro de 2024) também numa reunião de Câmara, onde garantiu que não tinha havido qualquer atentando arqueológico naquele Castro. Em resposta à garantia dada por Rui Lages, Liliana Silva insistia que sim, que se estava perante um atentado arqueológico, e aconselhou inclusive o presidente da Câmara “a estudar melhor os dossiers”.

Em dezembro de 2024 a vereadora da oposição voltou ao tema para questionar o presidente da Câmara sobre o resultado de uma reunião entretanto realizada no local entre o executivo e a CCDR-N para se apurar se teria ou não existido destruição de património arqueológico. Na altura Rui Lages garantiu que aquela entidade não tinha constatado qualquer destruição no local, uma garantia que não convenceu a vereadora da direita que acusou o autarca de não estar a dizer toda a verdade.

Passados 5 meses Liliana Silva voltou à carga para perguntar a Rui Lages, na última reunião do executivo, sobre um ofício enviado pela CCDR-N à câmara, no qual aquela entidade questiona que medidas de mitigação irão ser tomadas para reparar os danos provocados.

 

Em resposta à vereadora, Rui Lages voltou a reiterar que segundo as entidades responsáveis, nomeadamente CCDR-N e Património, “estava tudo bem” e que não tinha havido qualquer atentado em zona protegida.

 

Castro Sto Amaro 2

Liliana Silva considerou as afirmações do presidente da Câmara “graves” quando afirma que no local a CCDR-N disse que estava tudo bem, algo que a vereadora garante não ter sido verdade. Liliana Silva insiste que houve destruição da muralha do Castro e lamenta que a Câmara não admita isso mesmo e de uma vez por todas avance com medidas “para mitigar os efeitos dessa mesma destruição”, disse

 

Rui Lages voltou ao assunto para dizer que a Câmara não pode assumir uma situação que desconhece. “Não sabemos se existia ou não ali uma muralha e portanto não podemos repor algo que não sabemos se alguma vez existiu”, afirmou.

 

Destruição do Castro de Santo Amaro denunciada no ano passado pelos vereadores da oposição voltou à reunião de Câmara.

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